Terça-feira, 27 de novembro de 2007 - 06h28
Pé na estrada
Com apoio do governador Ivo Cassol o pré-candidato a prefeito do PPS Amado Rahal já botou o pé na estrada. No final de semana o socialista percorreu Porto Velho e recebeu denuncias a respeito da falta de água encanada em vários bairros, como no Gurgel. Rahal constatou também que por conta do anuncio da construção das hidrelétricas, a periferia da capital já começou a inchar.
As prioridades
Conversei com Rahal no final de semana e ele me anunciava a elaboração de sua plataforma eleitoral para a campanha 2008, que será concentrada em áreas como de saúde, geração de empregos e saneamento básico. Amado entende que a prefeitura também deve assumir suas responsabilidades com a área de segurança pública, criando a Guarda Municipal.
FHC x Lula
Perdendo terreno a cada ano por posições dúbias e ficar eternamente em cima do muro, o novo PSDB quer abrir o ano que vem como um partido realmente de oposição. O ex-presidente Fernando Henrique dá já um tom mais agressivo contra o governo Lula, depois do encontro nacional da passarada. Caberá ao ex-deputado federal Hamilton Casara, dar o novo tom da legenda em Rondônia.
Oposição ligth
Em Ji-Paraná o chefe da Casa Civil do governo do estado Joarez Jardim (PSDC) abriu sua jornada rumo ao Palácio Urupá. Mas se realmente quer disputar a peleja com chances frente a Bianco, vai precisar elevar o tom, bancar um oposicionista brabo, ou seja descer a lenha no inquilino do governo municipal, aproveitando o naco do antibianquismo existente na capital da BR.
Falta estratégia
Enfrentar o endiabrado articulista Bianco em Ji-Paraná não é tarefa fácil, ainda mais se não existir uma estratégia caprichada. O ex-governador tem táticas de sobra, como até lançar candidatos escudeiros para rachar mais o eleitorado e se garantir no poleiro por mais uma temporada. E mais uma dica a Jardim: se houver mais de três candidatos é perda de tempo entrar na disputa.
Em Porto Velho
Já na capital, esta última andança pelos bairros sábado e domingo, me faz acreditar que uma terceira via, ou seja uma outra alternativa as postulações do prefeito Roberto Sobrinho ( que lidera a parada com folga) e a Lindomar Garçon (ou qualquer outro nome indicado por Ivo), tem muito para crescer.
Façam as contas
O PT continua com seu teto de quase 30 por cento dos votos na capital o que lhe dá a Roberto Sobrinho uma vaga no segundo turno confortavelmente. Do outro lado, lembrem que 60 por cento dos eleitores da capital votaram contra Cassol na eleição passada e isso deverá pesar em cima de seu postulante a prefeito. Tem muito antipetista e anticassolista no pedaço para fomentar uma terceira via.
Toma lá, dá cá!
O ministro das relações institucionais José Múcio Monteiro,, empossado recentememte, tem uma missão espinhosa pela frente: trazer de volta a base aliada os seis senadores do PTB que romperam com o Palácio do Planalto na semana passada. As negociações já começaram e acredita-se que o toma lá dá cá funcione com os petebistas já que não resistem a vantagens e cargos polpudos...
Pela emancipação
Alguns candidatos da oposição a disputa da prefeitura de Porto Velho já usam a bandeira da emancipação dos distritos para chegar ao posto do prefeito Roberto Sobrinho no ano que vem. O deputado estadual Valter Araújo (PTB), da base cassolista, tem trabalhado bem neste sentido principalmente nas localidades da Ponta do Abunã.
Do Cotidiano
O registro de patentes
A Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Ompi) divulgou recentemente um novo relatório sobre o registro de patentes em nível mundial mostrando que desde 1995, quando começou a promover as análises, o número de patentes concedidas aumentou em média 3,6% ao ano. A lista de patentes concedidas em relação à população é liderada pelo Japão, seguido pela Coréia do Sul, Estados Unidos, Alemanha e Austrália.
Se o número de patentes concedidas aumenta em todo o mundo, o Brasil segue na corrente oposta: houve uma redução de 13,5% no número de patentes concedidas em 2005, em comparação com dados do ano anterior. Paradoxalmente, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), escritório que cuida da concessão de patentes no país, está entre os 20 escritórios que mais concedem patentes no mundo: 12º lugar. Ocorre que o número de patentes concedidas para não-residentes tem sido maior do que as patentes concedidas para residentes.
O relatório da Ompi aponta que o Brasil é o último colocado em relação a patentes obtidas em outros países, com cerca de mil – os Estados Unidos ficam em primeiro lugar, com cerca de 160 mil patentes. Segundo o relatório, “as patentes depositadas por países como Brasil, Índia, Israel e África do Sul aumentam fora de seus territórios – um sinal de crescente internacionalização e diversidade dos sistemas de patentes”.
Um dado importante é a relação entre investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e o número de patentes concedidas para residente: cada um milhão de dólares investidos no Brasil em pesquisa para o desenvolvimento resulta em 0,29 patente. Outros países ditos emergentes revelam dados mais robustos. A Coréia do Sul e a China tiveram participação significativa no aumento dos depósitos de patentes em todo o mundo. Os escritórios chineses registraram um aumento de 42,1% no número de patentes.
Recentemente, em audiência pública sobre a Lei da Inovação Tecnológica e a Lei do Bem, o gerente-executivo da unidade de Competitividade Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Maurício Mendonça, considerou o ambiente de inovação brasileiro “pouco estimulante”.
Os dados da Ompi precisam ser melhor digeridos, pois eles também servem de orientação para avaliar a quantas anda a situação da pesquisa em cada país. A Alemanha já sentiu o peso de ser atropelada pela China em registro de patentes e iniciou uma estratégia de apostar na invenção e na inovação, fatores que serão essenciais para a economia a longo prazo. O Brasil deveria fazer o mesmo.
Via Direta
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Fonte: csperanca@enter-net.com.br
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