Quarta-feira, 13 de junho de 2007 - 06h10
Reforma política
De volta ao debate, a reforma política está longe de ser um consenso entre a classe política brasileira. No Congresso Nacional serão votadas cinco propostas diferentes e alguns temas ainda são polêmicos entre nossos congressistas que pensam menos no Brasil e muito mais nos sues próprios umbigos.
Temas do debate
Nas propostas da reforma eleitoral existem cinco pontos bem definidos mas que geram polêmicas: 1 O financiamento público das campanhas eleitorais 2 O voto de lenda por meio de listas fechadas 3 A federalização dos partidos 4 O fim das coligações em eleições proporcionais 5- E a fidelidade partidária.
PDT toma posição
Afinado com as entidades sindicais, o PDT foi o primeiro partido a se posicionar oficialmente contra o jogo de manipulação do Palácio Presidente Vargas na Assembléia Legislativa com a instalação da CPI do Sintero. Para os dirigentes pedetistas está ocorrendo uma afronta constitucional e a própria liberdade de expressão.
É uma sabotagem
Para o presidente do Diretório Municipal do PDT, Ruy Motta, a ação conjunta entre deputados e o governador Ivo Cassol se constitui numa sabotagem a instituição democrática. Ele pediu que os deputados revejam a posição tomada já que se trata de um grave precedente de interferência do poder público nas entidades sindicais.
Nossos migrantes
Recente pesquisa demonstrou a preferência dos migrantes rondonienses para os Estados Unidos, Portugal, Espanha e até ao Japão. Por falar na terra do sol nascente, os dekasseguis rondonienes, acreanos e amazonenses tem se fixado nas cidades de Aichi, Shizuioka e Gunma, centros operários. E reclamam barbaridade de discriminação.
Andorinhas voltaram...
Ainda como andorinhas com as asas quebradas e cheias de dor, uma enxurrada de ex-deputados estaduais se prepara para disputar as magérrimas 17 vagas da Câmara Municipal de Porto Velho no ano que vem. Coronel Abreu, Ellen Ruth, José Emílio Paulista, João Dias Vieira, Walderedo Paiva, ente outros, já estão se virando.
As emancipações
Se forem levadas a sério todas as propostas de emancipações existentes, só o município de Porto Velho perderá nove distritos numa só pancada: 1 Extrema 2 Nova Califórnia 3 Abunã 4-Vista Alegre do Abunã 5 Fortaleza do Abunã 6 União Bandeirantes 7 Jacy-Paraná 8 Mutum Paraná 9 Calama.
Grandes extensões
Dois municípios a serem criados a partir de Porto Velho teriam enormes extensões: Extrema, que anexaria várias localidades na região da Ponta do Abunã e Calama que tomaria para si grande parte da zona ribeirinha, incluindo desde São Carlos até Praia do Tamanduá.
As conseqüências
Se esta avalanche de emancipações ocorrer durante o ano de 2007 e 2008, Porto Velho pode perder mais de dois terços de sua superfície territorial e pelo menos uns 30 mil eleitores. Com a medida, a capital ficaria com menos de 200 mil eleitores, não havendo eleições em dois turnos. Seria uma uma festa da reeleição para o prefeito petista Roberto Sobrinho...
Coisa de louco!
Por outro lado, administrar o interior do município de Porto Velho, com distritos tão distantes, como Nova Califórnia, há quase 400 quilômetros da sede, é uma tarefa realmente hercúlea. Para se ter uma idéia da coisa, trata-se da mesma distância entre capitais como São Paulo à Curitiba, ou Rio de Janeiro a São Paulo.
Do Cotidiano
A raiz do divisionismo
Em vista da sua origem, a Estrada de Ferro Madeira Mamoré, construída por contingentes humanos de uma montoeira de nacionalidades ingleses, barbadianos, suecos, americanos, orientais, alemães, índios, portugueses etc Porto Velho tornou-se uma cidade pluralista e dividida. Aqui, aro leitor, até a construção de uma singela capela é capaz de provocar polêmicas acirradas.
Para entender o que tem ocorrido em Rondônia, onde pouca gente se entende e até obras importantes de infra-estrutura como a Beira-Rio, a recuperação do patrimônio da Estrada de Ferro Madeira Mamoré são barradas na justiça, e mais recentemente temos a polemica da Usinas do Madeira, vamos recorrer a história.
As divergências vem do inicio do século com protestos de trabalhadores na Madeira Mamoré. Até a construção de cemitério era dividida por castas e causava conflitos na população. Por conta de incidentes que ocorreram a construção do Cemitério dos Inocentes, porque o que existia ficava nas terras da ferrovia e só os belos da alta casta dos ferroviários poderia ser sepultada!
Qualquer coisa era motivo para arruaça e pancadaria, como foi a intenção dos portugueses em coletar recursos para construir uma capela no Cemitério dos Inocentes. Sem apoio de outras nacionalidades para tanto, a capela não foi tocada adiante e um português acabou sendo barbaramente espancado com chicote de umbigo de boi. A noite de 19 de novembro de 1915 acabaria em pancadaria.
Temos uma origem tocada a beligerância. Durante todos os idos do território dois grupos políticos e revezavam no poder e quem perdia a parada era duramente perseguido. Quem não lembra o fato de Jerzy Badocha ter sido "deportado" (era professor) para a longínqua e inacessivel Costa Marques nos idos da década de 70? Em meados dos anos 80 o herói da nossa transformação em estado, o governador Jorge Teixeirão botou o bocudo Tomás Correia para correr lá para as bandas de Roraima, antes da sua eleição a deputado estadual. Sobrou até para o finado Teobaldo Viana também "deportado" nos anos 90, mas recusou-se a cumprir o "exílio".
Em Rondônia existem "contras" para tudo. Contra rodoviária nova, contra a modernização da EFMM, contra calfinar árvores para deixá-las bonitas para o Natal, contras as Hidrelétricas do Madeira. Existem "contras" para tudo e eu, caro leitor, já constatei o fato de ter incorpororado um tiquinho deste costume local. As vezes também sou do contra. A mistura de sangue espanhol, com italiano e de bugre fervem, e por isso "se hay gobierno, soy contra"!!!!!!!!!!
Via Direta
*** A Assembléia Legislativa realiza audiência pública para tratar dos conflitos agrários amanhã *** Também a localidade de Rio Pardo, na região de Buritis, começa sua jornada pela emancipação política administrativa *** O deputado Jesualdo Pires (PSB -Ji-Paraná) tem apoiado as iniciativas das associações rurais na região central do estado.
Fonte: csperanca@enter-net.com.br
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