Sexta-feira, 6 de julho de 2007 - 06h58
As previsões de um verão rigoroso já estão se confirmando, seja pela redução do nível das águas do Rio Madeira, ou pelo aprofundamento dos poços caseiros em vários quadrantes da capital rondoniense, como nos bairros Socialista e Cohab Floresta. Porto Velho esta diante de uma ameaça de colapso no abastecimento de água, mesmo banhado pelo caudaloso Rio madeira.
Estado evangélico
Na sua última pesquisa por amostra de domicilio, o IBGE constatou que Rondônia, com um percentual de 27,7 por cento é o estado de maior numero de evangélicos. A seguir, no ranking de estados mais evangélicos estão Espírito Santo, Roraima, Rio de Janeiro, Goiás e o Acre. Se for pesquisada também a zona rural o percentual em Rondônia pode aumentar até para 40 cento.
Pela expressão dos evangélicos no estado, acabam sendo tratados a pão de ló pelos políticos, deixando outras prioridades, como saúde e educação de lado. Em razão disso, tem até órgão publico bancando todas as suites da comitiva do missionário RR Soares, num importante hotel, localizado na avenida Jorge Teixeira de Oliveira. O missionário, por onde passa, como se sabe, atrai multidões.
Alianças firmadas
Alguns anúncios de candidaturas a prefeito em Porto Velho por enquanto são meros balões de ensaio. Acredito que nos casos do PMDB, PC do B e do próprio PDT, a tendência é de uma aliança nas eleições municipais do ano que vem com o atual prefeito Roberto Sobrinho (ou a indicação de vice) e já com parcerias a médio prazo para as eleições de 2010.
A fórmula cassolista
Que o governador Ivo Cassol encontrou a fórmula de ganhar eleições em Rondônia – pagar o funcionalismo em dia na capital e construir estradas no interior – todo mundo já sabia. Podem acrescentar, agora, mais um ingrediente, detectado por pesquisas: nos pequenos municípios e localidades ribeirinhas: as peladas de futebol no final de semana, ajudam a fazer a diferença. A caipirada adora.
Labaredas divisionistas
Ao publicar a matéria "Polêmica: O Centenário de Porto Velho", na revista Momento, não esperava que as labaredas divisionistas criadas pelos nossos historiadores ganhassem até os microfones das emissoras de rádio. A coisa foi longe e o assunto esta se tornando cada vez mais candente. Faltam outros historiadores para se posicionar: Yeda Borzakov, Lúcio Albuquerque, Esron Penha de Menezes etc.
Lenha na fogueira
No programa Sala Vip, de Leo Ladeia, na Rádio Vitória Régia, na última terça-feira os historiadores Mathias e Antônio Cândido se engalfinharam numa sensacional peleja. E ontem, em sua página cultural, aqui neste Diário, o colunista Zé katraca botou mais lenha na fogueira, dizendo que a capital tem quase 150 anos de existência. Que exagerado!
Guerra de artigos
Historiadores e jornalistas entraram na guerra. Nelson Townes e uma penca de historiadoras sustentando que 4 de julho é a data mais apropriada, para a comemoração do centenário de Porto Velho, do outro lado Paulo Queiroz ( que assegura ser este um centenário fajuto) e Antônio Cândido garantindo que não existem documentos históricos para alicerçar esta tese. E Cândido chegou a acusar Townes de ataques pessoais através da revista Momento. Um fogaréu!
E mais: também, o historiador Antônio Serpa do Amaral Filho, em artigo publicado no site gentedeopinião, aumenta a fogueira, ao propor uma terceira via para a história da Ferrovia do Diabo. Um seminário programado para acontecer em setembro entre nossos historiadores já está programado para setembro para dirimir todas as dúvidas.
Do Cotidiano
A vida partidária brasileira é uma anarquia danada e as coisas mudam de acordo com as conveniências de quem está no poder. No momento em que já se propala uma terceira eleição para o atual presidente Luís Inácio Lula da Silva e mandatos de cinco anos para cargos executivos, lembro que empedernidos democratas, como FHC, contrários a reeleição nas décadas passadas, como presidente deu um jeitinho de esticar sua presença no Palácio do Planalto por mais um mandato. É a tal história: político só pensa nas suas conveniências, no próprio umbigo.
Muitos petistas e aliados já suspiram por um terceiro mandato, ou seja, a garantia do poleiro e de contracheques para milhões de neoliberais que num passado recente foram vermelhinhos.
Não é de hoje que se manipula o Congresso. Durante o regime militar, o governo alterou a legislação de várias maneiras para garantir maioria da Arena no Congresso Nacional. Após o Ato Institucional nº 2, o chamado AI-2, de outubro de 1965, seria decretado o Ato Complementar nº 4 que na prática impedia a existência do pluripartidarismo, pois exigia que os novos partidos contassem com no mínimo 120 deputados federais e 20 senadores, entre aqueles que compunham o Congresso naquele momento. Uma nova legislação para a organização partidária foi definida pela emenda constitucional número 1, de 17 de outubro de 1969. A partir de então o partido, para ter seu registro eleitoral deveria alcançar 5 por cento dos votos da Câmara dos Deputados, espalhados por sete estados.
Enfim, até o surgimento do PT em 80 e de outras agremiações partidárias foi um longo caminho, ao longo dos anos 70. E conforme ocorria o crescimento do MDB no Congresso, o governo militar interveio para garantir maioria da Arena. O pacote de abril de 1977 criou até a figura do senador biônico. Entre os três senadores eleitos pelos estados, um seria escolhido indiretamente, o biônico. Além disto, o pacote ampliou o número de deputados dos estados das regiões Norte e Nordeste, onde havia o predomínio do partido da situação.
Até o ressurgimento do pluripartidarismo em 1979, ocorreu pela conveniência do governo de plantão: isso porque era necessário dividir a oposição. Então: tratando-se de política, como se vê, tudo é possível neste Brasil varonil! Até um terceiro mandato para Lula...
Via Direta
*** Chama atenção a união política que está se formando entre os deputados estaduais e federais, para fortalecer Ji-Paraná *** Com isso, o município já começa a receber um maior aporte de recursos, através de emendas *** Ao aprovar consulta plebiscitaria na Ponta do Abunã, a Assembléia Legislativa fez o seu papel *** Mas para a criação do município de Tancredo Neves (unindo Extrema, Nova Califórnia e Vista Alegre) ainda falta o aval do Congresso.
Fonte:
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