Sábado, 28 de março de 2009 - 05h36
Tucanos em alta
Com o governador mais popular no país – o mineiro Aécio Neves – com o prefeito que detém a maior aprovação no Brasil – o curitibano Beto Richa – e José Serra na ponta pelas intenções de votos para as eleições presidenciais de 2010, os tucanos estão de orelha a orelha. É iminente a troca de poder no ano que vem.
Em pé-de-guerra
Quando todo mundo acreditava num acordo entre os sindicatos que congregam o funcionalismo com o governador Ivo Cassol para as reposições salariais, eis que o chefe da casa Civil Odacir Soares comunicou a decisão do Palácio Presidente Vargas: não haverá reajuste por conta da crise global. Guerra á vista!
O jogo é bruto
Ivo que nunca dependeu de sindicatos para se eleger – e se dependesse disto estaria frito! – tem sido o único governador a não se dobrar de joelhos para os sindicalistas e já sabe: deve pintar uma greve geral já em meados de abril. É mais uma queda-de-braço. Cassol ganhou todas as paradas até agora com os sindicalistas, mas vai enfrentar agora todos juntos, de uma só vez. Não queria estar na sua pele.
Jogando com a crise
A crise global e a crise rondoniense – madeireiras e frigoríficos fechando e reduzindo drasticamente a arrecadação e o repasse do FPE são as justificativas de Cassol para não reajustar o funcionalismo. Como uma sucuri asfixiando uma ovelha, Ivo joga com o medo, a incerteza, o receio da perda de emprego, o clima de insegurança gerado pela crise para que a mobilização não seja bem sucedida.
As alianças
Vencedora na maioria dos municípios e nos principais colégios eleitorais, a aliança PT/PMDB/PDT sofre grave ameaça de implosão para as eleições de 2010. Ocorre que existem interesses díspares – cada partido tem uma candidatura própria em definição ao governo estadual – e a manutenção da coalizão vai depender de muita conversa – e, do desapego ao poder.
Prefeitos nas paradas
Como ocorreu nas eleições de 98, quando ex-prefeitos estavam em alta, para 2010 se aponta um panorama mais ou menos parecido. Naquela oportunidade concorreram o cargo José Bianco (Ji-Paraná), Ernandes Amorim (Ariquemes) e Melki Donadon (Vilhena). Para 2010 despontam, os prefeitos reeleitos Roberto Sobrinho (Porto Velho), Confúcio Moura (Ariquemes) e José Bianco (Ji-Paraná).
Contingenciamento
Em vista do agravamento da crise, vem ai um baita contingenciamento de recursos atingindo obras em todo o país. Recursos das emendas coletivas dos deputados federais e senadores foram às primeiras decapitadas, prejudicando projetos nos estados e municípios. As emendas parlamentares individuais ainda sofrem ameaças.
Choradeira geral
Existe uma choradeira geral com relação ao contingenciamento de recursos da União e com os cortes em suas emendas, deputados federais e senadores vão passar como charlatões em suas bases, ao lado dos prefeitos que já tinham anunciado obras por conta das emendas.
Pacote habitacional
No recente rateio do pacote habitacional, do presidente Lula Rondônia perdeu terreno até para o Estado do Tocantins, com menor densidade populacional, mas com uma bancada federal mais unida para trabalhar na articulação em Brasília. Quem sabe na próxima legislatura, vamos contar com uma composição mais afinada?
Via Direta
Os maiores obstáculos
Ainda no ano passado, o Brasil foi tomado de surpresa com a expulsão da empresa Odebrecht do Equador. Enquanto aqui há uma guerra de foice no escuro entre governos, empreiteiras e ambientalistas, no Equador estes venceram: a nova Constituição equatoriana instituiu os “direitos da Natureza” (Pachamama). Lá, quatro obras da Odebrecht causaram polêmicas e no fundo delas estão sempre questões objetivas, como as ambientais, ou subjetivas, como o “imperialismo brasileiro”.
Esse episódio é revelador de duas coisas. Primeira, a completa desinformação, no Brasil, sobre o que ocorre na América Latina. Segunda, há muita coisa cozinhando no caldeirão latino-americano que os brasileiros desconhecem completamente, sem sequer imaginar que tais fatos terão depois profunda repercussão interna, no Brasil, e poderão causar ainda mais embaraços e produzir obstáculos às obras necessárias ao desenvolvimento do País.
Dentre os diversos obstáculos às obras de estrutura, há desde a politiquice local até fantasmas universais, como a teoria da conspiração, que não poupa nenhuma das atividades humanas. Por trás de todos esses obstáculos estariam mãos alienígenas, por sua vez divididas em dois ramos: um o dos marcianos beneméritos, com seus recados para que salvemos o planeta; outro, mais interesseiro, de empresas estrangeiras ávidas para dominar a Amazônia e, com ela, o mundo.
A verdade é que as grandes obras estruturais necessárias ao desenvolvimento da Amazônia, que deveriam ter sido cercadas de cuidados relativos a impacto ambiental e realizadas há dez, vinte, trinta anos, só agora começam a deslanchar, mas sempre com o freio de mão puxado, travadas pelos mais diversos obstáculos.
As hidrelétricas do Rio Madeira, hidrelétrica de Belo Monte, que pretende alagar parte do Xingu, a rodovia Manaus–Porto Velho e, na capital amazonense, a ponte sobre o rio Negro, dentre tantas obras infra-estruturais maiores ou menores, todas elas, evidentemente, produzem impacto ambiental. Como diria o saudoso José Lutzenberger, considerado em seu tempo o mais combativo ecologista brasileiro, iniciador de toda uma “tribo” de ambientalistas aguerridos, “até um cuspe no chão produz impacto ambiental”.
É fato conhecido que em geral os políticos anunciam as grandes obras para capitalizar o mérito pela iniciativa, mesmo sem ter a menor intenção de construir, imediatamente. Basta fazer maus projetos e eles receberem a reação negativa de técnicos e ambientalistas. Nesse caso, põe-se a culpa nos opositores e não no projeto e continuam pela vida afora fazendo seu marketing político-eleitoral.
Via Direta
*** Segunda-feira é a vez do PC do B receber homenagem pelo seu aniversário *** Enrascado na Assembléia Legislativa, o deputado Maurinho (PSDB) busca aliados para salvar a pele *** Os suplentes acompanham os desdobramentos com atenção *** Para recuperar a Estrada do Belmont, mais uma vez os Moradores do Bairro Nacional foram às ruas, em protesto.
Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com.br
csperanca@enter-net.com.br
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