Quarta-feira, 27 de junho de 2007 - 06h11
Só no Amapá...
Enquanto nossa usina hidrelétrica de Santo Antônio está cada vez mais incerta e não sabida, a imprensa do Amapá comemora a viabilização da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Jari. Querem saber a diferença? Por trás da Usina do Amapá, está o senador José Sarney. Por trás das Usinas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia...
A desmoralização
E não é a toa que a classe política rondoniense esta desmoralizada. É tanto escândalo, tanta maracutaia, tanta cassação de mandato, tanta compra de votos, tanto superfaturamento em obras de emendas parlamentares para pontes e pavimentação, tantos desvios de recursos que acabaram no ralo, que a população está pagando o pato até hoje.
Ponta do Abunã
A Ponta do Abunã voltou a emitir sinais de erupção, como um vulcão, com o fechamento da BR-364. As lideranças do Movimento Pró-Emancipação radicalizaram mais uma vez em vista da falta de compromisso das autoridades rondonienses com a emancipação de Extrema que pugna pela sua independência há pelo menos duas décadas. Infelizmente, a sonhada autonomia não depende de gestões locais e sim do Congresso Nacional
Seminários tucanos
O PSDB de Rondônia, a exemplo de outros estados, deve abrir uma série de seminários para discutir propostas regionais para levar ao III Encontro Nacional do PSDB, marcado para acontecer no mês de setembro em Brasília. Sob o comando do presidente regional Hamilton Casara, o partido vive um período difícil, enfrentando uma ala rebelada sob o comando do deputado Maurinho Rodrigues.
Um municipalista
Durante o encontro nacional de Brasília, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin vai anunciar seu propósito e percorrer os 5.561 municípios brasileiros, renunciando a uma possível candidatura a prefeitura de São Paulo no ano que vem. Quer voltar a disputar a presidência, mas estão na vez agora, os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves, de Minas Gerais.
Reforma política
Encruada há pelo menos uma década, a reforma política volta a pauta do Congresso Nacional, tendo dois temas ainda polêmicos e dividindo deputados e senadores. O bicho ainda está pegando em temas como as listas fechadas nas eleições proporcionais e o financiamento público de campanha. Será que desta vez a coisa avança?
Tráfico de mulheres
Nas investigações desenvolvidas pelo Congresso Nacional foram descobertas nada mais anda menos do que 241 rotas de trafico de mulheres e crianças para o exterior. No tráfico de mulheres, por exemplo, Rondônia participa com exportações para os prostíbulos da Espanha, país que diga-se de passagem, é o que mais acolhe mariposas, travestis e cafetões tupiniquins na Europa
Formação partidária
As agremiações políticas começam a se mobilizar tendo em vista os próximos embates políticos. O PDT, por exemplo, com a implantação da Fundação Leonel Brizola vai trabalhar melhor na formação de novos quadros partidários em Rondônia. O Presidente do Diretório Municipal Ruy Mota e o vereador Mário Jorge acompanham os desdobramentos dos projetos com o Diretório Nacional.
PTB em Ji-Paraná
Em agosto o PTB de Ji-Paraná vai se definir seus pré-candidatos a prefeito e a vice para tentar conquistar o Palácio Urupá, atualmente ocupado pelo prefeito José de Abreu Bianco. Cogita-se que o ex-deputado Leudo Buriti assuma a candidatura a prefeito e o dirigente Isaú Fonseca, como seu vice. A coisa começa a ficar movimentada na capital da BR. E nem chegamos ainda no ano das eleições...
Do Cotidiano
A depredação ambiental
Boa parte das unidades de preservação permanente e terras indígenas de Rondônia já estão invadidas por grileiros, garimpeiros e, principalmente madeireiros. São necessárias, portanto, mesmo com a chiadeira dos infratores providências enérgicas e imediatas para combater o desmatamento indiscriminado e a depredação ambiental no Estado, embora órgãos como o Ibama conte com poucos recursos humanos para tocar a tarefa a contento.
Por conta de tudo isso que vem ocorrendo na terrinha, o ecologista Rogério Vargas prevê que nos próximos 30 anos, se o Governo Federal não adotar medidas repressivas para coibir a exploração ilegal de madeira, por exemplo, 70% da floresta amazônica estará totalmente devastada.
Ecologistas e ambientalistas fazem sérias acusações contra a fiscalização dos órgãos como a Funai e Ibama, na medida em que não apuram as denúncias formuladas e nem pune os infratores com os rigores da lei. No entendimento deles, a impunidade estimula novas invasões o que acaba gerando conflitos no campo.
Na verdade existe uma predisposição em protelar o julgamento sobre crimes ambientais para que as ações prescrevam e, assim, os infratores continuem impunes. Por conseguinte, urge a implantação de Varas Criminais/Fundiária no Poder Judiciário da Amazônia para agilizar os inquéritos e processos sobre crimes ambientais que acabam prescrevendo por falta de juízes especiais para julgá-los.
Os órgãos federais ambientalistas e indigenistas não têm estrutura física, financeira e recursos humanos para enfrentar o avanço da frente madeireira, pecuária e da soja...
Com isso, o ecossistema e a biodiversidade continuam comprometidos por falta de uma política exeqüível para a conservação do meio ambiente na Amazônia Ocidental.
Temos ainda o caso da expansão da soja, cuja intensificação da produção e produtividade é justificada como solução ao problema da dívida externa. Isto porque, quando todos pensam que as exportações do produto são para a fabricação de óleo e outros derivados (e até mesmo para aumentar o PIB), o que se sabe, na verdade, é que a soja é exportada para alimentar o gado bovino da Europa e dos Estados Unidos que estão indiretamente ajudando a destruir a Amazônia.
A situação é tão grave que os desmatamentos indiscriminados e a poluição de rios e igarapés já comprometem o ecossistema e a biodiversidade da fauna e da flora da região.
Via Direta
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