Quinta-feira, 25 de setembro de 2008 - 09h46
Campanha incendiou
O debate promovido pelo SGC na noite de terça-feira, serviu para incendiar a campanha 2008 em Porto Velho. Mediado pelo eficiente Domingues Júnior, o confronto se estendeu por três horas e teve lances inflamados entre os candidatos oposicionistas com o prefeito petista Roberto Sobrinho.
Tocaia da oposição
Caro internauta, o debate foi uma verdadeira tocaia da oposição para o alcaide petista. Não foi a toa que ao final Sobrinho se queixaria da disparidade de forças, que foi "cinco contra um". Cinco contra um? Sim, pois o candidato David Chiquilito, do PC do B, em momento algum questionou as ações municipais, optando por falar de suas propostas.
Pau no Sobrinho
O início foi morno e burocrático, mas aos poucos os oposicionistas foram se soltando e o pau cantou. Até o tucano Hamilton Casara, com péssimo desempenho nas pesquisas teve uma boa atuação, sempre buscando encurralar o adversário petista que se defendia bem, no campo de defesa. E as armações se sucediam: Casara botava a bola para Siqueira chutar, Nazif para Garçon, etc.
Reverter o quadro
O debate era uma grande oportunidade, devido a grande audiência da rede TV no horário, para a oposição tentar reverter um quadro desfavorável. As pesquisas de boa procedência indicavam até o confronto, que Roberto Sobrinho ganharia em primeiro turno e, até com uma boa folga, o que é uma baita humilhação para os oposicionistas.
Dedo dos marqueteiros
O debate teve o dedo dos marqueteiros da oposição que se esfolaram em buscar alguma coisa que colasse nas costas do prefeito Roberto Sobrinho. Até agora nada tinha colado e no debate de terça-feira, eles (os marqueteiros) proporcionaram novidades, buscando causar avarias na campanha do petista visando equilibrar a peleja.
Em tom de escândalo
Em tom de escândalo, o candidato Alexandre Brito (PTC), triunfalmente, divulgou um documento dando conta da liberação de diárias no valor de 20 mil dólares para a esposa do prefeito Roberto Sobrinho viajar a Itália "em férias", tentando com isso jogar o atual administrador contra os servidores municipais. Foi uma carta forte de intriga.
Em tom de indignação
O prefeito respondeu as acusações oposicionistas indignado, em tom de vitima de armação, explicando que a viagem era séria e sua esposa Lucilene Peixoto tinha ido à Itália visando angariar recursos para a implantação de uma casa para atender as mulheres dependentes químicas. O caso pode se transformar num vírus maligno na campanha situacionista, já que a coisa foi montada para render neste final de campanha.
Precisa de antivírus
Sobrinho vai precisar de antivírus para a armação oposicionista. Se colar a história que sua mulher recebeu o dinheiro para veranear na Europa, conforme a versão adversária, a coisa vai render um bocado nos próximos dias. Nesta altura da campanha todo o cuidado é pouco e o inimigo esta aí, a espreita, para tumultuar a vida do favorito.
O desempenho
Como numa boa tocaia, os candidatos da oposição desembarcaram na rede TV com papéis definidos e previamente tratados – exceto David Chiquilito que agiu como coleguinha de Sobrinho. Adilson Siqueira, com malária, rendeu menos do que se esperava, mas isso foi compensado pela língua afiada de Hamilton Casara e Alexandre Brito.
No plano tático
Com desempenho bem equilibrado e fazendo valer de sua experiência, Mauro Nazif (PSB), que despencou nas pesquisas, pode até recuperar terreno, já que deixou a melhor impressão. Taticamente Casara foi bem: pau no prefeito, mas pau também na administração estadual quando tratou do tema segurança pública. Brito foi teatral e lhe coube o papel de verdugo do prefeito, tentando irritar o alcaide todo o tempo.
Grande beneficiado
Discreto, o deputado federal Lindomar Garçon (PV) não foi brilhante, mas já melhorou em relação a confrontos anteriores. Caso haja segundo turno, ele será o grande beneficiado das armações (e nem, tem dedo do Ivo...) de terça-feira. Ele esta em segundo lugar nas pesquisas e já recebe o voto útil, nesta reta final.
Do Cotidiano
As responsabilidades
Ao meio da disputa eleitoral nos quase 6 mil municípios brasileiros uma grande preocupação assola aqueles que vão assumir as prefeituras em janeiro. O orçamento é curto e ao longo das últimas décadas os municípios têm sofrido na pele a transferência de responsabilidades, em setores de demandas que exigem quantias vultosas de recursos, como saúde e educação.
Através de mobilização maciça, a Confederação Nacional de Municípios-CNM tem cobrado um Pacto Federativo mais justo na distribuição de recursos. Foram apresentados pelos alcaides neste sentido pelo menos 215 propostas. Todas têm objetivo de fortalecer o tratado, considerado fundamental para as discussões em torno da reforma tributária e a reforma do próprio setor público avancem.
O presidente da CNM Paulo Ziukoski acredita que os avanços na distribuição de recursos vão melhorar a situação de indigência dos municípios brasileiros tratados pela União a pão e água. Entende que a proposta de reforma tributária parte do diagnostico correto sobre as distorções que o atual sistema causa na economia brasileira, a começar pela guerra fiscal entre os estados com prejuízos aos municípios, pela apropriação diferenciada do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na origem (estado produtor) e no consumo, dependendo da região.
Na verdade, ocorre hoje que a diversidade de tributos na esfera federal (casos do PIS, Cofins, CIDE, IPI e salário educação) burocratiza a vida das empresas, gera comutatividade para o contribuinte e deteriora as base do cálculo do Fundo de Participação dos Municípios –FPM e das transferências para os estados e municípios. É no aumento da distribuição do FPM ao municipalismo que se concentra a reivindicação maior da Confederação Nacional dos Municípios.
O sentimento dos prefeitos rondonienses não é diferente do que ocorre nas outras cidades em outros estados. Todos acreditam que a proposta do Pacto Federativo mostra pontos positivos.
Via Direta
*** Com o chamado recesso branco os deputados estaduais acorrem as suas bases apoiando seus ungidos nas eleições municipais *** Apoiando os candidatos do PSDC, o presidente da ALE-RO Neodi Carlos percorre o interior *** Mesmo com a recente decisão da justiça em paralisar as obras da BR-319, em alguns trechos os trabalhos de pavimentação continuam.
Fonte: Carlos Sperança/Gentedeopinião
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