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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 21/11/09




Apagando incêndio

O fogaréu tomou conta da base aliada. Mineiramente o vice-governador João Cahulla busca apagar os incêndios com o senador cassado Expedito Júnior (PSDB). Afinal, não interessa nem ao governador Ivo Cassol, tampouco a Expedito um rompimento. No entanto, que fique claro: a máquina esta azeitada no interior é para Cahulla, não para o tucano.

Caminhos diferentes?

Juntos PMDB e PT são realmente fortes e fizeram grandes conquistas nas eleições passadas, com vitórias em pólos regionais importantes, inclusive a capital que com sua superpopulação pode chegar a 30 por cento do eleitorado rondoniense no ano que vem. Mas separados, PT e PMDB, com candidaturas próprias, não assustam ninguém.

Concessões petistas

O PMDB largou na frente definindo seu pré-candidato ao governo, que é o prefeito Confúcio Moura e agora os caciques do partido buscam entendimentos junto ao Diretório Nacional do PT para saia do partido de Lula, o vice do postulante peemedebista. As cartas do PMDB nacional são boas: a presidenciável Dilma Roussef precisa dos peemedebistas na peleja 2010 e algumas concessões poderão acontecer.

Definições atrasadas

Justamente por que terá que ouvir as conveniências do Diretório Nacional é que o PT ainda não definiu seu candidato no estado. Afinal, seria um vexame lançar postulante próprio em Rondônia e depois retirar a postulação para o petista se transformar apenas num coadjuvante das bandeiras peemedebistas no estado.

Ninguém entendeu

Ninguém ainda entendeu direito o fato de Joarez Jardim ter deixado o PSDC – onde faria dobradinha com todos os pré-candidatos à Assembléia Legislativa – para ingressar no PP, repleto de candidatos a federais tubarões com os dentões afiados para devorá-lo. Jardim deve ter boas cartas na manga dentro do novo partido, já que a parada pepista é uma das mais difíceis nas eleições do ano que vem.

Duelo regional

Se nos pólos regionais existem grandes duelos entre lideranças, na roça também começa a acontecer disputas tribais. O prefeito de Alvorada do Oeste, Laerte Gomes, pré-candidato a deputado estadual, e o atual deputado estadual Luizinho Goebel lutam a dentadas, delimitando território no Médio Guaporé, como verdadeiras onças esturrando.

Críticas rechaçadas

De passagem por Ji-Paraná, onde foi acompanhar inaugurações e prestigiar deputados aliados na região central, o presidente da Assembléia Legislativa Neodi Carlos rechaçou as criticas do deputado Silvernani Santos que lidera um motim contra a construção da nova sede do parlamento estadual. Ora, O baixinho foi presidente da casa três vezes e não construiu nada - e agora quer solapar o projeto.

Grande equívoco

Vou direto ao assunto: em primeiro lugar a atual sede da ALE era um hospital, foi emprestada e precisa ser devolvida para voltar a sua finalidade original, que tanto a capital precisa. Em segundo lugar, os deputados que são contra a nova sede querem esses recursos para gastar na campanha 2010. Por último desistir agora do projeto, depois da aquisição do terreno e dos projetos técnicos, seria um equívoco sem tamanho.

Símbolo da modernidade

Defendo a posição da construção da nova sede da ALE porque entendo que ela vai compor um arrojado Centro Cívico, com as sedes dos Poderes Executivo (Centro Político e Administrativo) e do Judiciário, na região da antiga Esplanadas das Secretarias. O Centro Cívico em formação será um símbolo da pujança e da modernidade de Rondônia, um magnífico cartão postal, resgatando a auto-estima dos rondonienses. É visão de futuro.

Do Cotidiano

Um câncer embutido

O palavrão agora é: xenoestrogênio. O palavrão anterior, mais curto, era o estrogênio, hormônio feminino cuja falta está associada aos sintomas da menopausa. No caso do xenoestrogênio, esse hormônio está por trás da dificuldade para emagrecer.
É um hormônio ambiental encontrado na poluição, em adubos, anticoncepcionais, produtos de limpeza, embalagens plásticas e até mesmo em alguns cosméticos, ao ser absorvido pelo corpo humano em grande quantidade, pode se tornar prejudicial. Esse hormônio em excesso pode provocar reações no organismo que levam ao acúmulo de gorduras, dificultando o emagrecimento.
Pois tal substância pode estar sendo empurrada por nossa boca adentro por nossa própria iniciativa. Uma série de aditivos usados em alimentos possuem efeitos similares ao estrogênio. Um desses aditivos é usado para a conservação de camarões e peixes. Quando você contemplar um peixe exibindo uma bela coloração de vida, um camarão vermelhinho como se acabasse de sair da água, pode estar, na verdade, vendo o efeito “rejuvenescedor” de um desses aditivos. Esse xenoestrogênio embeleza a carne do peixe, mas pode causar transtornos no ser humano.
Vai um cafezinho? – Quem costuma tomar café ou chá naqueles práticos copinhos de plástico pode estar embarcando na mesma canoa. Os copos descartáveis liberam substâncias nocivas ao homem quando aquecidas – e uma delas tem esse efeito similar ao hormônio feminino. Ao entrar no organismo junto com a bebida, o xenoestrogênio ocupa os receptores desse hormônio, aumentando a chance de as mulheres terem câncer de mama ou útero. Já os homens ficam mais predispostos ao câncer de próstata, à infertilidade e à diminuição do número de espermatozóides.
Recentemente, cientistas italianos desenvolveram um novo método rápido para identificar aditivos incluídos em alimentos que agem como os assim chamados xenoestrogênios, que estão levantando sérias preocupações internacionais sobre seus efeitos na saúde humana.
Ao testarem o novo método em larga escala para avaliar os aditivos atualmente utilizados em alimentos, descobriram dois novos aditivos que até agora não se sabia apresentarem efeitos semelhantes ao estrogênio. No estudo, Pietro Cozzini e seus colegas salientam as crescentes preocupações sobre a identificação dessas substâncias e sobre seus possíveis efeitos sobre a saúde humana. 


Via Direta

*** O cobertor do orçamento ficou curto pra o municipalismo brasileiro *** Em Rondônia, os prefeitos que foram obrigados a ajustar orçamento pra atender demandas de saúde e educação estão assustados com a guilhotina da Lei de Responsabilidade Fiscal *** Depois de reclamações generalizadas a ALE-RO trocou a marca do cafezinho servida nos gabinetes. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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