Uma coluna sem papas na língua 26/09

Quebrando a cabeça
O PT de Porto Velho começa a quebrar a cabeça para a escolha de um candidato a vice exeqüível para o prefeito Roberto Sobrinho que já trabalha no seu projeto de reeleição.  O nome será escolhido através de pesquisa interna do partido e visa evitar as misturas políticas que já causaram tantos prejuízos a chapas consideradas vitoriosas na capital rondoniense.

Última palavra
Na oposição à Sobrinho, os partidos da base aliada do governador Ivo Cassol tentam se entender sobre um nome para a peleja na capital. Mais a frente, os deputados Lindomar Garçon (PV) e Alexandre Brito (PTC) vão precisar conversar e se entender para que a base cassolista seja bem sucedida nas paradas. Evidentemente, a última palavra sobre o assunto será do governador.

Mais presença
Observando as movimentações petistas e cassolistas na região de Porto Velho   percebe-se que o prefeito Sobrinho trabalha com pesquisa na mão. Não é a toa que ele tem aumentado a presença do governo municipal na Ponta do Abunã e no Baixo Madeira: Nestas regiões o governador, que apoiará Garçon ou Alexandre Brito, mantém elevados índices de popularidade.

Olho vivo
Diante das possibilidades de alguns deputados estaduais se elegerem prefeitos no ano que vem, vários suplentes já estão de olho nos desdobramentos. Daniela Amorim (PTB-Ariquemes), Luizinho Goebel (PV- Vilhena), professor Dantas (PT-Ouro Preto do Oeste), Alexandre Brito (PTN-Porto Velho). Também os suplentes se agitam com relação á Câmara Federal já que Nazif e Garçon podem entrar disputa da prefeitura da capital.

Fechando as portas
Não resistindo a onda de pirataria que tomou conta de Porto Velho, também o Cine Rio deve fechar as suas portas até dezembro. Instalado na avenida Joaquim Nabuco, região central, seus proprietários já estão colocando a venda poltronas e equipamentos. Restará o Cine Brasil, como último dos moicanos, que para sobreviver é obrigado a vender o bilhete quase a preço de custo.

Vôos mais altos
O deputado federal Lindomar Garçon (PV) nem tem como negar que trabalha para vôo mais altos na política estadual. Já correndo trecho na peleja do Palácio Tancredo Neves, sede do governo de Porto Velho, também não se descuida da campanha do seu aliado, o popular Dinho, em Candeias do Jamari, onde foi prefeito em duas oportunidades.

Alça de mira
O Diretório Nacional do PTC está entrando no Supremo Tribunal Eleitoral para reaver a vaga do deputado federal Clodovil (SP) que está pulando de galho. Existe um batalhão de casos se caracterizando como infidelidade partidária e tudo isso será resolvido com o julgamento definitivo do Supremo Tribunal Federal em meados de outubro.

Acomodação
Com o fim do prazo de filiações para  quem pretende disputar caros eletivos no ano que vem muita troca de partido ainda vai se ver até o dia 30 de setembro. Algumas já estão sacramentadas, o prefeito Dedé de Melo, de Guajará Mirim, também no ninho tucano, o vereador de Porto Velho Zequinha Araújo no PMDB, além do deputado Euclides Maciel, que recentemente ingressou no PSDB.

Alterações climáticas
O vendaval que devastou Ji-Paraná no início da semana é mais um dos tantos sinais emitidos pela natureza sobre as alterações climáticas que a Amazônia vem sofrendo nos últimos anos e já sinalizada com a grande seca de 2005, quase repetida nesta temporada. Na região amazônica, alias, não faltam sinais: rios secando, desertos aparecendo, etc.

Debates acalorados
Por conta de divergências sobre a historia regional, qualquer vírgula mal colocada tem sido objeto de debates acalorados entre nossos historiadores. Rancores e fogueiras de vaidades devem aflorar ainda mais no encontro de historiadores programado para este final de ano. Filhos já se manifestam nas refregas. Sempre que vê seu pai, Antônio Cândido, sendo criticado, a filha Luciana reage como uma onça brava, demonstrando toda sua devoção. Logo, logo, caros leitores,  netos e bisnetos de nossos escritores estarão se digladiando...

Do Cotidiano

O drama municipalista

A cada ano com um orçamento mais curto e mais responsabilidades, os municípios brasileiros brigam com as esferas estaduais e a União para maior aporte de recursos. Os magros repasses do Fundo de Participação dos Municípios –FPM na maioria dos casos não cobrem sequer os serviços essenciais, tocados a duras penas pelos prefeitos. Imaginem então, para obras de infra-estrutura e saneamento básico.
Se os repasses governamentais já são pequenos se pode calcular a situação daqueles prefeitos que assistem seus municípios definharem. As pequenas cidades rondonienses estão se esvaziando, mais de 20 delas foram penalizadas com redução nos repasses nos últimos anos e tantas outras municipalidades estão ameaçadas, já que a transferência de recursos é feita proporcionalmente ao número de habitantes de cada cidade.
O Censo 2007 aponta que vários municípios prejudicados nos próximos anos. O cobertor do orçamento municipal, por conseguinte, ficará mais curto e setores essenciais como a saúde pública, já extremamente carente em Rondônia, devem piorar.
Com  o ciclo da madeira em decadência em algumas regiões e o desemprego crescente, a migração interna rondoniense vive mais uma etapa. Municípios da região central, Zona da Mata e Cone Sul, perderam contigentes populacionais para novas frentes agrícolas e novas áreas de exploração madeireira. Todos os distritos de Porto Velho tiveram um salto impressionante nos últimos dois anos, em virtude da exploração da madeira, como também algumas localidades na região de Nova Mamoré, Buritis e Machadinho, onde foram implantados projetos de colonização.
Já foi assim com Ji-Paraná, município mãe de vários municípios na região central, depois de uma explosão demográfica nos anos 70 e 80. Posteriormente viriam a colonização de Rolim de Moura e da Zona da Mata, mais recentemente de Buritis e dos municípios no Vale do Jamari e agora a migração se volta para a extensa zona rural de Porto Velho e da região de Nova Mamoré, com a exploração da madeira, da pecuária etc.

Via Direta

*** Até o município de Buritis, o que mais cresce no estado, ficou decepcionado com o censo 2007 do IBGE *** A grita é porque se esperavam na contagem 45 mil habitantes, mas ao final só apareceram 32.500 almas *** As primeiras sondagens eleitorais apontam alguns prefeitos das capitais em vantagem na peleja da reeleição *** São os casos de Beto Richa (PSDB) em Curitiba e Roberto Sobrinho (PT) em Porto Velho 
Fonte: csperanca@enter-net.com.br