Sexta-feira, 20 de março de 2009 - 05h45
Sessões itinerantes
Usando como estratégia a realização de sessões itinerantes nos distritos do município de Porto Velho ao todo são quase uma dúzia e mais de 30 mil eleitores os vereadores da capital abrem uma renhida disputa por cadeiras na Assembléia Legislativa no ano que vem. Dia 25, o palanque esta armado em Extrema, o distrito mais populoso.
Asas crescidas
Bem votados nas eleições do ano passado, macacos velhos como Zequinha Araújo, Ramiro Negreiros e novatos como Marcelo Reis, Mariana Carvalho, Jean de Oliveira, Cláudio Carvalho, entre outros, já assumiram os cargos com as asas crescidas para se tornarem predadores dos atuais parlamentares estaduais.
Muito preocupante
A crise chegou aos estados e municípios, refletindo diretamente no rateio do Fundo de Participação dos Estados-FPE e Fundo de Participação dos Municípios-FPM. Em Rondônia, cuja economia era cantada em prosa e verso, por causa das hidrelétricas a queda no FPE foi de mais de 20 por cento. E por causa da baixa do FPM, já tem prefeito se descabelando.
Baita desafio
Com a queda no FPE, mais a crise da pecuária atingindo os frigoríficos diretamente que respondem por boa parte do PIB rondoniense o governador Ivo Cassol tem um baita desafio pela frente: continuar pagando em dia os servidores estaduais e os fornecedores. Para se ter um a idéia, a prefeitura de Porto velho já neste inicio do ano, não esta conseguindo manter os fornecedores em dia.
Os reflexos
Os reflexos na queda de recursos, com certeza vão afetar obras do estado e o planejamento de ampliar ações consideradas essenciais, como mais recursos para as áreas de saúde e segurança pública, já em situação de colapso, para quem quiser dar uma olhadinha nos corredores do Pronto Socorro João Paulo II etc.
Onda de protestos
E por conta na drástica redução do FPM, os prefeitos abrem uma série de protestos no país, a partir do dia 25, quando a Associação dos Municípios do Paraná entra nas paradas, ameaçando fechar as portas. A crise considerada inicialmente uma marolinha pelo presidente Lula ameaça se transformar numa tsunami de grandes proporções.
Como entender?
A Assembléia Legislativa do estado começa a construção do novo prédio em junho. A maioria dos deputados estaduais, entendendo a nova situação decidiu não mais reformar gabinetes, mais alguns parlamentares, pelo que se vê, não tem dó do dinheiro público. Pelo menos meia dúzia está demolindo suas salas para reconstruí-las.
Momento de crise
Não dá para entender, que num momento de crise, com um novo prédio em construção, com a necessidade do poder Legislativo economizar recursos, alguns deputados abusem do erário, como se constata. O bom senso será que eles conhecem o significado desta palavra? recomenda a suspensão destas reformas abusivas.
Onda de boatos
Para evitar o crescimento da onda de boatos dando conta de uma eventual renuncia para escapar da cassação e ainda disputar o governo em 2010, o governador Ivo Cassol fez um desmentido completo. Pode, realmente, ter desistido por causa da perda do foro privilegiado mas o assunto chegou a ser ventilado intramuros no Palácio Presidente Vargas.
Fumaça e fogo
Onde há fumaça, há fogo, como diz antigo ditado popular. No caso de Cassol ele é apupado pela ameaça de cassação e seu grupo político estuda a melhor alternativa para a disputa das eleições em 2010. Ivo não dispõe um nome forte para a peleja ao Palácio Presidente Vargas entre seus aliados. Se fosse ele mesmo na parada, a coisa mudaria de figura, já que mantém elevados índices de popularidade no estado.
Do Cotidiano
Estratégia de defesa
No Plano de Defesa, divulgado pelo ministro Nelson Jobim, até que foi anunciada mais presença brasileira nas fronteiras com os países produtores de maconha e cocaína. Mas a estratégia nacional pouco contempla as divisas rondonienses com a Bolívia, onde se sabe, rola trafico de drogas em larga escala e também de armamento pesado. È o caso da bancada federal exigir mais apoio, mais recursos para coibir o avanço do narcotráfico na região.
A Amazônia toda enfrenta um processo de colombização há mais de duas décadas. A fronteira de Rondônia com a Bolívia, com mais de 1000 quilômetros de extensão sofre também um processo acelerado de influência dos narcotraficantes. Alguns municípios são casos mais marcantes, como Guajará- Mirim e Costa Marques. A estratégia de defesa brasileira é michuruca para enfrentar os cartéis que atuam na região.
A recente apreensão de 720 quilos de cocaína em Machadinho do Oeste, região do Vale do Jamari demonstra a existência de rotas alternativas aquelas já conhecidas. Trocado em miúdos, o tráfico está se espraiando para todas as regiões do estado e se não for asfixiado na fonte a fronteira com a Bolívia a tendência é continuar ganhando corpo.
Como se sabe que a maior parte da criminalidade rondoniense advém do tráfico de drogas é a raiz dos assaltos, embates de jovens com a polícia etc a estratégia de defesa brasileira deveria concentrar mais esforços no combate aos narcotraficantes. Estas ações viriam a redundar na redução dos índices de criminalidade, na superpopulação de encarcerados nos presídios, além de reduzir investimentos na área de segurança publica que poderiam ser direcionados a saúde e educação.
No momento em que o Brasil, implanta um novo Plano de Defesa, não pode deixar de olhar para as fronteiras abandonadas de Rondônia com a Bolívia, uma verdadeira porta aberta para o ingresso de cocaína e armas pesadas para os morros e favelas das regiões metropolitanas do país.
Nos estados alvo das ações dos cartéis colombianos, como é o estado de Rondônia, o governo federal, estadual e municipal deveriam se unir em ações conjuntas. Nos municípios, a criação das guardas municipais e das patrulhas escolares, poderiam servir de reforço das ações da Polícia Federal.
Via Direta
*** Fortes chuvas marcaram os últimos dias evidenciando que ainda temos muito para avançar em termos de drenagem na capital rondoniense *** Além dos bairros mais baixos atingidos, temos o Rio madeira já em sinal de alerta *** Vistoriando obras com aliados, o governador Ivo Cassol desencadeia mais uma maratona de visitas no interior ***.
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