Terça-feira, 24 de julho de 2007 - 08h02
Tudo perfeito no ato de novas filiações do PC do B, as novas adesões, o crescimento projetado do partido, um bom nome como pré-candidato a prefeito, que é David Chiquilito etc. Mas uma coisa não se encaixou no jogo de cena dos vermelhinhos: a legenda continua sob as asas da administração petista de Roberto Sobrinho. Não houve rompimento entre as partes.
Contem outra...
Como acreditar que o PC do B vem com uma candidatura prá valer, se os comunistas continuam pendurados no IPAM e outros órgãos da municipalidade? Que contem outra: no mundo da política isso não existe. Se a coisa fosse para valer Sobrinho já tinha botado todos estes comunistas para correr dos cargos comissionados...
A credibilidade
Talvez, por falta de experiência (que bando de cabaços...), os comunistas não tocaram o enredo direitinho. Vou explicar: para que haja credibilidade no lançamento de uma candidatura própria a prefeito de uma sigla aliada, a coisa tem que ter rompimento. Tem que sair chutando o pau da barraca e lascando o pau no prefeito com nota oficial. E para que o jogo de cena funcione, o prefeito tem que colaborar e, se queixar da ingratidão do PC do B etecetera e tal.
Indicação de vice
Por conseguinte, o que vejo é apenas o PC do B se reforçando para melhorar seu cacife ( que já é muito bom) para indicar o candidato a vice-prefeito de Roberto Sobrinho. Entre os vermelhinhos quem fez o melhor jogo de cena foi Pantera ao falar que "não prometemos aliança eterna com o Sobrinho". Nota 10 em dissimulação. Mas não colou, viu? Se fosse verdade não sobraria um comunista prá remédio na administração petista...
Reino dos sanguessugas
Poucos meses depois de ter se envolvido num dos maiores escândalos políticos do país a máfia dos sanguessugas o ex-deputado federal Nilton Capixaba, presidente regional do PTB de Rondônia, está de volta e participando de solenidades oficiais. Já foi prestigiado em inaugurações em Rolim de Moura, Cacoal e Ji-Paraná. Eis um sanguessuga de prestígio!
PRB e 60 mil filiados
O PRB começa suas atividades em Rondônia um com uma verdadeira bravata: o presidente regional Roni Peterson afirma que vai filiar até o final do ano 60 mil almas rondonienses ao partido liderado nacionalmente pela Igreja Universal e pelo vice-presidente da República José de Alencar. Coisa de louco, parece o PP nos idos de Natanael que afirmava de pés juntos que contava com 50 mil filiados no Estado. Nem PT, PMDB, nem o PPS de Cassol tem tudo isso. E olha quer tentaram.
Com Roni Peterson a frente, me parece que o PRB desponta como mais uma legenda de orientação cassolista. O governador Ivo Cassol acampou em quase todas pequenas e médias legendas, não deixando nada para a oposição. Por isso tem prefeito, vereador e deputado filiados ao PTN, PSDC e tantas outras.
A imprensa paranaense deu destaque domingo a prisão do seqüestrador rondoniense Edmundo Cavaquiol Ferreira. Ele seqüestrou um menino de cinco anos, filho de um empresário em Mirante da Serra e estava escondido em Curitiba desde 2002. A operação contou com o apoio da Polinter de Rondônia, sendo chefiada pela delegada Vanessa Alice. O bandido já está no cadeião de Piraquara.
A cada ano a Romaria da terra ganha mais importância no estrado em defesa dos sem-terra e oprimidos. Na 8ª edição, o evento, realizado em Ji-Paraná, juntou a Pastoral da Terra da Igreja Católica e a Pastoral Luterana de Rondônia. O bispo Dom Pedro Brunon, em seu pronunciamento, defendeu mais cuidados com o meio ambiente tão agredido nas últimas décadas.
O que era apenas uma desconfiança até pouco tempo vai se configurando aos poucos com as constantes prisões de traficantes transportando cocaína da Bolívia pelo território rondoniense. Viramos quintal dos cartéis do pó.
Em 2006 já foi quase uma tonelada de pó apreendida pela Polícia Federal e com isso já se conclui que os cartéis do narcotráfico voltaram a centrar esforços em Rondônia depois de algum tempo agindo nas fronteiras do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Apupados pelas grandes operações anti-drogas em outros estados e aproveitando quase 1000 quilometros de fronteira desguarnecida, os barões do pó voltaram para Rondônia onde pintaram e bordaram até os anos 90.
Urge melhorar a fiscalização no aeroporto internacional Jorge Teixeira, na própria pista do aeroclube (no passado o pó rolava adoidado por ali) e nas barreiras rodoviárias. Existem vários corredores identificados, seja em Guajará Mirim, na região de Costa Marques, ou de Pimenteiras. Todos eles conduzem a BR-364 que liga Rondônia aos grandes centros consumidores.
Infelizmente Rondônia não está aparelhada e muito menos tem material humano suficiente para conter esta escalada dos cartéis de Calli e Medelim na região. Não temos sequer embarcações para fiscalizar o ingresso dos traficantes pelos rios Mamoré e Guaporé. É preciso que todos se mobilizem para gritar por socorro, pedir reforços e forçar uma tomada de posição das autoridades.
Num estado onde a criminalidade já é enorme, preocupa esta corrida de traficantes para Rondônia. Neste lastro vem outras modalidades de crime, como se sabe. Onde narcotráfico é presente, o crime organizado se reforça e corrompe até políticos e autoridades. Em Rondônia isso não é nenhuma surpresa, já que já tivemos até deputado federal preso pelo tráfico de cocaína nos anos 80 e um outro parlamentar cassado pelo envolvimento no tráfico de entorpecentes nos anos 90.
Que o sr. Ministro da Justiça, Tomás Bastos não se faça de surdo as necessidades rondonienses. É preciso agir com mais seriedade neste embate com o crime organizado. A União tem uma grande dívida a resgatar com nosso estado. A construção da penitenciária federal é apenas um tímido início. Melhor seriam lanchas equipadas, armamento pesado e a contratação de pelo menos uma centena de agentes federais para agir nas regiões fronteiriças.
Via Direta
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