Terça-feira, 23 de junho de 2009 - 06h14
Demandas sociais
A migração acelerada á Porto Velho volta a criar mais e mais demandas sociais. Não apenas nas áreas de segurança, saúde, educação e trânsito, transportes coletivos, coleta de lixo, mas também no setor de moradia. Já são 35 mil inscrições da casa próprias no Programa Minha Casa, Minha Vida, através da prefeitura de Porto Velho. Entramos em colapso também em habitação.
Falta de planejamento
È gritante a falta de planejamento para enfrentar o crescimento de Porto Velho. Quando finalmente for implantado o sistema de água e esgoto da capital – isso vai pelo menos uns dois anos - outras milhares de famílias que estão chegando e se instalando nos bairros periféricos, estarão à míngua, morando em barracos, sem água e sem rede de coleta.
A instabilidade
O movimento intitulado Pró-Rondônia (formado majoritariamente por empresários, empreiteiros e comerciantes que tem negócios com o governo estadual) pretende uma grande mobilização hoje pelo estado pelo que chamam de governabilidade, preocupados com a “instabilidade” (leia-se troca de governador). Trocando em miúdos, o movimento é contra a cassação de Ivo Cassol.
Para sensibilizar
A ação do movimento Pró-Rondônia visa sensibilizar as autoridades do Tribunal Superior Eleitoral –TSE quanto ao processo de cassação contra o governador Ivo Cassol que deve entrar em pauta no decorrer desta semana. Como efeito prático, nadica de nada. A esfera do julgamento é Brasília onde pouca gente vai tomar conhecimento do tal movimento.
Todos os indícios
Pelas articulações palacianas estou convencido que o governador esta mais do que preparado para receber a cimitarra da cassação no TSE. Os indícios são claros: os deputados da base aliada fazem à cantilena da instabilidade, os empresários, empreiteiros e comerciantes que mamam no Palácio Presidente Vargas estão nas ruas em defesa do governador, etc.
Campanha ao Senado
Como efeito prático em Brasília, a esfera do julgamento do governador, a ladainha dos deputados estaduais e do empresariado, será o equivalente a nadica de nada. Ninguém sequer vai tomar conhecimento das papagaiadas locais, mas temos aí um baita mote de mobilização para sua campanha ao Senado em 2010, Ivo, se perder o mandato de governador, projeta a volta por cima com a eleição ao Senado.
Pau nos inimigos
Circulando na aldeia mais uma edição do periódico “O Combatente” atacando os petistas Roberto Sobrinho Fátima Cleide, Eduardo Valverde, o senador Valdir Raupp e o presidente regional do PDT Acir Gurgacz, considerados adversários do Palácio Presidente Vargas. A coisa ficou bem direcionada, já que a publicação não vê defeitos na administração estadual...
Fátima, governadora!
Num de seus discursos durante sua visita à Rondônia, a ministra Dilma Roussef se dirigiu a senadora Fátima Cleide, se referindo a ela como “governadora”. Ao lado, o governador Ivo Cassol deu uma olhadinha e pareceu não gostar muito, mesmo assim se fez de gato morto, como nada tivesse acontecido. Fátima sorriu e não corrigiu. “Se Deus quiser, ministra!”, sentenciou.
Cavalo doido
No melhor estilo “cavalo doido”, cinqüenta detentos da penitenciária Ênio Pinheiro tentaram a fuga no final de semana, com ajuda externa, já que cúmplices causaram um apagão de energia no presídio. Durante o rápido blecaute presos de todo lado tentaram pular os muros, mas foram contidos pelos agentes penitenciários. Dois fujões estão chorando até agora: receberiam progressão de pena na sexta feira...
Coisa de louco
O que eu mais tenho estranhado em Rondônia é que mesmo com a saúde em caos e a segurança em colapso, tanto o prefeito petista de Porto Velho, Roberto Sobrinho, como o governador Ivo Cassol (este é no estado inteiro) continuam mantendo altos índices de popularidade. Setores que sepultavam prefeitos e governadores antigamente, já não influenciam tanto as eleições como antigamente.
Do Cotidiano
O desafio da educação
O desafio do século XX para o Brasil era universalizar o ensino. Hoje, embora haja muitas crianças e adolescentes fora da escola por razões diversas, inclusive o desleixo com o cumprimento da lei, em toda a malha urbana brasileira e em grande parte da zona rural já existem condições para a matrícula das crianças. Considera-se que, nesse caso, o Brasil já alcançou a universalização, pois é possível o acesso à escola, embora ainda mais possível seja a dura vida no interior e nas periferias forçar as crianças a deixar os bancos escolares e ir para o trabalho. De qualquer forma, em grande parte o desafio do século XX foi vencido.
Agora, o desafio é dar qualidade à educação, pois sem ela não será possível sair do atraso. Mas esta não é uma tarefa que deva durar todo um século, como se deu com a universalização do ensino, mesmo ainda precária. Deveria ter sido cumprida já nesta primeira década do século XXI, mas não foi. A ânsia para obter um ensino de melhor qualidade continua uma tarefa cumprida mais formalmente que na prática. Há leis, normas, portarias, planos e decisões tomadas a cada instante, mas a vaca não sai do atoleiro.
Já se percebem até atitudes enérgicas, com a ameaça de fechar escolas que não consigam fazer seus alunos apreender os conteúdos mínimos, com medição prevista através de testes periódicos. O caso de Brasília é emblemático, na medida em que se tem a presunção de que a capital federal tem naturalmente um ensino de boa qualidade, até por ser uma das mais importantes vitrines do País e ter uma população infanto-juvenil em boa parte vinda de berços áureos.
A Secretaria da Educação do Distrito Federal determinou a atitude pioneira de impor testes de avaliação dos estudantes das escolas particulares, além do que já ocorre com as públicas. Sem essa avaliação da qualidade do ensino elas não poderão continuar funcionando. A medida faz parte do Sistema de Avaliação de Desempenho das Instituições Educacionais (Siade) que, este ano, monitorou apenas as escolas públicas e servirá como base para o pagamento do 14º salário dos professores e funcionários da rede de ensino do governo.
O Siade persegue esse objetivo sagrado de visar prioritariamente a qualidade, e vai dividir os colégios em quatro parâmetros, como se fossem quatro divisões do futebol: acima do esperado, esperado, básico e abaixo do básico. Os colégios que ficarem, de forma reincidente, abaixo do básico podem – deveriam, seria melhor – ter o recadastramento negado.
Via Direta
*** A semana promete novos capítulos sobre os processos de cassação que rolam em Brasília envolvendo Expedito e Cassol *** As invasões de terras aumentam na periferia criando novas demandas sociais em Porto Velho *** ALE-RO promove várias audiências públicas durante a semana no interior do estado para discutir o novo Código Florestal Brasileiro.
Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com.br / www.opiniaotv.com.br
csperanca@enter-net.com.br
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