Sábado, 28 de junho de 2008 - 06h55
Uma incógnita
O final de semana será marcado pelas convenções municipais em todo o estado. Na capital, ainda ontem a grande incógnita era o deputado federal Mauro Nazif (PSB), já considerado um pré-candidato de ponta, mas que ainda não tinha definido um vice e uma aliança exeqüível para ampliar seu espaço no horário eleitoral gratuito
Com Joselita
Depois de muitas idas e vindas e tantos nomes cogitados, o pré-candidato a prefeito Alex Textoni (PTN) acabou fechando acordo com o PMDB de Valdir Raupp e aceitando a indicação do nome da ex-deputada e ex-prefeita de Ouro Preto Joselita Araújo para sua vice. Sem Carlão Magno (DEM), para atrapalhar, Textoni se apresenta como favorito, mas Sônia Arrabal (PT) está crescendo muito.
Convenção define
Haviam rumores em Ariquemes que ao final de tudo, o ex-prefeito de Caucalândia Adelino Follador desistiria da empreitada de conquistar o Palácio do Cacau, mas na verdade, sua postulação está mais do que confirmada. Neste final de semana o DEM ratifica seu candidato a prefeito na Capital da Produção.
Acordo em Jipa
Cardeais peemedebistas e petistas ainda tentavam no meio da semana celebrar um acordo em Ji-Paraná para uma aliança visando as eleições municipais de outubro. Na cabeça sairia o peemedebista Edvaldo Soares, na vice um nome indicado pela legenda de Lula.
Comida para predador
Ocorre que existem rivalidades tribais se formando na capital da BR com vistas as eleições à Câmara Federal em 2010. O problema para se formar a coalizão em Ji-Paraná é que deputado federal Anselmo de Jesus (PT) não quer alimentar predadores (leia-se Edvaldo) para devorá-lo no futuro. Por conseguinte, o PT dificilmente deve entrar neste barco.
DEM com Garçom
O DEM acabará apoiando o deputado federal Lindomar Garçon (PV) em Porto Velho. Um acordo foi selado entre os caciques regionais e a base está engolindo a coisa goela abaixo, já que os Democratas locais e os bianquistas preferiam Mauro Nazif ou até mesmo Roberto Sobrinho.
Fogaréu em Jipa I
Em Ji-Paraná um pelotão de bombeiros foi escalado para acalmar os ânimos do vice-prefeito Assis Canuto, uma liderança respeitável, na capital da BR, que acabou cedendo espaço para Zé Otônio ser vice na chapa de Bianco. Estuda-se com carinho a melhor forma de tratar o assunto, já que ele tem o apreço e a admiração de todos.
Fogaréu em Jipa II
Outra comissão de bombeiros foi escalada para acalmar Joarez Jardim (PSDC) que achava ainda, ontem a tarde que seria candidato a prefeito pela oposição e que até teria autorização do PSDC e de Cassol para descer a ripa a vontade na frente suprapartidária pilotada pelo ex-governador.
Em Pimenta Bueno
Na Princesinha da BR a ponta já é da ex-prefeita Ines Zanol (PSB), numa clara polarização com o atual prefeito Augusto Plaça (PMDB). O PMDB neste momento busca – e usa a influência do senador Valdir Raupp - derrubar a postulação da candidata socialista na justiça eleitoral. O bicho está pegando em Pimenta.
Em Presidente Médici
No município de Presidente Médici, onde a grande surpresa é o crescimento de Lurdinha do PT, o ex-prefeito Gilson Borges (PDT) vai ponteando a sucessão do atual prefeito Charles Modro. Zé Ribeiro (PMDB) se aproxima do primeiro pelotão para brigar pela ponta.
Do Cotidiano
As línguas ameaçadas
D. Quixote ainda existe. Ele hoje leciona em escolas bilíngües. Essa é a primeira constatação a que se chega ao verificar a existência de bem poucas escolas que ensinam, além do Português ou do Espanhol, os idiomas nativos das comunidades amazônicas, mesmo considerando que a predominância dos idiomas latinos tenha contribuído para a extinção de diversas línguas indígenas nativas na América Latina.
De acordo com uma pesquisa da National Geographic Society e do Instituto Living Tongues, destinada a identificar as regiões mais vulneráveis ao desaparecimento de línguas, um idioma se extingue a cada 14 dias. É a diversidade cultural desaparecendo sob as patas dos cavalos e rodas dos caminhões, as armas e a vontade dos “bandeirantes” e dos “conquistadores”. Das cerca de 7 mil línguas faladas hoje no mundo, muitas desaparecerão ainda neste século, segundo a pesquisa. Só no Brasil, são 180 as línguas ameaçadas.
A pesquisa identifica algumas regras gerais da matança idiomática. A primeira delas é que, modernamente, as políticas governamentais forçam as tribos a abandonarem seus tradicionais modos de vida e a destruir seu ecossistema natural em troca de ganhos econômicos. A língua estaria dentro desse processo, no qual as tribos abandonariam suas línguas naturais para integrar-se ao Português ou Espanhol ou, ainda, a linguagens indígenas de maior abrangência, como o Guarani, no caso do Brasil.
As áreas consideradas de grande ameaça às línguas no País são Mato Grosso do Sul, onde hoje menos de 20 pessoas falam ofaié (tribo ofaié ou opaié) e menos de 50 falam guató (tribo guató), além de Rondônia, em que apenas 80 pessoas se comunicam pela wayoró, língua indígena falada nas proximidades do rio Guaporé. Se consideramos que a manutenção, reprodução e conhecimento do idioma de um povo são condições elementares para sua preservação, liquidar um idioma representa a liquidação dos fundamentos desse povo. Com isso, ele acaba se extinguindo por si só, sem referencial, identidade ou capacidade de reagir à eliminação.
No Paraná, onde a limpeza étnica foi uma das condições para a ocupação do interior, tardiamente, mas de forma consistente, já se considera a manutenção do idioma um pré-requisito para o fortalecimento dos povos. Há 29 escolas indígenas do Paraná que ensinam as matérias curriculares de qualquer educandário, associadas também ao idioma materno, levando em conta não só a oralidade, mas também o registro escrito e por imagem, inclusive como elemento de alfabetização.
É uma iniciativa meritória, mas esbarra em problemas que só uma boa vontade política poderia superar, como a falta de publicações nas línguas indígenas e a batalha entre as variações dos principais troncos idiomáticos.
Via Direta
*** O PP acabou rifando a candidatura de Elizeu da Silva em Porto Velho *** Ainda ontem buscava entendimentos com o PT de Sobrinho e o PV de Garçom *** O PDT confirma dia 30, em convenção, sua aliança com o projeto de reeleição do PT na capital *** Zé Rover (PP) pilota uma penca de legendas, numa candidatura suprapartidária em Vilhena.
Fonte: Carlos Sperança
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