Sexta-feira, 19 de setembro de 2008 - 05h35
A força do PMDB
O presidente regional do PMDB Valdir Raupp enfatizou a força do partido no estado com a sigla disputando as eleições municipais com candidaturas próprias ou com alianças nos principais colégios eleitorais. Seja, em cidades expressivas – casos de Ariquemes, Cacoal e Jaru -, como nas cidades de porte médio – Cerejeiras- ou com fortes alianças formadas na capital e Cacoal.
O crescimento
Para o senador Raupp, o andar da carruagem aponta um crescimento na legenda nos municípios, firmando o PMDB como o grande partido do estado, fincando estacas para as eleições de 2010, quando a sigla terá candidaturas em todos os níveis. "Estamos, com a deputada Marinha participando do processo em todos os municípios", disse.
Surpresas do PMDB
Para minha perplexidade, Raupp me disse que seu partido ganha até em Ji-Paraná, Pimenta Bueno e Espigão do Oeste. Garanti que não, já tive por lá e vi um quadro completamente diferente. E nesta altura do campeonato também vejo Zé Rover (PP) na dianteira de Melki Donadon em Vilhena. Depois da eleição a gente conversa pra ver quem tem razão...
Um maratonista
A se elogiar é o preparo físico do queixada barbudo: continua sendo o grande maratonista dos político rondonienses: na última quarta-feira, para se ter uma idéia, Raupp fez caminhadas e comícios em cinco municípios apoiando os candidatos de sua aliança. Fez questão de lembrar que nem ele, tampouco Marinha disputam o governo. O candidato provável do partido em 2010 é Confúcio Moura.
CPI do leite
A CPI do Leite, solicitada pelo deputado estadual Jesualdo Pires (PSDB-Ji-Paraná) para investigar os preços cartelizados na compra do produto no estado, deve funcionar a partir da próxima semana com a nomeação do presidente, do relator e dos demais membros da comissão. A crise se alastra pelo estado e a Assembléia Legislativa quer dar uma resposta á sociedade.
O teatro político
Quem viu o programa de Garçon no horário gratuito deve ter ficado horrorizado. O teatro foi bem montado: uns gatos pingados botaram fogo em pneus na avenida Vieira Caúla, o contra-regra caprichou no som de tiros etc e pronto: por causa do prefeito Sobrinho, Porto Velho tinha se transformado pior que a Cracolândia ou a baixada fluminense!
Canteiro de obras
A realidade da capital rondoniense, não é aquela, da montagem do programa eleitoral. Porto Velho se transformou num canteiro de obras – de todas as esferas – e se projeta para se firmar como uma capital dotada de infra-estrutura. E para se dar infra-estrutura, tanto o presidente, como o governador e o prefeito precisam cavar buracos, o que naturalmente provoca poeira no verão e lama no inverno.
Haja absurdos
Não quero defender nem presidente, tampouco governador ou prefeito. Mas teve candidato na capital que chegou a dizer no horário eleitoral gratuito – foi o tucano Hamilton Casara - que faria obras de infra-estrutura sem precisar cavar buraco, nem gerar poeira e barro! Seria um mágico? Talvez tenha superpoderes...
Coisa de louco!
Li nos jornais de Vilhena que tem comícios de Zé Rover (PP) e Melki Donadon (PMDB) com 5 mil pessoas. Na maioria das cidades rondonienses – inclusive em Porto Velho – comício de político não atrai mais nem vendedores de pipoca. Vilhena deve ser um caso raro, ou a briga polarizada acabou dividindo cidade, numa encarniçada disputa de rivalidades tribais, motivando tanta platéia.
Do Cotidiano
Os nossos flagelos
Aos poucos Rondônia vai deixando os recordes negativos, como o de campeão nacional da malária, adquirido ao final dos anos 70 e ao longo da década de 80 durante o ápice da migração. Quantos pioneiros sucumbiram, as picadas dos anofelinos, ao desbravar as matas desta Amazônia em rincões considerados então inacessíveis, hoje transformados em prósperos centros urbanos, como Ariquemes, Ji-Paraná, Colorado do Oeste, Jaru, Rolim de Moura e Vilhena, só para citar alguns exemplos.
Geralmente eu desconfio dos índices oficiais. Mas de acordo com o Ministério da Saúde, houve uma queda em 47 por cento do índice da doença em relação ao mesmo período do ano passado no estado. Como Rondônia pena com invasões de seus parques nacionais, florestas federais e reservas indígenas e estamos em plena colonização da Ponta do Abunã e do Vale do Guaporé, na região de Nova Mamoré, é de se comemorar – sendo verdadeiros – os números relativos à queda desta endemia.
Com quase 30 anos de Rondônia, nunca adquiri uma malariazinha sequer. E, olha que percorro este estado em caravanas políticas desde 80, quando a coisa era de arrepiar. Um rondoniense de bom senso ao visitar Ariquemes ou Machadinho, recolhia-se ao hotel depois das cinco, horário em que o inseto começava as proliferar, Eram os sofridos anos 80, com falta de energia e muito carapanã.
Considerada capital nacional da malária durante os primórdios da sua fundação, Ariquemes apelidada de "Aritremes" revolta-se com as matérias da grande imprensa. Livre do título, que foi repassado para Porto Velho nos anos 90, Ariquemes hoje é uma das cidades mais aprazíveis do estado.
Mas em pleno 2008 os rondonienses sofrem com a doença e não dá para esconder: a incidência ainda é enorme. Penam aqui no estado e fora dele, porque quem sair de Rondônia com a doença e visitar familiares no sul maravilha, está, como se diz no populacho, ferrado. Amigos que estiveram de férias neste mês de julho, descobriram uma integrante - a matriarca da família – com malária. Ninguém conseguia descobrir lá no Paraná o mau e quando a doença foi identificada às autoridades sanitárias determinaram seu isolamento num hospital em quarentena. A turista rondoniense teve que dar no pé, já que não é nosso habito isolar em quarentena uma vitima desta doença. Se assim fosse em Rondônia, teríamos milhares de pacientes isolados a cada mês....
Via Direta
*** O deputado Luizinho Goebel (PV-Vilhena) intensifica a entrega de equipamentos agrícolas aos produtores rurais do Cone Sul ***As aquisições foram feitas através de emendas parlamentares *** A BR-364 que corta ao meio dezenas de cidades e povoados de Rondônia necessita de melhor sinalização e de passarelas elevadas nos pontos críticos *** Os acidentes na estrada se multiplicam ceifando dezenas de vida anualmente.
Fonte: Carlos Sperança/Gentedeopinião
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