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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 25/04/09




multiplicação

O ex-deputado federal Agnaldo Muniz, presidente regional do PP tem anunciado no horário gratuito, recursos de emendas parlamentares de até R$ 40 milhões beneficiando Rondônia. É o milagre da multiplicação de emendas para um sem-mandato, já que nem deputado federal com mandato – a cota de cada um é de R$ 10 milhões para emendas individuais – conseguiu proeza desta natureza na atual legislatura.



Cadê os beneficiados?

Para que Agnaldo não passe como milagreiro, poderia enviar a imprensa um relatório sobre a quantia anunciada com as respectivas emendas e beneficiados, calando a boca dos bocudos acostumados a cobrar coerência da classe política. Todo mundo quer saber que jeitinho que é esse de liberar tantas emendas ao orçamento da União, sem ser deputado...



A força do PMDB

O PMDB realiza encontro estadual hoje em Porto Velho, dando uma verdadeira demonstração de força partidária. Trata-se da maior legenda em filiações e em representatividade: um senador, dois deputados federais, quatro estaduais e saiu das eleições de 2008 emplacando prefeitos e vices nos principais colégios eleitorais do estado.



Alianças confusas

Entre os temas a serem debatidos hoje na capital, está incluído das eleições 2010. O PMDB não elege governador desde 94, quando emplacou o atual senador Valdir Raupp de Matos. De lá para cá se esvaiu em alianças confusas e foi submetido a um vexame com a candidatura do então senador Amir Lando no pleito de 2006



Candidatura própria?

Com bons nomes para disputar as eleições de 2010 – o próprio Raupp, sua esposa Marinha, o prefeito de Ariquemes Confúcio Moura – o PMDB vai abrir o diálogo para ver se lança candidatura própria ou segue em aliança com o PT, coalizão bem sucedida nas eleições municipais ensejando vitórias significativas como em Porto Velho, Cacoal, Ariquemes etc.



Disputa desleal

Vai ser difícil manter a unidade da base de sustentação do governador Ivo Cassol com três possíveis candidatos ao governo do estado. O vice-governador João Cahula joga limpo, com os concorrentes e é incapaz de caluniar até um desafeto, conforme comprovei nos contatos feitos no interior. No entanto o senador Expedito Júnior, age como um escorpião com os outros pretendentes da sua própria aliança.



Correndo o estado

Os três pré-candidatos da base aliada, João Cahula, em busca de um partido, Expedito Junior (PR) e Neodi Carlos (PSDC) já correm o estado visando fortalecer seus nomes. Quem estiver melhor nas pesquisas leva. Expedito garante que saltou na frente, mas quem tem o nome mais ligado à Cassol hoje é Cahula. Além disso, tem Neodi que está botando seu bloco na rua.



Partidos em ação

O PMDB em Porto Velho, o PDT em Ji-Paraná, o PSDC na região do Vale do Jamari, desenvolvem hoje encontros políticos. Os partidos começam a esquentar as turbinas tendo em vista as eleições de 2010, discutindo alianças, acordos e formação de blocos. Três correntes estão definidas atraindo siglas menores: A primeira é a aliança PT-PMDB, a segunda formada por partidos da base aliada do governo, a última corrente em formação é e o chamado “blocão”.



Do Cotidiano

Lixo, um grande desafio 

Uma coluna sem papas na língua 25/04/09 - Gente de OpiniãoÉ fato fora de dúvida que a civilização produz cada vez mais lixo. A urbanização cresceu matematicamente e a produção de lixo geometricamente, pois os resíduos derivam para poluição, danos à saúde e redução geral da qualidade de vida. Zerar os depósitos de lixo e principalmente os resíduos tóxicos, nesse caso, seria uma espécie de visão do Paraíso – uma utopia da “Era de Aquário”, que está começando agora. 

Mas o sonho não acabou. A cidade paranaense de Maringá decidiu ser a pioneira na busca por essa utopia. Será a primeira no Brasil a utilizar uma tecnologia que promete eliminar os resíduos sólidos urbanos. Com a proposta de “lixo zero”, o Consórcio Biopuster utiliza um processo biológico que trata os dejetos por meio da injeção de ar comprimido rico em oxigênio nos depósitos de resíduos, estimulando a ação das bactérias responsáveis pela decomposição. Como resultado, encontra-se uma melhor destinação final para os resíduos e reduzem-se os custos de operação. 

O advogado Rodrigo Franco, da empresa Carbon Market, que presta consultoria na área, explica que o processo já é utilizado com sucesso na Europa e que sua maior vantagem é permitir o desmonte completo do aterro, uma vez que aproveita todos os tipos de resíduos. 

Chegando ao aterro, o lixo é selecionado: resíduos domiciliares e industriais, além de madeiras usadas ou de demolição, troncos, raízes e galhos podem ser processados por um triturador de reduzida poluição sonora e baixo desgaste do mecanismo de trituração. Os materiais recicláveis, como plásticos, vidros, alumínios e papéis também são separados. Produtos mais volumosos como colchões e carpetes são tratados separadamente e transformados em resíduos de pequenas dimensões. O triturador permite a transformação dos detritos em partes orgânicas para futuro tratamento. 

Franco ressalta que a tecnologia da Biopuster tem a vantagem de não produzir biogás como produto final. “Depois do tratamento com ar comprimido, ocorre a sucção dessa transformação da atmosfera anaeróbica em aeróbica e a biofiltragem de todos os efluentes gasosos com a mudança da matéria orgânica para biofertilizantes (compostagem) e separação de recicláveis”. E, como esse tratamento é realizado diariamente, o processo gera um mínimo de resíduos finais. Ainda assim, o material restante não possui bactérias e não causa danos para o meio ambiente, já que o processo passa por uma descontaminação do lixo. 

A intenção é conseguir uma destinação até mesmo para esses rejeitos que são aterrados. A viabilidade de utilização desse resíduo final no co-processamento da indústria de cimento ou na alimentação de altos fornos no setor, no setor de metalurgia, por exemplo, está sendo avaliada.




Via Direta

*** Lideranças do blocão tem se reunido para tratar de assuntos comuns e da formalização do pacto da oposição *** Em 2009 espera-se que obras como a nova rodoviária e o terminal fluvial de passageiros finalmente saiam do papel *** As obras tem sido prejudicadas por causa de falta de interessados, já que os preços estipulados nas licitações estavam abaixo do que é praticado no mercado regional. 

Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com.br  / www.opiniaotv.com.br 
csperanca@enter-net.com.br

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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