Quinta-feira, 27 de dezembro de 2007 - 07h02
A infidelidade
Os parlamentares infiéis tiveram um péssimo Natal, aterrorizados com a possibilidade da perca dos seus mandatos. Ocorre que o Supremo Tribunal Eleitoral –TSE sinaliza que aqueles que trocaram de partido terão dificuldades em salvar a pele. Cerca de 2 mil processos dos partidos que querem reaver os mandatos serão julgados no ano que vem.
Maior repercussão
Em Rondônia, o primeiro estado a cassar mandato por infidelidade, o caso de maior repercussão é do deputado estadual Euclides Maciel que trocou o PSL pelo PSDB. Sendo cassado, seu mandato acabará nas mãos do ex-presidente da ALE-RO Carlão de Oliveira, que causa pavor a muitos parlamentares atuais.
Projeto arrojado
O deputado federal Lindomar Garçon (PV-RO), ex-prefeito de Candeias, entra na peleja das eleições municipais de 2008 com o projeto mais arrojado do estado. Ele pretende se eleger prefeito em Porto Velho e emplacar aliados em Candeias do Jamari (onde seu tio Dinho já lidera a corrida local) e Itapoã do Oeste.
Vôos maiores
Caso Garçon, que transferiu seu domicilio eleitoral da cidade satélite para a capital consiga atingir seus objetivos, ele estará em condições de alçar vôos maiores para as eleições de 2010. Ele considera que sem Cassol e Raupp na disputa ao governo, todo mundo é japonês. E lá tem suas razões.
Eles tem peito
O que faz prefeitos de municípios de pequeno porte se transferir para cidades maiores e encarar políticos já consagrados em Porto Velho, Jaru e Ariquemes? Garçon vem enfrentar na capital Roberto Sobrinho e Mauro Nazif; Adelino Folador de Cacaulândia ousa desafiar o prefeito Confúcio Moura e a ex-deputada Daniela Amorim.
Na Bacia Leiteira
E o prefeito de Theobroma, município da progressista Bacia Leiteira, Adão Linke, transferiu seu domicílio eleitoral para Jaru onde pretende enfrentar o prefeito Ulysses Borges e o ex-prefeito e atual deputado José Amauri. O primeiro prefeito a trocar de domicílio e se dar bem foi Melki Donadon, de Colorado que manda no pedaço até hoje em Vilhena.
As patas do boi
Conforme a imprensa nacional tem destacado, as patas do boi vão dominando o cenário rondoniense e da Amazônia nos últimos anos. Já temos quase 12 milhões de cabeças e o rebanho do estado não para de crescer, tampouco as invasões aos parques nacionais e reservas indígenas cujas áreas depois da retirada da madeira acabam se transformando em pastos. Até quando?
A repercussão
A crítica do secretário de comunicação do PT rondoniense Davi Nogueira contra o presidente do Senado Tião Viana por prestar homenagem ao falecido senador Antônio Carlos Magalhães repercute. De Brasília, o jornalista Montezuma Cruz, um dos fundadores do PT rondoniense estrilou. Veja abaixo.
PT esculhamba PT
Para Monte, “na certa, Davi supõe que a desmemória apague de vez ao seu público ouvinte e eleitor. Ora, alguém se esqueceu das declarações da senadora por ocasião da morte de ACM? Pelo jeito só Davi Nogueira. O PT esculhamba o próprio PT, genuflexo, diante da alma do baiano mais contraditório que o Senado conheceu”.
As contradições
Montezuma, que hoje mora em Brasília e trabalha na Agência Amazônia, vai mais adiante: “Enfim, com o esperneio de Nogueira contra um dos homens fortes no apoio ao regime militar fica bem claro: enquanto David rejeita (ele é chefe de gabinete da senadora Fátima Cleide), sua chefe o enaltece. Pelo visto, Nogueira joga para a platéia, mesmo tendo o direito de opinar sobre o que quiser”. E, aí, David?
Do Cotidiano
O registro de patentes
A Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Ompi) divulgou recentemente um novo relatório sobre o registro de patentes em nível mundial mostrando que desde 1995, quando começou a promover as análises, o número de patentes concedidas aumentou em média 3,6% ao ano. A lista de patentes concedidas em relação à população é liderada pelo Japão, seguido pela Coréia do Sul, Estados Unidos, Alemanha e Austrália.
Se o número de patentes concedidas aumenta em todo o mundo, o Brasil segue na corrente oposta: houve uma redução de 13,5% no número de patentes concedidas em 2005, em comparação com dados do ano anterior. Paradoxalmente, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), escritório que cuida da concessão de patentes no país, está entre os 20 escritórios que mais concedem patentes no mundo: 12º lugar. Ocorre que o número de patentes concedidas para não-residentes tem sido maior do que as patentes concedidas para residentes.
O relatório da Ompi aponta que o Brasil é o último colocado em relação a patentes obtidas em outros países, com cerca de mil – os Estados Unidos ficam em primeiro lugar, com cerca de 160 mil patentes. Segundo o relatório, “as patentes depositadas por países como Brasil, Índia, Israel e África do Sul aumentam fora de seus territórios – um sinal de crescente internacionalização e diversidade dos sistemas de patentes”.
Um dado importante é a relação entre investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e o número de patentes concedidas para residente: cada um milhão de dólares investidos no Brasil em pesquisa para o desenvolvimento resulta em 0,29 patente. Outros países ditos emergentes revelam dados mais robustos. A Coréia do Sul e a China tiveram participação significativa no aumento dos depósitos de patentes em todo o mundo. Os escritórios chineses registraram um aumento de 42,1% no número de patentes.
Recentemente, em audiência pública sobre a Lei da Inovação Tecnológica e a Lei do Bem, o gerente-executivo da unidade de Competitividade Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Maurício Mendonça, considerou o ambiente de inovação brasileiro “pouco estimulante”.
Os dados da Ompi precisam ser melhor digeridos, pois eles também servem de orientação para avaliar a quantas anda a situação da pesquisa em cada país. A Alemanha já sentiu o peso de ser atropelada pela China em registro de patentes e iniciou uma estratégia de apostar na invenção e na inovação, fatores que serão essenciais para a economia a longo prazo. O Brasil deveria fazer o mesmo.
Via Direta
*** O governo do estado faz as contas de como aplicará os recursos economizados com a suspensão da dívida do Beron *** Mas em Brasília fala-se que os ministérios da Fazenda e Planejamento podem azedar os planos rondonienses *** Acredita-se que o prefeito Bianco, de Ji-Paraná, já chutou sua decisão sobre vice para o ano que vem...
Fonte: csperanca@enter-net.com.br
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