Sexta-feira, 29 de maio de 2009 - 05h44
Causa rondoniense
Entendo como justa a cobrança de compensações ambientais pelo governador Ivo Cassol as hidrelétricas, como anunciou, em entrevista a rede TV, no programa Fala Rondônia, de Domingues Júnior, e repercutido ontem neste Diário (OpiniãoTV). Mais ainda: é uma causa que deve unir os rondonienses, a Assembléia Legislativa, a bancada federal e as lideranças empresariais.
Em colapso
Mesmo com todos os investimentos governamentais na saúde e segurança pública, as áreas estão entrando em colapso – além do sistema penitenciário – com a migração ocorrida nos últimos dois anos. Sem contar, o caos no trânsito, as demandas sociais geradas pela chegada de novos contingentes humanos. Ivo tem carradas de razão. Rondônia não pode pagar o pato sozinha.
Mais recursos
A União tem uma dívida enorme com Rondônia desde os tempos da criação do estado. Nos deve desde a exportação de migrantes em larga escala nos anos 80, é responsável direta pelo sepultamento do Beron (o assassinato do banco foi feito pelos nossos políticos, o enterro pela União), e tem sido insensível quanto à transposição dos servidores. Vamos à luta!
Porque? Porque?
Lideranças do interior tem me perguntado porque motivo os prefeitos de Ariquemes Confúcio Moura (PMDB) e José Bianco (Clique e veja entrevista no Opinião TV) já correm o estado por conta das eleições do ano que vem, e continuam catimbando o jogo, as vezes até negando que são candidatos. São políticos maduros e veteranos, sabem o que estão fazendo.
Pelos recursos
A resposta é simples: não compensa nem para um, tampouco para outro admitir as candidaturas ao governo já. Não interessa nem a Confúcio(Clique e veja entrevista no OpiniãoTV), tampouco a Bianco precipitar o processo sucessório estadual. São prefeitos e ficam no cargo até março do ano que vem, e tem muito a perder abrindo o jogo, inclusive na perda de recursos para suas municipalidades.
Quadro indefinido
Não bastasse a necessidade de serem prudentes, para evitar eventuais sabotagens dos adversários as suas gestões, os dois possíveis candidatos também consideram o quadro político muito indefinido. Bianco por exemplo, aguarda de camarote se Cahula decola, se Expedito terá coragem de peitar Ivo etc. Já. Confúcio, também depende do quadro nacional, da aliança do PMDB com o PT.
Na vala comum
Depois do ex-governador Jerônimo Santana e do ex-ministro da previdência Amir Lando terem afirmado que a bancada federal de Rondônia é fraca e omissa (eu não concordo), agora declaração atribuída ao governador Ivo Cassol de que ninguém, da bancada federal se reelege, enfatiza que os parlamentares nada tem feito por Rondônia.
Bom desempenho
Como analista político eu referendo a performance dos parlamentares rondonienses – salvo algumas exceções - na captação de recursos para o estado. As críticas dos cardeais rondonienses têm interesses localizados. Cada um deles tem suas motivações para descer a lenha na atual bancada federal, que até tem sido produtiva, depois que se uniu em torno do estado.
Jogo de interesses
Acredito que nosso governador se queixa dos federais porque as emendas dos deputados federais são destinadas aos municípios e não para seu governo, como gostaria. Já, o caso do ex-senador Amir Lando porque será candidato à Câmara Federal, tendo, por conseguinte, interesse no desgaste da atual bancada. Por último, Bengala se sente desprestigiado e abandonado pela atual geração de políticos.
Do Cotidiano
Brasileiros deserdados
Enquanto o País perde tempo na “guerra” entre fazendeiros e índios, os estrangeiros em crise lá fora executam sua nova estratégia de domínio: ocupar e comprar as terras mais apetitosas do Brasil. E estão comprando como nunca. Um levantamento feito a partir de dados do SNCR (Sistema Nacional de Cadastro Rural) num intervalo de seis meses, no ano passado mostrou que nesse período, estrangeiros adquiriram pelo menos 1.523 imóveis rurais no país, numa área somada de 2.269,2 km².
Segundo esse levantamento, a cada hora, fazendeiros e investidores estrangeiros têm comprado ao menos 0,5 km² de terras brasileiras. Isso significa que, ao final de um dia, 12 km² estarão legalmente em mãos de pessoas físicas ou jurídicas de outras nacionalidades. Isso equivale a uma área semelhante a seis vezes o território de Mônaco (com área de 1,95 km²). A velocidade das compras de terras por parte de estrangeiros supera amplamente à dos projeto de reforma agrária do governo federal. Ou seja, as terras brasileiras se desnacionalizam num ritmo maior que o do acesso dos brasileiros deserdados ao “pedaço de chão” para plantar e progredir.
As áreas em nome de estrangeiros no País crescem no embalo sobretudo da soja, mas também da pecuária, além dos incentivos oficiais à produção de etanol e biodiesel. Mas o que os estrangeiros mais visam é a especulação, caso em que os registros de terras nem sempre são assumidos diretamente pelos verdadeiros proprietários, que recorrem a empresas nacionais de capital estrangeiro e “laranjas” brasileiros para passar despercebidos pelos cartórios.
Oficialmente, o governo aparece como o dono da iniciativa de encontrar mecanismos legais para frear a entrada de estrangeiros em terras do País, na medida em que a aquisição de terras é permitida a pessoas físicas de outra nacionalidade residentes no país e a pessoas jurídicas estrangeiras autorizadas a atuar no Brasil. Mais: um parecer da Advocacia Geral da União aceita que empresas brasileiras controladas por capital estrangeiro comprem imóveis rurais.
Essas debilidades legais, portanto, fazem com que as galinhas deixem a raposa à vontade no galinheiro. O presidente do Incra, Rolf Hackbart, reconheceu que os estrangeiros se beneficiam de “lacunas” na lei. Enquanto isso, o mínimo que os estrangeiros dominam de terras no Brasil são 5,5 milhões de hectares, 3,1 milhões de hectares só na Amazônia.
Via Direta
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Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com.br / www.opiniaotv.com.br
csperanca@enter-net.com.br
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