Sexta-feira, 28 de dezembro de 2007 - 07h08
Jogo de estratégia
Para forçar a realização do segundo turno em Porto Velho, onde o atual prefeito Roberto Sobrinho mantém vantagem sobre os concorrentes, a base aliada do governador Ivo Cassol mandará a campo três candidatos ao posto do atual inquilino do Palácio Tancredo Neves: 1 – Lindomar Garçon (PV) 2 – Alexandre Brito (PTN) 3 – Valter Araújo (PTB).
Vice escalado
E no caso do postulante Lindomar Garçon, já se propala que até o vice esta escalado: trata-se do médico Amado Rahal do PPS, diretor geral do Hospital de Base e de grande apelo popular, somando muito na chapa do parlamentar verde. Brito e Valter Araújo ainda não falam de vices mas também estão mexendo seus pauzinhos.
A fragmentação
Com tantos candidatos governistas em campo, inevitavelmente haverá uma enorme fragmentação do eleitorado e a realização de um segundo turno fica até inevitável. Mas o jogo do governador Cassol é perigoso, pois rachando sua base, vai beneficiar a ascensão – como já está ocorrendo – de uma terceira via: o deputado federal Mauro Nazif.
Medidas compensatórias
Os ministérios a Fazenda e do Planejamento estudam as medidas compensatórias para a perda de R$ 40 bilhões com o fim do CPMF. Tanto os ministros, como o presidente Lula garantem que a saúde e as ações sociais não serão prejudicadas. Estão na alça de mira obras dispendiosas e as emendas parlamentares de deputados e senadores.
Recorde de acidentes
Impressiona o que tem ocorrido no trânsito de Porto Velho. Além de um verdadeiro massacre com os ciclistas, os acidentes envolvendo carros, caminhões e ônibus se avolumam. Só no período natalino foram mais de 100 acidentes, com três vítimas fatais. Também nas rodovias brasileiras as festas de final de ano motivaram maior movimento nas estradas e grandes tragédias.
PSDC nas paradas
O presidente regional do PSDC Edgar do Boi espera lançar candidaturas próprias em pelo menos 30 dos 52 municípios do estado nas eleições municipais do ano que vem, com boas chances de eleição. Na capital o partido pode escalar o próprio Edgar, enquanto que em Ji-Paraná tem como opção Joarez Jardim e, em Cacoal, a vereadora Glaucioni Nery.
Jogo de inteligência
O prefeito de Ji-Paraná José Bianco joga com inteligência no processo sucessório do Palácio Urupá. Por um lado ele é assediado pelo governador Ivo Cassol, que quer garantir como seu vice Joarez Jardim, de um outro pelo PMDB de Valdir Raupp que também pugna por uma aliança. E ainda existem outras correntes políticas da capital da BR na peleja.
Definição adiada
Como Bianco tem recebido recursos do governo do estado e também do PMDB (leia-se do casal Raupp), quando se definir por um lado poderá perder a captação de verbas oriunda de outras correntes políticas. Portanto, ao chutar sua definição sobre vice para mais adiante, ganha tempo, não se indispõe com ninguém e o município não é prejudicado.
Boom imobiliário
A construção das hidrelétricas do Madeira, mais a construção do centro administrativo de Rondônia está atirando os preços dos imóveis para os céus neste final de ano. Nos bairros centrais os preços de casas, terrenos e apartamentos já estão assustando. Ao mesmo tempo ocorre um ritmo frenético de construção de novas torres de apartamento na cidade: são 40 prédios em construção.
Do Cotidiano
A margem dos direitos
A pensadora Hannah Arendt (1906–1975) se assustava com a idéia de que o desenvolvimento tecnológico iria determinar crescentemente a extinção de inumeráveis postos de trabalho. “Aquilo com que nos defrontamos”, dizia ela, “é a perspectiva de uma sociedade de trabalhadores sem trabalho, quer dizer, sem a única atividade que lhes cabe. É certo que nada poderia ser pior do que isso”. Os temores da filósofa alemã estão se confirmando, como comprovou mais recentemente outro pensador, o americano Jeremy Rifkin. Em seu livro atemorizante intitulado O Fim do Emprego, ele sentencia:
– Hoje, um terço da força de trabalho mundial – algo em torno de um bilhão de pessoas – está sem emprego, mas não vive em “cabanas eletrônicas”, não está no “setor de serviços” nem se dedica, aparentemente, ao ócio criativo. Pelo contrário, o que as estatísticas mostram é que esses milhares de desempregados seguem ligados ao mesmo “paradigma do trabalho”, só que agora como trabalhadores terceirizados ou subcontratados, com direitos cada vez mais limitados.
Rifkin argumenta que a máquina está cada vez mais barata. Utilizam-se duas de cada vez: quando uma sofre avaria, outra, que não gera nenhum encargo adicional, a substitui. Quando não há mais conserto, troca-se. Tudo isso sem ações trabalhistas ou dores na consciência. E enquanto a máquina se torna barata e prática, o homem está cada vez mais caro: o custo de vida e as necessidades urbanas o levam a reivindicar reajustes de salários e os compromissos de quem contrata representam encargos perante o Estado. Máquinas não fazem passeata nem greve.
O Banco do Brasil, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e o Sebrae, com o apoio de diversas entidades empresariais, promoveram nas principais cidades do País o Mutirão da Cidadania Empresarial, com a finalidade de convencer os empresários hoje na informalidade a formalizar sua situação. Mas o que se viu foi uma adesão ainda restrita e relutante, até porque há muitas empresas no limite da marginalidade e outras completamente ilegais, como as voltadas aos “negócios” do tráfico de drogas, do contrabando, da rapinagem florestal.
A “carteira assinada” vai rareando, pois os novos empregos, quando surgem, já nascem na informalidade. Com isto, mais da metade dos trabalhadores brasileiros estão à margem dos direitos trabalhistas e por mais que os mutirões da cidadania empresarial se multipliquem, as condições gerais da atual etapa de desenvolvimento do capitalismo no mundo ditam regras completamente opostas.
Falta a emergência no planeta de um novo humanismo, que se preocupe não apenas em reciclar plástico, papelão e vidro, mas também reciclar homens, esses materiais cada vez mais inservíveis.
Via Direta
*** O prefeito de Candeias do Jamari Chico Pernambuco anunciou durante a semana um programa de regularização fundiária para a cidade satélite *** Milhares de pessoas serão beneficiadas com a legalização dos seus terrenos urbanos no ano que vem *** Até 2008 o Programa Luz para Todos, desenvolvido pela Ceron, atingirá quase 50 mil famílias no estado de Rondônia.
Fonte: csperanca@enter-net.com.br
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