Uma coluna sem papas na língua 22/08/08

Mapa político

Com o cadafalso pronto para o senador Expedito Júnior, cassado duas vezes pela compra de votos, o mapa político rondoniense deverá mudar muito para as eleições de 2010. A oposição local vai ganhar mais espaço, e a base aliada do presidente Lula terá mais um senador, o que reverterá em mais benefícios para Rondônia.

Fim do nepotismo?

Conforme a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)  esta decretado o fim  do nepotismo nos três poderes e os parentes de servidores até o terceiro grau perderão os cargos de confiança etc. Mas o chamado nepotismo cruzado, como é que fica? O político contrata o parente do juiz, o juiz do deputado, o desembargador do senador...

Era o desemprego...

Atribuía-se aos elevados índices de criminalidade em Porto Velho  até recentemente ao desemprego. Mas agora está sobrando postos de trabalho e a coisa continua piorando. Na verdade, em nossa capital, a raiz da criminalidade está ligada ao narcotráfico crescente. Mais de 80 por cento das ocorrências tem ligação direta ou indireta.

Coisa de louco!

Continua o regime de permissividade na Colônia Agrícola Ênio Pinheiro. Muitos apenados já foram vistos a solta pela cidade aprontando das suas. Quando é que as autoridades da segurança vão agir contra esta situação? Assaltos recentes no centro da capital ocorreram com detentos "licenciados" na Colônia.

Os comunicadores

Radialistas e jornalistas tentam uma vaga na Câmara de Vereadores. Entre tantos despontam os nomes dos apresentadores Elizeu da Silva , Clevis Serafim e Marcelo, ex-diário. Todos populistas. Os três já são experientes no ramo.  No caso de Elizeu já foi vereador e deputado estadual e tenta retomar sua carreira política. 

Tem japonesas...

Em Jaru, conforme informações  colhidas na Bacia Leiteira, com a cassação definitiva da candidatura do ex-deputado Batista da Muleta, todo mundo virou japonês e com isso a peleja ficará equilibrada, Lá, três mulheres estão disputando a massa falida da prefeitura local: Sônia  do PT, Carmem Hon e Neuma Guedes.

Forte impacto

A última pesquisa do Ibope teve forte impacto dos comitês dos candidatos a prefeito de Porto Velho. Não é para menos, nas contas da oposição, a escalação de Mauro Nazif (PSB) conseguiria arrastar o pleito para um segundo turno, para que todo mundo se unisse e então, uma poderosa coalizão tiraria o prefeito Roberto Sobrinho do poleiro em segundo turno.

A escalação

Em tese a escalação de Nazif estava mais do que certa para ajudar a oposição. O que não se esperava era que os votos anticassolistas – e até de cassolistas – estivessem caindo no balaio do prefeito petista. E pelo que rola na aldeia os antipetistas estão optando por Garçon, ao invés do postulante socialista.

Tem explicação

O péssimo desempenho de Nazif nas pesquisas tem explicação. Como só se decidiu em cima do laço e, por isso nem conseguiu fazer aliança, tenho constatado uma desconfiança por aí que ele foi cooptado pelo governador Ivo Cassol. Se foi isso mesmo que ocorreu ele pode acabar como mero candidato coadjuvante do cassolismo, já que o titular desta bandeira é Garçon.

Uma reação

Por conseguinte, se Nazif não deixar bem claro para a opinião pública que não tem nada a ver com articulações emanadas do Palácio Presidente Vargas , não terá como reagir. Caso contrário, pode enfiar a viola no saco, já que candidato escudeiro até hoje, só um se deu bem: o próprio Ivo, que acabou devorando seu criador em 2002.

Do Cotidiano

As eleições em Ji-Paraná

A antiga Vila Rondônia se transformaria ainda na década de 70 no pujante município de Ji-Paraná. Do administrador Valter Bártolo, nos anos 70, ao prefeit0o nomeado Assis Canuto em meados dos anos 80, se verificou uma verdadeira explosão migratória.

A pujante Capital da BR de quase 80 mil eleitores, deve chegar ao final da década com 120 mil habitantes, com predominância de migrantes paranaenses, capixabas, gaúchos, baiano e mineiros. É o mais importante pólo regional do estado, irradiando influencia para pelo menos 16 municípios do seu entorno, na região central.

Ji-Paraná é administrada por uma dupla competente. O ex-governador José Bianco, que foi deputado estadual, presidente da Assembléia Legislativa, e senador é o prefeito pela segunda vez. Na primeira – em 88 - não era favorito e virou a eleição. O seu vice atual é Assis Canuto que também foi prefeito, deputado federal e vice-governador.

Bianco disputa o Palácio Urupá sede do governo municipal de Ji-Paraná pela terceira vez. Tem como vice agora, o empresário Zé Otônio e comanda uma coalizão que terá no mesmo palanque cardeais da política regional da estatura do governador Ivo Cassol ao ex-prefeito Acir Gurgacz, que foi o candidato ao Senado mais votado em 2006, com mais de 70 por cento dos votos válidos.

Uma coalizão de forças deste tamanho espantou a concorrência. Apenas um candidato, ao final de tudo, se habilitou a entrar na peleja: o ascendente Edvaldo Soares, um radialista que teve obteve mais de 20 mil votos a Câmara Federal no pleito passado.

A eleição na chamada capital da BR é considerada até plebiscitária, mas o oponente de Bianco, de acordo com as pesquisas vai mantendo uma média razoável de aceitação. Na verdade, nesta eleição Edvaldo (PMDB) tem muito a ganhar: se for derrotado, perdeu para o grande Bianco, um nome que já fez história no estado. Se ganhar do prefeito, vai se consagrar. É um franco atirador e com boas possibilidades de ascensão na política regional nas próximas jornadas.

Com prestígio por sanear as finanças do estado quando assumiu o governo estadual depois das eleições de 98, Bianco também teve a missão de reorganizar aquela municipalidade. Quando assumiu, o município vivia um período de agruras com forte emigração para outras regiões e seu grande mérito foi melhorar a auto-estima de uma cidade que estava quase parada no tempo, com uma nova fase de prosperidade.

Via Direta

*** O Senado tem pressa de aprovar os projetos que criam os novos municípios ***Existe um prazo concedido pelo STF que vence em novembro para que seja aprovada norma convalidando os atos ***Lindomar Garçon está animado com sua performance na Zona leste da capital *** Acredita que tem muito espaço para crescer naquela região.  

Fonte: Carlos Sperança