Quarta-feira, 27 de maio de 2009 - 06h12
Jogo de estratégia
Já não tem como o governador Ivo Cassol esconder o jogo: rifou o nome do presidente da Assembléia Legislativa Neodi Carlos (PSDC) como candidato ao governo do estado no ano que vem, diz que apóia o vice João Cahula-PPS (Clique e veja entrevista de Cassol no Opinião TV), mas estimula também a postulação do senador Expedito Júnior (PR). Ou seja, trabalha agora, com dois nomes.
Boa estrutura
Com boa estrutura partidária no estado, o PR vai pavimentando o nome de Junior para disputar o governo (com ou sem aval do governador. Já percorrendo o estado, o pré-candidato também busca alianças, garantindo adesões de deputados estaduais, prefeitos, vereadores. Ao mesmo tempo usa um tom conciliador, passando a mão na cabeça dos outros nomes da base aliada Cahula e Neodi.
Apetite e faro
Com apetite de leão, Expedito pode causar estragos na campanha do vice João Cahula, o ungido oficial do Palácio Presidente Vargas. Dono de um faro incrível, para perceber a hora de deixar o barco, Expedito que soube cair fora na hora certa em administrações anteriores – Jerônimo, Piana, Bianco etc – pode dar o pulo do gato de novo, de acordo com suas conveniências.
As especulações
Acompanhei com surpresa as especulações – encaro desta forma – dando conta uma provável saída da ex-prefeita Sueli Aragão, do PMDB. Afinal ela tem um grande espaço no partido, cuja trajetória foi bem sucedida, como deputada estadual e como prefeita. No entanto, também ficaria confortável do PC do B, já que foi uma combativa vermelhinha na sua juventude.
Voto eletrônico
Preocupada com a vulnerabilidade do voto eletrônico, que a cada ano tem proporcionado eleições consideradas impossíveis no Brasil – em Rondônia temos vários casos em 2006 –a deputada federal Janete Capiberibe defende a materialização deste voto. Ela lembra que na Alemanha o voto eletrônico foi proibido e na Holanda banido.
Ferrovia Leste-Oeste
O deputado federal Natan Donadon (PMDB-RO) empunhou a bandeira da construção da Ferrovia Leste-Oeste (que Liga Ilhéus na Bahia a Vilhena em Rondônia) com extensão até Porto Velho. Segundo o parlamentar, as obras da ferrovia poderão ter inicio ainda em meados de 2010.
Buscando abrigo
O lançamento de 22 secretários estaduais na disputa das 24 cadeiras da Assembléia Legislativa já esta deixando os deputados estaduais da base aliada com a pulga atrás da orelha. Em vista deste abraço de urso do Palácio Presidente Vargas muitos já buscam abrigos junto a um novo líder. Parte busca a asa de Expedito, outros o guarda chuva de Acir, de Confúcio etc.
Uma relíquia
O mago petista Odair Cordeiro é dono de uma das relíquias mais importantes da literatura histórica: o livro Rondônia, de Roquette Pinto, que originou o nome de nosso estado, cuja primeira edição foi publicada em 1916. Ele tem a quarta edição, publicada em 1938 pela editora Nacional, que é enriquecido com mapas originais da região confeccionados no início do século passado.
O nome Rondônia
Abrindo conferências sobre a Missão Rondon em 1915, Roquette Pinto propôs esse nome (A Rondônia) para designar a zona compreendida entre os rios Juruena e Madeira, cortada pela “Estrada Rondon”. Como o assunto não tem sido muito focalizado por nossos historiadores – preferem brigar entre si como búfalos na primavera – o tema será objeto de reportagem especial da revista Momento edição de junho.
Do Cotidiano
A janela da alma
A expressão “os olhos são a janela da alma” pode ter encontrado nas impressões digitais o seu correspondente em relação ao corpo: elas, além da identidade, revelam muito mais que o fato de pertencerem a um indivíduo em especial, assegurando sua identificação. Uma nova técnica desenvolvida nos Estados Unidos, com participação brasileira, permite identificar com facilidade os componentes químicos que formam as impressões digitais. Assim, as marcas dos dedos poderão servir não só para identificar quem as deixou impressas, mas também para revelar o contato com substâncias como cocaína, explosivos ou veneno, por exemplo. A técnica permite ainda distinguir com precisão digitais sobrepostas deixadas por diferentes indivíduos – uma dificuldade freqüente para a ciência forense.
Esse novo estudo, desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Universidade de Purdue, em Indiana, nos Estados Unidos, teve como um de seus integrantes mais importantes o cientista brasileiro Demian Ifa. O grupo testou a técnica por meio da análise de impressões digitais deixadas em pedaços de vidro, metal e plástico. “A técnica consiste em borrifar água ou soluções alcoólicas eletricamente carregadas sobre a superfície onde está a impressão digital. As gotículas refletidas são então direcionadas a um equipamento de espectrometria de massa e formam um mapa dos componentes químicos que compõem a digital”, diz Ifa.
O pesquisador brasileiro faz parte do Departamento de Química e do Centro para Desenvolvimento de Instrumentação Analítica de Purdue, onde faz pós-doutorado. Ifa fez doutorado no Instituto de Biocências da Universidade de São Paulo (USP) e está há três anos em Purdue, mas pretende retornar ao Brasil na continuação de sua carreira acadêmica. Ele e seus colegas descobriram que uma carga elétrica de 5 mil volts aplicada à água gera carga positiva nas gotículas que caem sobre a superfície: “Uma vez refletidas, as gotículas evaporam e a densidade de carga aumenta ainda mais. Cada uma delas explode, gerando gotículas ainda menores, que também evaporam e explodem. Todo esse processo ajuda a liberar a molécula da substância monitorada para a fase gasosa”.
Na fase gasosa, as moléculas podem ser detectadas pelo espectrômetro de massa. “O material da superfície, previamente dissolvido nas gotículas e, agora na fase gasosa, é sugado para dentro do espectrômetro. Depois, os dados são enviados para um computador equipado com um software gráfico apropriado para a análise de impressões digitais”, explica Ifa.
Via Direta
*** Lucivaldo Souza, o rei da latinha ao meio dia na capital, está sendo sondado por vários partidos para disputar uma cadeira na ALE *** Ele já foi vereador – e dos bons –em duas legislaturas *** Emperrada, a pavimentação da BR-319, que liga Porto Velho a Manaus, terá mais três audiências para sair do papel *** O PTN esta recebendo novas adesões tendo em vista as eleições do ano que vem.
Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com.br / www.opiniaotv.com.br
csperanca@enter-net.com.br
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