Terça-feira, 21 de outubro de 2008 - 06h54
Muita conversa
Vencedora na maioria dos municípios e nos principais colégios eleitorais, a aliança PT/PMDB/PDT sofre grave ameaça de implosão para as eleições de 2010. Ocorre que existem interesses díspares cada partido tem uma candidatura própria em definição ao governo estadual e a manutenção da coalizão vai depender de muita conversa e desapego ao poder.
Prefeitos nas paradas
Como ocorreu nas eleições de 98, quando ex-prefeitos estavam em alta, para 2010 se aponta um panorama mais ou menos parecido. Naquela oportunidade concorreram o cargo José Bianco (Ji-Paraná), Ernandes Amorim (Ariquemes) e Melki Donadon (Vilhena). Para 2010 despontam, os prefeitos reeleitos Roberto Sobrinho (Porto Velho), Confúcio Moura (Ariquemes) e José Bianco (Ji-Paraná).
CPI do Leite
A Assembléia Legislativa instala hoje a CPI do Leite, requerida pelo deputado estadual Jesualdo Pires (PSB-Ji-Paraná). A queda no preço do leite pago ao agricultor, não ocorreu apenas em Rondônia, as queixas se multiplicam em outros estados até mais tradicionais na produção leiteira, como Minas Gerais, Rio Grande e Mato Grosso.
Regular o mercado
Com sucessivos prejuízos, os pequemos produtores de leite não conseguirem pagar sequer os custos ração e sal mineral e depois de muita chiadeira serão socorridos pelo Ministério da Agricultura que vai agir para regular o mercado, conforme anuncio do próprio governo federal. Havendo solução do problema, a CPI acabara esvaziada.
Eleições 2008
Cerca de 30 municípios, entre elas importantes capitais, terão segundo turno. Desperta mais atenção os confrontos em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador e Porto Alegre. Algumas surpresas: Gilberto Kassab (DEM), em São Paulo; Fernando Gabeira (PV) no Rio de Janeiro e Quintão (Belo Horizonte) vão ponteando.
Perdendo terreno
Nas cinco maiores capitais brasileiras, o PT só tem chances de levar em Salvador, mesmo assim num duelo bem equilibrado, uma parada duríssima. Mesmo em Porto Alegre, um berço petista, o atual prefeito José Fogaça (PMDB) vai liderando a corrida com folga. Pelo visto os gaúchos cansaram dos petistas.
Sob nova direção
Informações procedentes de Brasília dão conta que os presidentes regionais do PSDB Hamilton Casara e do PP Agnaldo Muniz (ambos sem mandatos) devem perder o comando das suas agremiações no decorrer deste ano, por conta de novas composições a serem desenvolvidas no estado de Rondônia com o Diretório Nacional.
Os inconfidentes
Tanto os tucanos como os pepistas sofrem o assédio de dois deputados estaduais Maurinho Rodrigues (PSDB) e Maurão de Carvalho (Ministro Andreazza) que devem levar vantagem na pendenga por estarem cumprindo mandatos. Sem poder nas mãos, Casara e Agnaldo deverão cair do poleiro, segundo o que rola nos bastidores políticos.
Municipalismo
Definidas as regras pelo Congresso Nacional para a criação dos novos municípios, o deputado estadual Valter Araújo (PTB-Porto Velho) sacou mais rápido e encaminhou oficio ao Tribunal Regional Eleitoral TER cobrando a realização de consulta plebiscitária na Ponta do Abunã. O parlamentar também luta pela emancipação de vários outros distritos que reúnem condições de desmembramento.
Via Direta
Os maiores obstáculos
O Brasil foi tomado de surpresa com a expulsão da empresa Odebrecht do Equador. Enquanto aqui há uma guerra de foice no escuro entre governos, empreiteiras e ambientalistas, no Equador estes venceram: a nova Constituição equatoriana instituiu os "direitos da Natureza" (Pachamama). Lá, quatro obras da Odebrecht causaram polêmicas e no fundo delas estão sempre questões objetivas, como as ambientais, ou subjetivas, como o "imperialismo brasileiro".
Esse episódio é revelador de duas coisas. Primeira, a completa desinformação, no Brasil, sobre o que ocorre na América Latina. Segunda, há muita coisa cozinhando no caldeirão latino-americano que os brasileiros desconhecem completamente, sem sequer imaginar que tais fatos terão depois profunda repercussão interna, no Brasil, e poderão causar ainda mais embaraços e produzir obstáculos às obras necessárias ao desenvolvimento do País.
Dentre os diversos obstáculos às obras de estrutura, há desde a politiquice local até fantasmas universais, como a teoria da conspiração, que não poupa nenhuma das atividades humanas. Por trás de todos esses obstáculos estariam mãos alienígenas, por sua vez divididas em dois ramos: um o dos marcianos beneméritos, com seus recados para que salvemos o planeta; outro, mais interesseiro, de empresas estrangeiras ávidas para dominar a Amazônia e, com ela, o mundo.
A verdade é que as grandes obras estruturais necessárias ao desenvolvimento da Amazônia, que deveriam ter sido cercadas de cuidados relativos a impacto ambiental e realizadas há dez, vinte, trinta anos, só agora começam a deslanchar, mas sempre com o freio de mão puxado, travadas pelos mais diversos obstáculos.
As hidrelétricas do Rio Madeira, já liberadas e uma delas até leiloada, e a hidrelétrica de Belo Monte, que pretende alagar parte do Xingu, a rodovia ManausPorto Velho e, na capital amazonense, a ponte sobre o rio Negro, dentre tantas obras infra-estruturais maiores ou menores, todas elas, evidentemente, produzem impacto ambiental. Como diria o saudoso José Lutzenberger, considerado em seu tempo o mais combativo ecologista brasileiro, iniciador de toda uma "tribo" de ambientalistas aguerridos, "até um cuspe no chão produz impacto ambiental".
É fato conhecido que em geral os políticos anunciam as grandes obras para capitalizar o mérito pela iniciativa, mesmo sem ter a menor intenção de construir, imediatamente. Basta fazer maus projetos e eles receberem a reação negativa de técnicos e ambientalistas. Nesse caso, põe-se a culpa nos opositores e não no projeto e continuam pela vida afora fazendo seu marketing político-eleitoral. Quando não há dinheiro, ou ele foi desviado para outras obras ou maracutaias, paralisa-se a obra e, como dizia também o delegado de polícia em Casablanca, manda-se culpar e prender "os suspeitos de sempre".
Via Direta
*** Agravada pela greve dos bancários, a crise mundial desembarca em Porto Velho ***Já se constata queda nas vendas de carros, casas e apartamentos *** Incrível: quem mais rouba energia em Rondônia são os ricos, e não os pobrinhos, conforme denuncia da Ceron *** E olhem que tem milhares de rabichos de energia nos bairros periféricos...
Fonte: Carlos Sperança/Gentedeopinião
csperanca@enter-net.com.br
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