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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 23/10/09




Pavão X Raposão

Depois que o raposão Odacir Soares pré-candidato ao Senado do PSL vetou entrevista do pavão Nilton Capixaba (que deve disputar uma cadeira à Câmara Federal pelo PTB) na Rádio Rondônia de Cacoal, o clima entre os dois ficou ainda mais tenso nos corredores do Palácio Presidente Vargas. Ivo precisa botar ordem no serpentário. 

Motivações raposônicas

O conflito entre Nilton Capixaba e Odacir vem desde os tempos do PTB quando o raposão perdeu o controle da agremiação trabalhista e foi chutado pelo pavão, sendo obrigado se refugiar em outras legendas. Aí se transformou num político errante, até no PMDB – antes de pular cirandinha com Cassol – buscou guarida. Agora, na Casa Civil, esta por cima e espreme Capixaba (é seu subordinado) como um limão. 



Violência urbana


O ministro da Justiça Tarso Genro será ouvido pela CPI a Violência Urbana, em Brasília, na próxima quarta-feira, por iniciativa do deputado Paulo Pimenta. A CPI quer trabalhar em conjunto com a Policia Federal em ações no combate ao narcotráfico e ao tráfico de armas pesadas. Por coincidência, Rondônia, esta no olho do furacão nestas duas modalidades de crime. 

Confúcio, o peregrino

O prefeito de Ariquemes Confúcio Moura peregrinou pelos órgãos de imprensa da capital no meio de semana concedendo entrevistas. Acompanhei algumas delas e constatei que na entrevista concedida ao radialista Arimar Sá, na rádio Cultura, acabou derrapando nas respostas sobre a fidelidade dos Donadons (Vilhena) e dos Muletas (Jaru) 



Velhinha de Taubaté


Confúcio parecia até a velhinha de Taubaté, quando reiterava a Arimar Sá sua confiança no apoio dos Donadons e dos Muletas. Ora, caso Moura ainda não saiba, Melki foi lançado candidato ao governo pelo PHS e terá o apoio dos irmãos deputados infiltrados no PMDB. Sobre os Muletas, tenho a informar a Moura, que eles estão com um pé no PMDB e outro na base aliada. 



Cristo e Judas


Repercute aquela frase do presidente Lula que no “Brasil até Cristo teria que se aliar a Judas”. Aqui em Rondônia, nem experiências deste tipo teriam sucesso: Raupp aceitou os Donadons de volta ao PMDB depois da trairagem de 98 quando Melki e cia se aliaram a Bianco, e olha só o que aconteceu: mais punhaladas... 



Construção naval

A Comissão da Amazônia trabalha no sentido de criar linhas de crédito para a indústria naval da região Norte. A medida visa modernizar a frota e reduzir o elevado índice de naufrágios nos rios da Amazônia, conforme relata a deputada federal Janete Capiberibe (PSB-AM). Capiberibe quer facilitar financiamentos para pequenos e médios armadores. 



Coleta seletiva


Apenas 57 por cento os municípios brasileiros contam com a seleta coletiva de lixo, conforme levantamento recente do Ministério das Cidades. Em Rondônia, nenhuma cidade conseguiu implantar o sistema e a própria capital sofre sérios problemas de coletas e ainda padece com o atual lixão já entupido e superado. 



Espada na garganta

Com ou sem apoio do governador Ivo Cassol, a candidatura do senador Expedito Junior, já é algo irreversível. Por jogo de estratégia procura evitar atritos com os demais postulantes da base aliada etc. Ivo é o aliado preferencial, mas se rejeitar acordo, as conversações com os Biancos (Jipa). os Donadons (Vilhena) e os Muletas ( Jaru) já estão bem adiantadas. 

Do Cotidiano

Missão na Amazônia

Roquete Pinto, foi o inventor de Rondônia. Considerado o “pai do rádio brasileiro”, ele foi responsável pelo nome do Estado.
Alimentando o profundo desejo de conhecer o Brasil real, Edgar Roquette-Pinto chegou a arriscar a vida, acompanhando Cândido Mariano da Silva Rondon (1865–1958) em sua missão à Amazônia. Essa inesquecível experiência iria imortalizar esse médico e escritor, também imortalizado por seu papel na radiodifusão nacional, de duas formas: através do livro “Rondônia” e por ter sido o idealizador do nome do atual Estado de Rondônia, que estava planejado para se chamar Guaporé.
Estudou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, colando grau em 1905. Logo depois de formado iniciou uma série de estudos sobre os sambaquis das costas do Rio Grande do Sul, assumindo as funções de professor assistente de Antropologia no Museu Nacional (1906).
No mesmo ano em que publicou os resultados de seu trabalho no Sul, em “Excursão à região das Lagoas do Rio Grande do Sul” (1912), Roquette-Pinto passou a acompanhar o sertanista Cândido Rondon em excursões ao Mato Grosso, com o objetivo e o prazer de desvendar a cultura interiorana brasileira.
Chega o rádio – Integrando-se à Missão Rondon, passou várias semanas em contato com os índios Nhambiquaras, que até então não tinham contato com a civilização. Na volta, trouxe vasto material etnográfico e, como resultado dessa viagem, publicou em 1917 o livro Rondônia - Antropologia etnográfica, um clássico da antropologia brasileira.
Para testar o novo meio de comunicação, os estadunidenses instalaram uma antena no pico do morro do Corcovado (onde atualmente é o Cristo Redentor). A primeira transmissão radiofônica no Brasil foi um discurso do presidente Epitácio Pessoa, que foi captado em Niterói, Petrópolis, na serra fluminense e em São Paulo, onde foram instalados aparelhos receptores.
Depois da primeira transmissão na capital federal (no Brasil já havia ocorrido uma transmissão no Nordeste), Roquette-Pinto tentou sem sucesso convencer o Governo Federal a comprar os equipamentos apresentados na Feira Internacional.
Roquete-Pinto morreu no Rio de Janeiro, em 18 de outubro de 1954, consagrado como “Pai do Rádio Brasileiro”. “O rádio”, disse ele, “é o jornal de quem não sabe ler, é o mestre de quem não pode ir à escola, é o divertimento gratuito do pobre”.
O livro Rondônia - Antropologia etnográfica reflete a prática social e científica do autor, documentada sob a forma de um diário de campo que congregou registros em diversos suportes, essenciais para a realização do projeto. 



Via Direta

*** A base governista tenta chegar a um acordo para não implodir antes de junho do ano que vem, quando das convenções gerais *** O ex-deputado Agnaldo Muniz (PSC) se defendeu das acusações do MPF sobre o caso das ambulâncias e confirma a disposição de pleitear um vaga ao Senado *** O PMDB elege seu novo Diretório Municipal em Cacoal neste final de semana. 


Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br 
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