Sábado, 30 de maio de 2009 - 06h34
O sobrevivente
Nos últimos anos o governador Ivo Cassol já foi alvo de impeachment, de ciladas no Senado, duas cassações e, agora enfrenta mais uma determinação de afastamento do cargo, decretado pelo juiz federal substituto, da 2ª Vara Federal de Rondônia, ao qual deve recorrer e possivelmente permanecer nas suas funções mais algum tempo.
É um osso duro
Osso duro de roer – indigerível até – Ivo sobreviveu até as eleições marcadas pelo TRE de Rondônia. Por tudo o que tem ocorrido, o que se vê é que a opinião pública só vai acreditar que o governador caiu do poleiro, quando a decisão ocorrer em última instância, no Supremo. No entanto, prestem atenção, ele já está a caminho de se tornar inelegível para 2010...
Pulando cirandinha
Pelos elogios a administração do governador Ivo Cassol proferidos pelo prefeito de Ji-Paraná José Bianco, durante sua passagem pela capital, na quinta-feira, não é difícil prever que estas consagradas lideranças acabem pulando cirandinha, juntas, nas eleições de 2010. A propósito: vocês já viram Ivo falando mal de Bianco, publicamente? E vice e versa?
Prefeitos em ação
Coincidência ou não, três prefeitos rondonienses, que ganharam bem as eleições em seus respectivos municípios estão se atirando à disputa do Palácio Presidente Vargas no ano que vem: Roberto Sobrinho (PT-Porto Velho), José Bianco (DEM-Ji-Paraná) e Confúcio Moura (PMDB-Ariquemes). É a regionalização da peleja.
A regionalização
Havendo uma disputa regionalizada entre prefeitos, o embate vai exigir que cada um faça o dever de casa, ou seja, que ganhe bem dos adversários na sua região e, se possível, tire uns votinhos dos concorrentes nas suas bases eleitorais. Queiram, ou não, já se fala na sucessão de Cassol, de Papagaio, na região ribeirinha de Porto Velho, a Che Guevara, na Zona da Mata rondoniense.
Largando na frente
Dos três, vejo Moura largando na frente: está bem situado tanto no Vale do Jamari, como na Bacia Leiteira e já tem alianças fortes em Jaru (com os Muletas) e Vilhena (com os Donadons). Tá certo que Confúcio não penetra ainda na capital, onde Bianco é forte e Sobrinho foi campeão de votos, mas tem o melhor início em todo o estado entre esses três alcaides.
Das estratégias
Dos três prefeitos-pretendentes ao governo do estado, apenas o PMDB segue uma estratégia definida com encontros regionais, dando visibilidade para seu candidato. O prefeito José Bianco, de Ji-Paraná, só começou percorrer o estado agora e nem admite que é postulante. E Sobrinho nem começou a botar suas manguinhas no interior, onde ainda é quase um desconhecido. Ou, seja, é um cenário apenas inicial da peleja.
Rondônia a limpo
Os órgãos de comunicação pertencentes ao SGC acabam de iniciar uma campanha contra corrupção, passando Rondônia a limpo. Tem tudo a ver com as eleições de 2010, visando alertar a comunidade rondoniense sobre esse mal que assola o estado e que levou ao despenhadeiro órgãos como o Beron, causando um buraco negro em Rondônia, com uma dívida impagável.
Nova reeleição
Lula e todo o PT negam com veemência o desejo de um terceiro mandato ou de prorrogação de mandatos, para presidente e governadores. No entanto o projeto já foi apresentado no Congresso Nacional e leva em seu bojo o respaldo de quase 200 assinaturas. Se fossem assim tão contras a esse casuísmo, eles não teriam permitido a coisa crescer tanto...
Do Cotidiano
O gargalo estrutural
Presidindo os EUA numa espécie de fio de navalha que acabou interrompendo sua gestão de maneira trágica, John Kennedy já previa a ascensão chinesa e cultivava a reconhecida sabedoria dessa grande nação oriental. Certa vez, ao responder a uma questão a respeito da crise que em seu tempo já se manifestava em seu país, embora de ciclo menos pesado que o crack de 1929 e a atual, de dimensão ainda desconhecida, Kennedy afirmou: “Quando escrita em Chinês, a palavra crise está composta de dois caracteres. Um representa perigo, o outro representa oportunidade”.
No Brasil de hoje, o perigo ronda tudo: com um orçamento cortado até o osso, faltam verbas para a educação e para conter o desmatamento, para aparelhar as Forças Armadas e para a saúde, para os assentamentos agrários e para a agricultura familiar. Não há setor da vida nacional contente com a disponibilidade de recursos. E os novos prefeitos, que planejam uma revoada a Brasília para um tour nos ministérios, terão que retornar a suas cidades e dizer à população para esquecer as promessas feitas na campanha eleitoral, pois a nova regra é pão e água, sujeita ainda a cortes na farinha e no registro da torneira.
Aí está, portanto, o perigo do primeiro ideograma chinês. Mas a palavra também tem um segundo ideograma, que é oportunidade. O que seria oportunidade, no Brasil crítico de um mundo em crise? Ousamos sugerir redução de gastos em tudo que for supérfluo, como fontes luminosas e maquiagens superficiais e custosas, desvio de recursos públicos, corrupção e má aplicação dos caraminguás do erário, para concentrar tudo na infra-estrutura. Será ela que dará ao País a arrancada para o desenvolvimento depois que a crise amainar, pois hoje o crescimento brasileiro é medíocre e no máximo avança em ritmo de atraso relativo – mesmo crescendo, os outros crescem mais –em função do gargalo estrutural.
A crise talvez faça notar menos o risco do apagão, mas ele voltará se a economia começar a se desenvolver entre o ritmo venezuelano e o chinês. Se os agricultores, por exemplo, tirassem da terra tudo o que têm capacidade para produzir, uma nova crise se evidenciaria na falta de infra-estrutura para escoar a produção. Estradas esburacadas e quase sumindo, portos sobrecarregados, falta de investimentos em hidrovias e ferrovias e escassez de armazéns mostrariam uma crise em plena abundância.
Assim, para que a crise para o Brasil não tenha dois ideogramas chineses iguais a perigo, seria necessário criar oportunidades a partir de um foco patrioticamente concentrado na infra-estrutura.
Via Direta
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Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com.br
csperanca@enter-net.com.br
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