Sábado, 20 de setembro de 2008 - 07h09
Clima de eleições
Agora sim, caro leitor, temos o verdadeiro clima de eleições em Rondônia, que é aquela velha prática do jogo rasteiro: pesquisas fajutas em Porto Velho, panfletos apócrifos em Ouro Preto do Oeste, central de boatos em Ji-Paraná etc. Só falta bombas de araque, né? O tempo passa, mas os velhos hábitos na política rondoniense continuam os mesmos.
Instituto Phoenix
Como único instituto apontando queda de intenções de votos do prefeito Roberto Sobrinho (PT) e assegurando que teremos segundo turno na capital, a pesquisa divulgada pelo ex-presidiário Juvenil Coelho da Phoenix poderá consagrar sua empresa de pesquisas. Afinal, caso esteja certa, vai desmentir institutos de renome nacional...
Coisa de louco!
Em Ouro Preto do Oeste aconteceu uma coisa até engraçada. Todos os candidatos a prefeito, Alex Testoni (PTN), Sônia Arrabal (PT) e Irandir de Oliveira (PMDB) foram objeto de panfletos apócrifos. O pessoal de Testoni desconfia que é coisa de Irandir, de Irandir de Testoni, e Sônia Arrabal, nem sabe a quem atribuir a coisa.
Duas semanas
A praticamente, estamos a duas semanas das eleições municipais, e o que se vê são os atuais prefeitos que disputam a reeleição em vantagem contra seus opositores. São os casos de Roberto Sobrinho (Porto Velho), Confúcio Moura (Ariquemes), José Bianco (Ji-Paraná). Já, em Rolim de Moura, Pimenta Bueno e Guajará Mirim, os atuais prefeitos estão penando na unha da oposição.
CPI do Leite
Em vista de boas possibilidades de projeção política vários deputados estaduais disputam a dentadas os cargos de presidente e de relator para a CPI do Leite, requerida pelo deputado Jesualdo Pires (PSB-Ji-Paraná) que será instalada na semana que vem. O presidente da Assembléia Legislativa Neodi de Oliveira deve anunciar os integrantes da comissão na próxima terça-feira.
Expedito, o inocente
A desfaçatez dos políticos chegou ao limite máximo. O Senador Expedito Júnior (PR) já condenado em todas as instâncias pela compra de votos em Rondônia, no caso garoupa, resolveu processar o Jornal Diário da Amazônia, exigindo reparações morais. Se a moda pega, malfeitores em geral – inclusive os condenados – vão ficar de asas crescidas!
Portos de Rondônia
O ex-deputado estadual Leudo Buriti, presidente do Diretório Municipal do PTB de Ji-Paraná deixou a direção da Sociedade Portos de Rondônia. Ele agradeceu a oportunidade concedida pelo governador Ivo Cassol, mas lembrou que esta participando das eleições municipais apoiando os candidatos do seu partido de portanto, seria o mais ético deixar as funções.
França Guedes
Vitima fatal de acidente ocorrido no Vale do Guaporé, o advogado França Guedes, leal assessor do governador Ivo Cassol deixa uma lacuna na sociedade e nos meios governamentais. Sua irmã Nelzira Guedes (PSDB) candidata a prefeita em Jaru paralisou a campanha para acompanhar os funerais, com amigos e parentes. O vice-governador João Cauhlla, que escapou do acidente, passa bem.
Do Cotidiano
O nosso eleitorado
Em apenas um ano o eleitorado rondoniense cresceu 4,9 por cento, passando de 978.297 para 1.026.734 eleitores. A capital tem quase 260 mil eleitores, mas quem tem emplacado governadores e senadores é Rolim de Moura com cerca de 35 mil votantes, um eleitorado inferior ao do bairro Eldorado, na capital. É coisa de louco!
Mais de dois terços da população do estado estão concentrados no pujante interior rondoniense colonizado majoritariamente por migrantes do sul do país, mais capixabas, mineiros e baianos. Com isso, o interior faz valer sua força política, emplacando mais deputados estaduais, federais e senadores que a capital. Hoje existe uma grande predominância de migrantes eleitos na Assembléia Legislativa e para os cargos da Câmara Federal e Senado.
Nos últimos 14 anos, os governadores eleitos saíram do interior, com bases formadas pouco a pouco na capital. Valdir Raupp (Rolim de Moura-94), José Bianco (Ji-Paraná-98) e Ivo Cassol (2002 e 2006- Rolim de Moura).
A rigor, dos governadores eleitos desde a criação do estado de Rondônia em 82, apenas Oswaldo Piana Filho (em 90) nasceu no estado. Tanto Jerônimo Santana (GO), Raupp (SC), Bianco (PR), Cassol (SC) são migrantes e pioneiros em suas respectivas regiões.
A supremacia do eleitorado interiorano reflete bem a composição da vagas da nossa bancada federal ao Senado, Câmara Federal e Assembléia Legislativa. Ao Senado temos dois senadores de Rolim de Moura, e uma representante da capital. Na Câmara Federal, dos oito representantes, três foram eleitos com base na capital: Mauro Nazif, Lindomar Garçon (que era de Candeias) e Moreira Mendes ( hoje representando Ariquemes e o Vale do Jamari onde foi mais votado). O quadro é completado com a rolimorense Marinha Raupp, o jiparananese Anselmo de Jesus, o ariquemense Ernandes Amorim e o vilhenense Natan Donadon.
Na Assembléia Legislativa, os presidentes do parlamento estadual também tem saído do interior. Na verdade, eleitos pela capital apenas Amizael Silva (já falecido) e Oswaldo Piana Filho, conseguiram a proeza. Os demais, até hoje, são procedentes da roça, como Neodi Carlos, o atual presidente.
Com o domínio político desde a implantação do estado, a representação política interiorana já tentou trocar a sede da capital, estimulada pelo então governador Jerônimo Santana (nos anos 80), que queria se tornar um JK (aquele que construiu Brasília) amazônico. Seu objetivo era erguer uma cidade na região central para ser a nova capital e sua proposta quase passou na Assembléia Legislativa. Graças ao então deputado Amizael Silva (Porto Velho) com a ajuda de Silvernani Santos (de Jaru) a tentativado governador Bengala acabou frustrada, para comemoração dos portovelhenses.
Via Direta
*** Os fora-da-lei Sandro Gonzaga (caso dos pintainhos) e Pitico Vilela (aquele que estava foragido) continuam na disputa de vagas na Câmara de Vereadores *** Em Porto Velho tudo é possível *** E como se vê, a lei é muito permissiva para os políticos *** Reta final de eleição e a disputa é palmo a palmo em alguns municípios do Estado *** Em casos, como os de Vilhena a parada é de muito equilíbrio.
Fonte: Carlos Sperança/Gentedeopinião
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