Quarta-feira, 26 de novembro de 2008 - 05h47
Fusão e pioneirismo
No âmbito nacional ainda foram poucas tratativas para o processo de fusão entre tucanos e o PPS. Mas em Rondônia, ao final do encontro do PSDB em Ariquemes, no final de semana, pioneiramente no país, o tucanato de Hamilton Casara e o PPS de Moreira Mendes, começaram a tratar do assunto.
Tudo acertado
Para o deputado federal Moreira Mendes, nas instâncias superiores dos partidos a coisa já está 99 por cento acertada, sendo provável que também o DEM seja atraído para o processo de junção. De qualquer forma, com fusão ou não, a aliança PSDB/PPS/DEM vai se firmando para as eleições presidenciais de 2010.
Encontros regionais
Por sua vez, o PSDB que abriu uma série de encontros regionais em Ariquemes promete estender as discussões de fusão e incorporação nos demais encontros previstos para Ji-Paraná, Cacoal, Montenegro e Porto Velho. O presidente regional do PSDB Hamilton Casara vê com bons olhos o movimento.
Plano de Defesa
O ministro da Defesa Nelson Jobim anuncia que o Plano Nacional de Defesa será concluído ainda neste ano, o mais tardar na segunda quinzena de dezembro. Que não esqueça de enquadrar dentro deste projeto melhorias da vigilância de nossa fronteira com á Bolívia, hoje uma porta aberta ao narcotráfico, ao trafico de armas pesadas e a biopirataria.
Petistas divididos
Desde sua criação o PT é um partido dividido com relação a questão do aborto, um tema ainda polêmico no Congresso Nacional. Em instância partidária existe uma resolução de 2007, aprovando o direito da mulher, interromper a gravidez, mas a ala “igrejeira” continua manifestando sua contrariedade através de emendas.
Políticos e pó
Não é de hoje que os políticos mantêm laços estreitos com o narcotráfico. Já tivemos nos anos 90 a célebre “bancada do pó” e até cassação de parlamentar pela atividade ilegal. Volta e meia ex-prefeitos e ex-deputados são flagrados com a boca na botija. O último caso é a esposa laranja do ex-prefeito Irandir de Oliveira, em Goiás.
Consórcios regionais
Assim como Vilhena e Ji-Paraná, Ariquemes também se preocupa em criar um pólo regional visando parcerias entre os municípios da região para tocar projetos comuns em saúde, saneamento, meio-ambiente etc. O processo servirá também para a integração no projeto Territórios da Cidadania que regionaliza a distribuição de recursos.
Objetivos comuns
Para o prefeito de Ariquemes, Confúcio Moura a criação do consórcio regional, que deve envolver 14 municípios – é o maior do estado – vai ensejar a captação de recursos para obras de água, esgoto, drenagem e maiores cuidados com o lixo. Juntas, as municipalidades vão discutir projetos regionais.
Batata assando
Enquanto a batata do governador Ivo Cassol vai assando no Tribunal Superior Eleitoral –TSE, as articulações palacianas são concentradas na Assembléia Legislativa para que ele salve o couro. Uma das hipóteses salvadoras refere-se a uma eleição a governador indireta, ou seja, decidida pelos 24 deputados estaduais.
Resultado previsível
Ora, se forem realizadas eleições indiretas na Assembléia Legislativa para governador, com Ivo tendo o direito de participar, com absoluta certeza esmagará o(s) adversário(s) por exatos 23 a 1. O voto contrário seria do Dom Quixote político rondoniense, Néri Firigolo, uma andorinha fazendo verão no Parlamento estadual.
Do Cotidiano
A resposta vem do mar
As algas em geral têm sido crescentemente reconhecidas como importantes fontes de nutrição e de múltiplas aplicações terapêuticas. Agora, as algas da vastíssima costa brasileira entram em campo para abrir caminho ao tratamento e à prevenção também da doença mais ameaçadora dos últimos tempos: a síndrome da imunodeficiência adquirida (sida, ou aids).
Três substâncias – de um total de 22 testadas –, obtidas a partir dessas algas, mostraram uma promissora atividade inibitória do processo de replicação do vírus HIV em suas três fases: na transcriptase reversa, na protease e, o mais importante, na morfogênese, o que nenhum medicamento hoje existente no mercado faz. Isso quer dizer que o Brasil poderá ter, em breve, seu primeiro anti-retroviral, reforçando o grupo das 17 drogas (todas importadas) que hoje compõem o protocolo de tratamento do Ministério da Saúde.
Essa feliz novidade foi anunciada por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz, da Fundação Ataulpho de Paiva e da Universidade Federal Fluminense, para quem as algas brasileiras tendem a se constituir na alternativa para os casos de resistência aos medicamentos tradicionais. A confiança no projeto cresce na medida em que nos testes pré-clínicos – in vitro (em tubos de ensaio e com tecidos humanos) e in vivo (camundongos) – uma das substâncias, em particular, identificada a partir de uma alga encontrada no atol das Rocas, apresentou taxa de eficácia em sua ação anti-retroviral de 98%, mesmo se aplicada em baixas concentrações.
Para avaliar a importância dessa descoberta, o imunologista Luís Roberto Castello Branco, chefe do Laboratório de Imunologia Clínica do IOC, esclarece que “a grande falha dos medicamentos atuais é que eles não conseguem bloquear o escape do vírus, devido à sua capacidade de mutação”. A partir do momento em que se apresenta uma substância capaz de bloquear a fase final, inibindo também a morfogênese, sua possibilidade de replicação será mínima. “O bloqueio da morfogênese faz com que o vírus fique em uma forma completamente desorganizada em sua estrutura”, diz ele.
Por sua característica, caso a substância seja bilhão é destinado aos gastos com medicamentos anti-retrovirais. De acordo com os pesquisadores, a economia poderá ser de 5% a 10%, o equivalente a R$ 50 ou R$ 100 milhões.
Via Direta
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Fonte: Carlos Sperança/Gentedeopinião
csperanca@enter-net.com.br
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