Quarta-feira, 29 de outubro de 2008 - 05h03
Bons exemplos
Um dos maiores problemas do sistema penitenciário rondoniense é a questão da ressocialização. Quase todos os apenados, quando soltos, acabam voltando para o cadeião por falta de alternativas de sobrevivência. Rondônia precisa seguir os bons exemplos de outros estados para começar a enfrentar essa situação.
Presídio escola
Em Tucurui (PA), o presídio contará com escola de alfabetização e até uma brinquedoteca para os presos e familiares, num anexo. No Pernambuco existe uma penitenciária que ganhou uma área rural para produzir hortigranjeiros e se sustentar, além de gerar emprego e renda para os apenados. Como se vê, existem opções.
A grande maioria
A grande maioria dos presidiários rondonienses é formada por jovens e, majoritariamente ligados ao tráfico de drogas. Nesse sentido também é necessário fazer alguma coisa: hoje existe mais maconha e cocaína nos presídios do que fora. A corrupção e a impunidade transformaram os estabelecimentos penais em negócios lucrativos para o crime organizado.
Façam as apostas
O que rola nos bastidores é que não existe ambiente para dois tigres ficarem no mesmo capão, no Palácio Presidente Vargas. Falo da situação que envolve o pavão Nilton Capixaba, subchefe da casa civil, e Odacir Soares o raposão, chefe da Casa Civil. Mas como o governador Ivo Cassol é padrinho de casamento do sanguessuga Nilton Capixaba, vai daí...
A sobrevida
O raposão não é um felino, mas tem sete vidas. Os recentes acontecimentos envolvendo a máfia dos sanguessugas acabou retardando a ascensão deCapixaba a chefia da Casa Civil, no posto de Odacir. Diga-se de passagens, adeptos do raposão comemoraram a desgraceira de Capixaba, que voltou às manchetes por causa do caso das ambulâncias.
Crise financeira
Aos poucos a crise financeira, que atormenta este mundo global vai chegando em Rondônia, um estado que vive um boom econômico provocado pela construção das hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau, pela explosão da construção civil, pelas volumosas obras de infra-estrutura do PAC e ainda, pelo arrojado centro político e administrativo do governo do estado.
Primeiros reflexos
Os primeiros reflexos da crise em Rondônia se constatam com uma substancial queda nas vendas de máquinas agrícolas. O clima de incerteza está reduzindo os investimentos, os exportadores estão com a pulga atrás da orelha e a aquisição de casas e apartamentos pela classe média, que age mais conservadoramente.
Nossa arrecadação
Era ingenuidade pensar, que Rondônia, vivenciando um boom de desenvolvimento, não sofreria tanto na pele os efeitos da catástrofe econômica que vem chegando. Teremos uma previsível queda na arrecadação de impostos, por conseguinte, os orçamentos do estado e da capital deverão se ajustar a nova realidade. Tanto o governador Ivo Cassol como o prefeito Roberto Sobrinho ainda não se pronunciaram a respeito.
Obras federais
O contingenciamento de recursos no Orçamento federal já é uma realidade e isso deve afetar obras da União em Rondônia, embora ainda não se saiba aonde. O certo é que já se vive um processo de canibalismo entre as bancadas federais de outros estados (a nossa ainda está dormindo de touca...) para garantir os recursos originais. Olho vivo!
Via Direta
Os maiores obstáculos
O Brasil foi tomado de surpresa com a expulsão da empresa Odebrecht do Equador. Enquanto aqui há uma guerra de foice no escuro entre governos, empreiteiras e ambientalistas, no Equador estes venceram: a nova Constituição equatoriana instituiu os “direitos da Natureza” (Pachamama). Lá, quatro obras da Odebrecht causaram polêmicas e no fundo delas estão sempre questões objetivas, como as ambientais, ou subjetivas, como o “imperialismo brasileiro”.
Esse episódio é revelador de duas coisas. Primeira, a completa desinformação, no Brasil, sobre o que ocorre na América Latina. Segunda, há muita coisa cozinhando no caldeirão latino-americano que os brasileiros desconhecem completamente, sem sequer imaginar que tais fatos terão depois profunda repercussão interna, no Brasil, e poderão causar ainda mais embaraços e produzir obstáculos às obras necessárias ao desenvolvimento do País.
Dentre os diversos obstáculos às obras de estrutura, há desde a politiquice local até fantasmas universais, como a teoria da conspiração, que não poupa nenhuma das atividades humanas. Por trás de todos esses obstáculos estariam mãos alienígenas, por sua vez divididas em dois ramos: um o dos marcianos beneméritos, com seus recados para que salvemos o planeta; outro, mais interesseiro, de empresas estrangeiras ávidas para dominar a Amazônia e, com ela, o mundo.
A verdade é que as grandes obras estruturais necessárias ao desenvolvimento da Amazônia, que deveriam ter sido cercadas de cuidados relativos a impacto ambiental e realizadas há dez, vinte, trinta anos, só agora começam a deslanchar, mas sempre com o freio de mão puxado, travadas pelos mais diversos obstáculos.
As hidrelétricas do Rio Madeira, já liberadas e uma delas até leiloada, e a hidrelétrica de Belo Monte, que pretende alagar parte do Xingu, a rodovia Manaus–Porto Velho e, na capital amazonense, a ponte sobre o rio Negro, dentre tantas obras infra-estruturais maiores ou menores, todas elas, evidentemente, produzem impacto ambiental. Como diria o saudoso José Lutzenberger, considerado em seu tempo o mais combativo ecologista brasileiro, iniciador de toda uma “tribo” de ambientalistas aguerridos, “até um cuspe no chão produz impacto ambiental”.
É fato conhecido que em geral os políticos anunciam as grandes obras para capitalizar o mérito pela iniciativa, mesmo sem ter a menor intenção de construir, imediatamente. Basta fazer maus projetos e eles receberem a reação negativa de técnicos e ambientalistas. Nesse caso, põe-se a culpa nos opositores e não no projeto e continuam pela vida afora fazendo seu marketing político-eleitoral.
Via Direta
*** Finalmente estamos chegando a uma nova era em Rondônia *** Com shopping, escadas rolantes, MacDonalds, viadutos, C & A, passarelas elevadas e Lojas Renner *** Porto Velho está inserido na modernidade, deixamos de ser capiaus *** E como as metrópoles, passaremos a contar com empresas de ponta como a Votorantim, Makro, Gafisa, e a FGV.
Fonte: Carlos Sperança/Gentedeopinião
csperanca@enter-net.com.br
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