Quarta-feira, 23 de setembro de 2009 - 05h41
Ainda, a ponte
A novela sobre a construção da ponte do Rio Madeira parece não ter fim. Depois que o DNITT definiu a localização e concluiu o projeto, surgiu um movimento contrário ao local escolhido ( na travessia da Balsa) e ganha força na classe política, com respaldo de deputados estaduais e federais. Na Assembléia Legislativa o assunto virou motivo de audiência pública, por iniciativa do professor Dantas (PT-Bacia Leiteira) no próximo dia 5 de outubro.
As conseqüências
A troca de local da construção da ponte, caso ocorra, vai demandar em novas consultas ambientais e na elaboração de um novo projeto. Trocado em miúdos: a coisa pode atrasar mais um ano ou até dois pelos entraves burocráticos. Para a zona urbana de Porto Velho, já prejudicada pelo trânsito pesado de caminhões, as alterações seriam benéficas. Para os amazonenses, que tem pressa na coisa, mais uma eternidade...
Mapa da violência
A violência se alastra por Rondônia, se alastra pelo país. Por isso a Câmara dos Deputados começa a discutir o mapa da violência nos municípios brasileiros no Congresso Nacional. Os parlamentares vão ouvir hoje em Brasília o autor de um estudo sobre a criminalidade, o escritor Julio Jacob Waiselfsz, diretor de pesquisas do Instituto Sangari.
Fracasso do sistema
O último estudo sobre a violência urbana demonstra o fracasso do atual sistema de segurança pública no país. Divulgado a cada dois anos, o mapa mais recente da situação é de 2008 e traz indicadores da violência no País até 2006. A coleta de dados é feita em todos os estados, nas 27 capitais e 10 regiões metropolitanas tradicionais.
Bicadas no ninho
Mesmo se reforçando para as eleições do ano que vem a passarada tucana continua trocando bicadas no ninho. O deputado estadual Maurinho Rodrigues quer mais espaço no comando regional e se articula para tomar o Diretório Municipal de Porto Velho nas eleições de outubro próximo. Enquanto isso continuará fustigando os dirigentes partidários.
Espaço aéreo
A Agência Estado informa que até março de 2010, aviões sem tripulação – em testes desde julho no espaço aéreo do Paraná – devem ser adquiridos como novos vigias das fronteiras na Amazônia. O anuncio da extensão do Projeto Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) nas fronteiras amazônicas foi feito pelo ministro da Justiça Tarso Genro.
Longos vôos
Produzidos em Israel, os aviões não tripulados comprados pelo governo brasileiro podem fazer longos vôos de até 37 horas, cobrindo mais de mil quilômetros. Durante o vôo o aparelho pode fotografar ou filmar pessoas ou objetivos no solo, de uma altura que pode chegar a 30 mil pés (10 quilômetros). Cada avião – foram adquiridos quatro – custará ao País cerca de R$ 8 milhões.
Para valer
Agora deve ser para valer. Depois de três anúncios mal sucedidos de ingresso no PSDB, seria muito desmoralizante, que mais uma vez o senador cassado Expedito Júnior, fosse barrado no baile. Confirmando-se a filiação e a candidatura de Júnior ao governo, ficará configurado também que o governador Ivo Cassol vai para as eleições de 2010 com dois candidatos.
As conseqüências
O lançamento de Expedito Júnior pode rachar a base aliada e prejudicar sensivelmente a candidatura do vice-governador João Cahula. É bem provável que mais adiante um deles acabe desistindo para apoiar o que nome que estiver em melhores condições de vencer a oposição, que aguarda com ansiedade a escalação do time governista para se posicionar.
Do Cotidiano
Próspera indústria
A indústria do medo é uma das mais prósperas do Brasil. Um estudo feito pelo economista Ib Teixeira apontou que os cariocas gastam o equivalente a 5% do PIB do Rio com a violência. Além das contas habituais, os 6,1 milhões de moradores da cidade têm de incluir, em média, R$ 500 nos gastos mensais com segurança. Na conta entram o preço dos sistemas cada vez mais sofisticados e caros dos condomínios e casas, vigilantes, seguranças particulares e prestações de seguro dos carros.
Mas nem isso tem resolvido. Os casos de arrastão a condomínios na cidade de São Paulo, por exemplo, crescem e sugerem às vítimas que o Pais ainda está longe de ter políticas resolutivas, capazes de garantir paz e tranquilidade. Segundo pesquisa divulgada recentemente, dos 32 roubos a condomínios registrados no Estado de São Paulo, do inicio do ano de até o começo de agosto, cerca de 82% aconteceram entre as 18h e 6h, quando a maioria dos moradores já está em casa. Mais apavorante que um arrombamento cometido na ausência dos moradores – que traduz o temor dos bandidos de ser apanhados – é o ataque frontal à família em seu lar, que demonstra um fato inquestionável: os ofensores não têm mais medo de “ir á luta”.
Sempre se supõe que condomínios de prédios oferecessem maior segurança que casas, mas a “ilha de segurança” vem se mostrando crescentemente mais vulnerável. O crescimento nos arrastões a condomínio, principalmente de prédios (78%), está relacionado ao aumento na criminalidade no País, como apontam diversas estatísticas.
“Condomínios bem equipados não são alvos de quadrilhas, pois os assaltantes preferem locais que não apresentem muita dificuldade de acesso e ação”, argumenta Walter Uvo, da empresa de segurança FocusMind. Certamente interessado em vender mais serviços de segurança privada, ele insiste que uma proteção de qualidade mantém os atacantes à distância.
Atualmente, há pacotes de segurança patrimonial e pessoal para todos os bolsos. Quanto mais o bolso se abrir generosamente, mais recursos o pagante vai dispor para transitar pela vida com menos sobressaltos que os reles mortais, entregues à ineficiente e desestruturada segurança pública.
O investimento em segurança não é em vão, mas para ter uma boa segurança é preciso dispor de gravadores digitais, também conhecidos como DVR (Digital Video Recorder), stand-alone profissionais, câmeras de alta definição, mini câmeras, micro câmeras, placas de alarme, sensores de presença e botões de pânico.
Via Direta
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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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