Sábado, 23 de agosto de 2008 - 06h10
Enorme Sucuri
Como uma enorme sucuri, o prefeito Roberto Sobrinho (PT) vai asfixiando a oposição na capital, tanta vantagem que tem na largada. Seu desafio agora é manter a diferença de intenções de votos ao longo do horário gratuito para definir a parada em primeiro turno. Na campanha passada foi no horário gratuito que Nazif desabou.
Em campo
Para melhorar a situação dos seus pupilos prefeituraveis os marqueteiros dos candidatos da oposição em Porto Velho estão em campo buscando alguma coisa que cole nas costas do alcaide portovelhense. Até agora não colou nada, mas a busca continua. Vejam: Esta tudo tão igualzinho como na disputa ao governo quando a oposição apelou para tudo e acabou se ferrando.
Esforços redobrados
Como não poderia deixar de ser nenhum dos postulantes da oposição deu crédito as pesquisas eleitorais vigentes na capital. Alguns redobraram os esforços, como Lindomar Garçon (PV). Constatei grande movimentação dos seus adeptos nos bairros nos últimos dias. Alexandre Brito e sua vice Silvana Davis trabalham no olho no olho, visita casa por casa.
Audiências públicas
A Assembléia Legislativa será movimentada na semana que vem com suas audiências públicas importantes. A primeira vai discutir, dia 27, as alternativas de transmissão de energia a partir das usinas do Complexo do Madeira. A segunda, com a presença do senador Magno Malta, para debater a pedofilia e o infanticídio nas aldeias indígenas.
As investigações
Com justa razão o candidato a prefeito do PSOL Adilson Siqueira quer explicações sobre a pesquisa divulgada pelo Ibope recentemente na capital. Chegou a requerer na justiça os dados coletados para análise. A investigação decorre das falhas que o instituto já demonstrou em campanhas anteriores na aldeia rondoniense.
Tem diferenças
Conversei com outras empresas de sondagens eleitorais sobre o trabalho de campo Ibope em Porto Velho. É reconhecida a vantagem do prefeito, embora um deles (o Laser) tenha relatado uma diferença menor, mas sua pesquisa já tinha mais de 30 dias do trabalho. Enfim, as sondagens eleitorais são sempre polêmicas porque existe um histórico de resultados conflitantes.
Lado petista
Da parte dos petistas a palavra de ordem é acelerar o passo, como se a campanha estivesse começando. O pessoal ligado à campanha do alcaide entende que as sondagens eleitorais revelam uma tendência de momento e o que vale mesmo é o resultado das urnas. “Não vamos dar mole, nossa militância esta na rua”, resumem.
A superlotação
A superlotação dos hospitais em Porto Velho preocupa o deputado Luizinho Goebel (PV-Vilhena). Ele tem constatado um aumento na demanda de pacientes em Rondônia que deve ser explicada em vista a migração que o estado está recebendo nos últimos meses ocasionada pela construção das hidrelétricas. Essa carga deve aumentar nos próximos meses.
Uma contrapartida
Na verdade, o governo estadual precisa de uma contrapartida da União para dar conta da crescente demanda de saúde. Mesmo porque tanto na capital como nas unidades do interior, a saúde rondoniense atende pacientes de estados vizinhos e até da Bolívia. Nesse sentido a Assembléia Legislativa e bancada Federal poderiam se mobilizar.
Força distrital
Conversei com o pré-candidato do PDT Gilson Borges sobre o processo sucessório em Presidente Médici e ele manifestou seu otimismo com relação à performance nos distritos de Riachuelo e Estrela. Borges acredita que ao final, o resultado no interior será decisivo para decidir a parada com a candidata Lurdinha do PT, com quem polariza a atual jornada.
Do Cotidiano
Mudança de atitude
Mesmo com os reforços de caixa do Plano de Aceleração de Desenvolvimento –PAC, o município de Porto Velho terá grandes desafios para serem enfrentados na próxima gestão, ao final desta década. Para alcançar a qualidade de vida almejada, serão necessários investimentos maciços em obras de infra-estrutura, desde a canalização de igarapés, a construção de uma rede de esgoto, a ampliação do sistema de abastecimento de água, encaminhar soluções para os problemas de um trânsito que se releva a cada dia mais infernal. até as demandas sociais como saúde, educação, moradia e transportes coletivos.
Objeto de um novo fluxo migratório, a capital rondoniense com seus 400 mil habitantes deve ultrapassar os 500 mil nos próximos dois anos. Acompanhar esse ritmo de crescimento não será fácil, já que a cidade ainda padece de equipamentos urbanos, além da pavimentação que falta atingir dezenas de bairros.
Ao meio de grandes obras já projetadas como a nova rodoviária e a implantação do terminal de transportes fluvial no porto do Cai N´Água, os portovelhenses penam com a falta de um sistema de drenagem eficiente. Durante o inverno amazônico boa parte da cidade se transforma num monumental igapó, exigindo da municipalidade um projeto de combate às alagações.
Por falta de planejamento municipal, pelas invasões de áreas ao longo da década de 80, a capital rondoniense teve uma ocupação desordenada. Por ser uma região baixa e alagadiça, a Zona Leste, não seria indicada para o programa de expansão, já que demandaria mais recursos do erário municipal no tocante a infra-estrutura, mas foi o que acabou ocorrendo, na administração José Guedes, com a farta distribuição de terrenos – uma verdadeira reforma urbana – aos milhares para os chamados sem-teto.
Enquanto o atual Plano Diretor procura corrigir as distorções do passado, o que se busca agora é o adensamento da cidade, com grandes clareiras abertas a especulação imobiliária. Numa cidade onde o Plano Diretor e o próprio Código de Posturas têm sido desrespeitados ao longo dos anos e, onde se joga até carcaças de geladeiras nos igarapés, bem que a mudança de atitude poderia começar com uma campanha de conscientização e cidadania.
Via Direta
*** Com a pavimentação de mais três rodovias estaduais Ivo Cassol vai se garantindo como o governador das estradas *** É o recordista em pavimentação desde a fundação do estado na década de 80 *** Mais uma vez o Congresso frustrou os distritos que pleiteiam emancipação *** Os senadores adiaram a definição de regras para a criação dos novos municípios *** Mesmo assim as lideranças comunitárias continuam otimistas.
Fonte: Carlos Sperança
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