Quarta-feira, 22 de outubro de 2008 - 00h09
Estatísticas oficiais
Em todo governo é a mesma coisa: As estatísticas oficiais indicando baixa nos índices de criminalidade, enquanto os assaltos, arrombamentos – e até seqüestros pelo interior afora – tem rolado a solta em Rondônia nos últimos meses. Paralelamente, tem aumentado também a violência nas escolas e o assédio dos traficantes aos alunos.
Migração intensa
A migração é intensa na capital e só Porto Velho em pouco mais de um ano recebeu quase 50 mil novos moradores. Com migrantes operários, comerciantes, empresários etc, também estão chegando foragidos de toda espécie, assaltantes, ladrões e seqüestradores, atraídos com as possibilidades e a propaganda das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio.
Construção civil
Nem a crise, que já atinge a Zona Franca de Manaus, com férias coletivas nas montadoras de motocicletas e o sul Maravilha onde muitas linhas de montagens nas fábricas tem sido reduzidas, atingiu a aquecida construção civil em Porto Velho. É incrível a vitalidade desse segmento, ao mesmo tempo, em que se vêem outras capitais brasileiras até evitando lançamentos de novos edifícios e condomínios.
Vendas prejudicadas
Na verdade a crise mundial chegou a Porto Velho e atinge a quase todos os setores de atividades. A venda de carros usados, por exemplo, se transformou numa incógnita, com a redução em até 50 por cento nas transações. No geral, a oferta de empregos ainda é considerável por aqui, inclusive no comércio e, com a inauguração do novo shopping, de novos supermercados, hotéis e empresas de grande porte.
Os financiamentos
A venda de imóveis, por outro lado, tem sido prejudicada mais pela greve dos bancários, já que a maior parte das transações imobiliárias depende de financiamentos da Caixa Econômica Federal. É importante destacar que os lançamentos de empreendimentos, inclusive prédios de luxo foram mantidos em Rondônia.
Tem propostas
Com 19 anos, o universitário Jean de Oliveira é um dos vereadores mais novos da próxima legislatura em Porto Velho. Em visita a redação, Jean falou de seus projetos, entre eles a qualificação profissional dos jovens, com prioridades ao funcionalismo público e a segurança. A instalação da Guarda Municipal também é considerada primordial, como também o reforço a da patrulha escolar.
Força tucana
O PSDB foi desacreditado para as eleições municipais, mas acabou emplacando dois vereadores com expressivas votações na capital. Além de Jean, os tucanos emplacaram a jovem Mariana Carvalho. A tucaninha de bico afiado atua no partido desde a adolescência e herdou o gosto da política do seu pai, que foi vereador, deputado federal e vice-governador e da mãe, a colunista social Maria Silvia.
Progressão salarial
Como forma de reconhecimento e valorização do servidor público, a Mesa Diretora da Assembléia Legislativa antecipou o pagamento do funcionalismo para o próximo dia 27, segunda-feira. No dia 28, terça-feira os funcionários da Casa comemoram o Dia do Funcionalismo. A informação foi prestada pelo 1º Secretário Jesualdo Pires que também formou uma comissão para estudar a progressão salarial da categoria.
Do Cotidiano
Proposta sensata
O Pacto Desmatamento Zero, criado por um grupo de oito entidades, dentre as quais o Greenpace e a Amigos da Terra, sustenta a tese de que já existem, na Amazônia, terras suficientes para a atividade econômica. Nesse caso, cabe preservar o restante.
Há uma intensa briga de números. Já se disse que, quando consultor, o atual presidente do BNDES, Luciano Coutinho, estimou em 1 bilhão de reais o custo para atingir a meta de desmatamento zero na Amazônia. Agora já se fala nesse mesmo bilhão, fácil de dizer e difícil de conseguir, por ano. Obviamente, ninguém diz quantos anos serão necessários até atingir a meta e qual será mata restante ao final desse processo.
Há mais brigas de números. Sérgio Leitão, ativista do Greenpeace, agarra-se à tese da ong, de que já há terras suficientes para a exploração econômica, insurgindo-se contra um estudo recente publicado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que é uma instituição tão ou (diríamos) mais respeitada que o Greenpeace, afirmando que o Brasil só tem 7% de terras agriculturáveis. Para Leitão, os dados são suspeitos, pois foram elaborados com terras sobrepostas e desconsiderando as terras já desmatadas. Ele acredita que um número mais realista seria de 30% de terras aptas para o desenvolvimento da agricultura no País.
Mas a proposta de rumar ao desmatamento zero é sensata, apesar de todo esse ruído em torno de números. Sobretudo se o bilhão redondo proposto efetivamente fosse investido em pequenos e médios produtores que atuam com sustentabilidade, no apoio aos governos federal e estaduais da Amazônia para a fiscalização, que é precaríssima, e na criação de instrumentos econômicos que possam mudar as razões que levam ao desmatamento florestal.
Será vital, nesse caso, a formação do Fundo Amazônia, destinado a captar a gana mundial de amor à grande floresta preservada na forma de doações substanciais. Já que o assunto é bilhão, a Noruega abriu a fila e fez a doação de US$ 1 bilhão, parcelados até 2015. É também 1 bilhão de dólares o valor estimado pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, para a captação do Fundo Amazônia em seu primeiro ano.
Tomara o otimismo do ministro prevaleça e a crise financeira mundial não afete a santa disposição dos demais países de fazer doações generosas ao Fundo. Após a mencionada primeira doação da Noruega, Minc afirmou que a Coréia, Japão e Suécia mostraram interesse em doar mais cotas de recursos para o fundo. Como se sabe, a regra elementar do Fundo é o governo ter o dinheiro disponível se, no ano anterior, a taxa de desmatamento da Amazônia for menor do que a média dos últimos dez anos.
Via Direta
*** Os Donadons resolveram se vingar do prefeito eleito Zé Rover, em Vilhena *** Um aumento de 35 por cento para o funcionalismo para o sucessor pagar *** Lembro que nos anos 90, Piana deu um presente de grego parecido para o seu sucessor Valdir Raupp *** Em vista de obstáculos diversos a capital vai acabar este ano sem rodoviária e terminal de passageiros no porto do Cai N’água.
Fonte: Carlos Sperança/Gentedeopinião
csperanca@enter-net.com.br
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