Uma coluna sem papas na língua 23/09

Prá valer
O PSDC quer entrar prá valer na briga pelo Palácio Urupá, sede da prefeitura de Ji-Paraná, que tem como inquilino atualmente o prefeito José Bianco, ex-governador. Um grande encontro da legenda está sendo marcado para o lançamento da pré-candidatura do chefe da Casa Civil Joarez Jardim que tem arrebanhado a simpatia dos partidos da base aliada do governo.

Equação difícil
Por sua vez o atual prefeito de Ji-Paraná José Bianco tem uma equação difícil para resolver nesta temporada. Seu nome preferido para sua chapa a vice é o do atual companheiro Assis Canuto. No entanto, os partidos da sua base pleiteiam a indicação. Como formar a chapa de 2008, sem desagradar gregos e troianos é uma equação de difícil solução já que os preteridos podem embarcar na canoa da oposição.

Mesmo problema
O mesmo problema enfrentado por Bianco em Ji-Paraná, também é vivenciado pelo prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho que tem meio caminho andado para a reeleição. Todas as legendas da sua base quem indicar o vice mas ele tem seu ungido escolhido através de pesquisas internas do partido. Mas o petista já está com a espada na garganta: O PDT está lançando Dalton di Franco, o PC do B David Chiquilito Erse e o PMDB ameaça lançar Fernando Prado.

Todos municípios
A decisão  final já saiu de um encontro entre os caciques do PMDB em Brasília. O partido deverá projetar candidatos a  prefeito nos 52 municípios do estado. Bem na foto em colégios eleitorais importantes como Vilhena, Cacoal, Pimenta Bueno, o partido não tem nomes a altura em municípios de maior porte como Porto Velho e Ji-Paraná, onde não vence há muito tempo.

Encontro em Rolim
Marcado para sábado passado, o Encontro Estadual do PSB será realizado hoje em Rolim de Moura. Os cardeais Mauro Nazif, Inês Zanol, Carlinhos Camurça e os deputados estaduais Jesualdo Pires e Wilber da Astir deverão se fazer presentes. A legenda estuda candidaturas próprias nos municípios da Zona da Mata. 

Com qualidade
Como melhorou a qualidade dos serviços prestados pela agência NDA neste ano. A obra “Das Trevas Para a Luz, o Renascer da Estada de Ferro-Madeira Mamoré” é primorosa. Bom texto, repertório de fotos do grande Danna Merril e uma apresentação gráfica criativa. A campanha visando a fomentação da peca esportiva, com reflexos no turismo regional, também é de primeira.

A lista de Textoni
Sem os nomes, mas constando os cargos e os valores, o vice-presidente da Assembléia Legislativa Alex Textoni cumpriu sua palavra – parcialmente - de que não acobertaria o listão daqueles que receberam, segundo ele, indevidamente, a soma de R$ 8 milhões da Assembléia Legislativa no mês de janeiro. Nos bastidores já circula a nominata dos envolvidos. Um deles recebeu cerca de R$ 800 mil

Confraria ameaçada
Com a disposição de Textoni de levar as coisas a ferros, existe uma grave ameaça a confraria estabelecida entre governistas, a atual mesa diretora e a antiga, cujos laços  podem estourar a qualquer momento. O jogo esta quase as claras. Textoni esta ateando fogo no Parlamento para provar que é diferente da maioria dos seus pares.

Processo de autofagia
Interesses políticos contrariados, fogueira de vaidades, disputa de espaço político, são alguns ingredientes de um processo de autofágica que corrói o Poder Legislativo estadual neste momento.  Já existe um clima de desconfiança entre os governistas, atuais deputados e os ex-deputados que participam do poder dominante. Quem está traindo quem? Quem esta fomentando esse jogo? A quem interessa implodir toda confraria? 

Do Cotidiano

O nosso primeiro alcaide

Ao curso de sua história – já são quase 100 anos – Porto Velho elegeu poucos prefeitos. O primeiro, na época denominado superintendente, foi em 1916, com a eleição do médico Joaquim Augusto Tanajura, que tomou posse no ano seguinte.

Nosso primeiro alcaide já tinha sido superintende nomeado no município de Santo Antônio do Rio Madeira, idos da província do Mato Grosso. Ocupou o cargo duas vezes e teve como mérito estender a linha da rede elétrica da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré para grande parte da cidade época que este benefício era raro nos municípios brasileiros.

Constata-se também que é de sua lavra a primeira rede de água encanada e já pensava em arborização, mesmo com a cidade de Porto Velho encravada no meio da selva e cercado de matas por todos os lados. O sacerdote Raimundo de Oliveira seria o segundo superintendente eleito pelo voto popular, depois de um curto mandato de Álvaro Dantas Paraguassu, nomeado. Era o presidente do Conselho Municipal, uma espécie de Câmara de Vereadores na época.

Foram décadas de superintendentes e prefeitos nomeados, passando-se o Território Federal do Guaporé ao surgimento do Território Federal de Rondônia, até a criação do Estado de Rondônia em 82. A primeira eleição de prefeito de Porto Velho viria a ocorrer em 1985, quando o ex-deputado federal Jerônimo Santana foi consagrado nas urnas como o primeiro prefeito a ser eleito na capital rondoniense pelo voto direto.
Depois de Jerônimo Santana, também ex-deputado federal, Francisco José Chiquilito Coimbra Erse em 88 chegaria ao Palácio Tancredo Neves, sede do governo municipal pelo voto direto. Por coincidência o terceiro prefeito eleito pelo voto direto também seria um ex-deputado federal: José Vieira Guedes. Chiquilito voltaria a prefeitura com a vitória no pleito de 96 e em 2000, Carlinhos Camurça – também um ex-deputado federal – depois de um mandato tampão no lugar de Chiquilito chegaria a prefeitura pelo voto direto.

De todos os prefeitos na era estado, Roberto Sobrinho eleito em 2004, foi o único a não ocupar cargos eletivos anteriormente. Para 2008 já tem dois deputados federais na briga: Mauro Nazif e Lindomar Garçom. Será que vem mais um deputado federal na Prefeitura?  Talvez um novato, ou o petista Sobrinho conseguirá se manter no poleiro?

Via Direta

*** Conforme amostra do IBGE a taxa de analfabetismo caiu na Região Norte *** Também esta na região Norte o maior percentual de pessoas acima de 18 anos matriculadas nas escolas *** O Parque Municipal de Porto Velho está precisando de mais apoio da Fundação de Meio Ambiente *** O problema de saúde pública foi o mais debatido na Conferencia das Cidades *** E continua aquele jogo de empurra-empurra e ninguém sabe quem se responsabiliza pela coisa.
Fonte: csperanca@enter-net.com.br