Quinta-feira, 7 de junho de 2007 - 05h24
Os pupilos de Mauro Nazif se reúnem em Vilhena, no final e semana, para oo II Encontro Estadual do PSB. Lá estarão os cardeais da agremiação socialista, como os ex-prefeitos Carlinhos Camurça (Porto Velho), Inês Zanol (Pimenta Bueno), além do deputado estadual Jesualdo Pires, entre tantos outros.
O governador Ivo Cassol anda contraditório em suas declarações a imprensa. Ao mesmo tempo em que alfineta alguns assessores por falta de rendimento e os alerta que a "fila está andando", ele dá nota máxima para sua administração. Ora, desde quando setores como os de Saúde e Segurança merecem avaliação máxima? Menos, Sr. governador. Menos.
A recuperação
Depois de Ji-Paraná e Cacoal, que desenvolvem em consórcio a recuperação dos seus rios e igarapés, a prefeitura de Vilhena anuncia a disposição de recuperar os rios Barão do Melgaço e Pires de Sá. No último até pouco tempo se captava água para o abastecimento da população urbana do município. Poluído se transformou quase num canal de esgoto.
Disputa renhida
As lideranças políticas que pertencem as legendas integrantes ao bloco de sustentação do presidente Lula estão impacientes com a definição dos cargos federais em Rondônia. Como se sabe, a maior fatia e os cargos mais importantes deverão ficar nas mãos do PT e do PMDB. Mas outras agremiações também estão no páreo, até o PP de Agnaldo Muniz.
Boas chances
A disputa mais renhida fica por conta dos relevantes cargos da Ceron, Incra e DNITT pela importância no contexto político regional. O PR, que tem como líder nacional Alfredo nascimento deverá fazer carga para ficar com a indicação do DNITT. PT e PMDB estão se compondo para indicações conjuntas a Ceron, Incra etc.
Gentedeopinião
Na seção personalidades da história, o site gentedeopinião faz hoje uma homenagem ao prefeito de Colorado do Oeste nos anos 80, Marcos Donadon (já falecido). Pioneiro de Cerejeiras e Colorado, ele desbravou o Cone Sul e daria origem a um dos clãs políticos mais importantes do estado, que tem hoje dois prefeitos e dois deputados, além de Melki, ex-prefeito e com estatura política no âmbito estadual.
Tá pintando cada raposinha política no pedaço! A maior delas é o prefeito Roberto Sobrinho, que recentemente estufou o peito, desafiou o governador Ivo Cassol e afirmou em alto e bom som que se ele (Cassol) não resolvesse o problema de água e esgoto de Porto Velho, ele (Sobrinho) iria atrás de solução. Pois é: resolveu mesmo. Vem aí recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para água e esgoto de Rondônia.
Com antecedência
É claro que Sobrinho não estufaria o peito, se não soubesse com antecedência que esses benefícios estavam vindo através de Lula. Fez o desafio (Ivo ficou na dele, se fez de morto...) já sabendo que levaria vantagem no embate. Na Assembléia Legislativa também se observa o surgimento de alguns deputados-raposinhas. Só atacam na boa!
Veja como funciona
Acompanhe como funciona o comportamento dos deputados-raposinhas: Primeiramente eles descobrem onde o governo do Estado vai encascalhar ruas e estradas, ou fazer reparos nas escolas, ou ainda mesmo botar água etc. Então elaboram requerimentos pedindo obras que já estão em andamento ou já licitadas. As vezes Cassol até tolera a coisa, mas quando o abuso é demais faz questão que as ações anunciadas são do seu governo.
Olhando para nossa história, desde os idos coloniais pode-se constatar que muita coisa ainda não mudou neste Brasil varonil. A corrupção, assim como o nepotismo e a vadiagem são coisas bem arraigadas neste país de gritantes diferenças sociais desde os primórdios da colonização portuguesa.
Embora passados mais de 500 anos do descobrimento, ainda se pode usar alguma coisa daquela época para se combater algumas mazelas. O combate a vadiagem, por exemplo, como lembram os historiadores, foi uma briga intensa naquela época, já que o trabalho braçal era considerado indigno.
Trabalhar? Muitas pessoas trabalham escondidas para não serem vistas e apupadas pelos vizinhos, como se estivessem cometendo algo contrário a sociedade vigente! Pesadas penalidades dadas pelas autoridades onde existissem homens vadios foi mudando as coisas com o passar do tempo. A caça aos vadios mobilizava a sociedade civil. Com a suma preguiça dos portugueses e a indolência dos índios restava aos escravos o esforço de matar a fome das elites e das comunidades formadas.
A vadiagem tomando conta do pais, chegou a ser tratada com extremo rigor. Para evitar a prática nos núcleos urbanos, as autoridades coloniais chegaram a introduzir passaportes para o livre trânsito da população entre as comarcas e cidades que iam se formando. Milhares de vadios portugueses e brasileiros acabaram fugindo para garimpos ou até mesmo voltando a Europa. Como medida extrema, para que os brasileiros começassem a se dedicar ao trabalho começou a convocação de ociosos em geral para a agricultura, tendo como castigo os que se negassem a tanto, o recrutamento para tropas regulares.
A vadiagem, o ócio e a indolência até hoje são características de algumas regiões brasileiras. De Cabral a Lula, muita coisa não mudou, seja no tocante a vadiagem ou na prática do nepotismo, criada pelos portugueses a partir de casamento com mulheres indígenas.
Certamente combater a vadiagem hoje no país, como a colônia tentou naqueles idos, seria desrespeitar os direitos humanos. Coibir o diferido e ir e vir, regulamentado na Constituição. Imagine, o caro leitor, o escândalo que faria um vagabundo de Porto Velho, impedido de visitar colegas em Pimenta Bueno? A gritaria dos vadios de Ji-Paraná se fossem convocados para tropas regulares dando duro no front da guerra? Sem contar estes vendedores de mela que proliferam como mato verdejante na capital, dormindo de dia e vendendo papelotes a noite...
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