Uma coluna sem papas na língua 26/09/08

Cobrança tucana

O presidente regional do PSDB Hamilton Casara acionou judicialmente o senador Expedito Júnior com ação de cobrança visando obrigar o parlamentar cassado a devolver aos cofres do partido à quantia de R$ 17.343,50 acrescidos de juros e correção monetária. Como se sabe, Junior e sua turma usaram e abusam do PSDB e depois pularam fora.

Cofre caiu no pé

O senador cassado, antes de entregar o diretório estadual para seus sucedâneos causou um rombo nos cofres tucanos. E ele é acusado de malversação dos recursos do partido, de usar indevidamente o fundo partidário com doações e passagens aáreas para amigos e compadres. A justiça já fez uma auditoria no PDSB e condenou a sigla a devolver o dinheiro aos cofres públicos.

Hotéis lotados

A migração explode de novo em Porto Velho com o advento das hidrelétricas. Todos os hotéis estão superlotados e alguns, às pressas, sofrem ampliações para atender as demandas. Ao mesmo tempo três grandes empreendimentos hoteleiros estão em andamento, mas devido a sua magnitude deverão estar concluídos só em 2010.

Incentivos garantidos

Projeto de lei de autoria do deputado Alex Testoni (PTN-Ouro Preto do Oeste), que já subiu a sanção do governador Ivo Cassol, dispõe sobre os critérios para concessão de incentivos fiscais, tributários, logísticos as empresas envolvidas direta ou indiretamente na construção das usinas do Rio Madeira.

A mão-de-obra local

Conforme o projeto já aprovado, 70 por cento da mão de obra técnica e de serviços gerais devem ser contratada preferencialmente por cidadãos rondonienses com mais de três anos de domicílio eleitoral, comprovado e cadastrados via sistema oficial de colocação de emprego- SINE

CPI do Leite adiada

Com o recesso branco na Assembléia Legislativa, ocasionado pelas eleições municipais, os trabalhos da CPI do Leite acabaram adiados. Mesmo havendo acordo entre produtores e os laticínios os levantamentos sobre a situação serão feitos pelos parlamentares, segundo informa o deputado Jesualdo Pires (PSB-Ji-Paraná).

Novos municípios

Caso o Congresso Nacional não vote até abril a lei que regulamenta a criação de municípios, o Supremo Tribunal Federal poderá considerar nula a criação de 57 municípios no país. E a implantação dos novos será dificultada devido à exigência de infra-estrutura, população e as mínimas condições de manutenção daqueles que forem criados.

Reação petista

Como reação ao que consideraram baixarias e apelações da oposição, os petistas foram às ruas. A militância do candidato da aliança que é sustentada também pelo PMDB e PDT reforçou as paliçadas e a campanha foi intensificada, mesmo já prevendo novos ataques. Aliás, as baixarias partem sempre do mesmo lugar e a população já está até acostumada com as rasteiras de sempre.

Crescimento petista

Antevendo o crescimento petista o governador Ivo Cassol e o senador Expedito Júnior tem descido a lenha no presidente Lula e nos petistas rondonienses no interior do estado, onde apóia seus ungidos. Ocorre que a situação esta escapando do seu controle e seus candidatos estão levando uma peia da aliança PT/PMDB/PDT.

Virada na capital

O pano de fundo das baixarias contra Roberto Sobrinho é a campanha de 2010. Os palacianos consideram essencial quebrar a asa petista na capital, já que nos principais colégios eleitorais do interior os partidos da base aliada do governador está levando pau. Até em Rolim, domicílio do mandarim rondoniense a coisa está feia.

Do Cotidiano

Investimentos maciços

Mesmo com os reforços de caixa do Plano de Aceleração de Desenvolvimento –PAC, o município de Porto Velho terá grandes desafios para serem enfrentados na próxima gestão, ao final desta década. Para alcançar a qualidade de vida almejada, serão necessários investimentos maciços em obras de infra-estrutura, desde a canalização de igarapés, a construção de uma rede de esgoto, a ampliação do sistema de abastecimento de água, encaminhar soluções para os problemas de um trânsito que se releva a cada dia mais infernal. até as demandas sociais como saúde, educação, moradia e transportes coletivos.

Objeto de um novo fluxo migratório, a capital rondoniense com seus 400 mil habitantes deve ultrapassar os 500 mil nos próximos dois anos. Acompanhar esse ritmo de crescimento não será fácil, já que a cidade ainda padece de equipamentos urbanos, além da pavimentação que falta atingir dezenas de bairros.

Ao meio de grandes obras já projetadas como a nova rodoviária e a implantação do terminal de transportes fluvial no porto do Cai N´Água, os portovelhenses penam com a falta de um sistema de drenagem eficiente. Durante o inverno amazônico boa parte da cidade se transforma num monumental igapó, exigindo da municipalidade um projeto de combate às alagações.

Por falta de planejamento municipal, pelas invasões de áreas ao longo da década de 80, a capital rondoniense teve uma ocupação desordenada. Por ser uma região baixa e alagadiça, a Zona Leste, não seria indicada para o programa de expansão, já que demandaria mais recursos do erário municipal no tocante a infra-estrutura, mas foi o que acabou ocorrendo, na administração José Guedes, com a farta distribuição de terrenos – uma verdadeira reforma urbana – aos milhares para os chamados sem-teto.

Enquanto o atual Plano Diretor procura corrigir as distorções do passado, o que se busca agora é o adensamento da cidade, com grandes clareiras abertas a especulação imobiliária. Numa cidade onde o Plano Diretor e o próprio Código de Posturas têm sido desrespeitados ao longo dos anos e, onde se joga até carcaças de geladeiras nos igarapés, bem que a mudança de atitude poderia começar com uma campanha de conscientização e cidadania.

Via Direta

*** A Assembléia Legislativa estuda alterações no Plano de Cargos e Salários visando corrigir injustiças *** Uma comissão foi montada para promover os estudos *** A oposição acredita que jogando lama vai conseguir reverter o quadro desfavorável em Porto Velho *** É a velha maneira de se fazer política em Rondônia *** Mais duas pesquisas estão no forno e asseguram ampla vantagem do prefeito na peleja da reeleição na capital.

Fonte: Carlos Sperança/Gentedeopinião