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Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 30/11


Prefeitos cassados
Uma coluna sem papas na língua 30/11 - Gente de OpiniãoCassados por bandalheiras, os ex-prefeitos José Amauri (Jaru), Cláudio Pilon (Guajará Mirim) e Irandir Oliveira (Ouro Preto do Oeste), buscam recursos na justiça para voltarem ao poleiro. Até agora nenhum deles conseguiu voltar, mas continuam insistindo. Destes apenas José Amauri arrumou novo emprego, eleito deputado estadual.

Hábitos rondonienses
Existem dois hábitos políticos rondonienses já arraigados. O primeiro é usar força bruta e tomar agremiações políticas na marra, o outro é botar espada na garganta dos adversários para eles se definirem. O segundo costume, por sinal é bem ao estilo rolimorense...

Espada na garganta I
Uma coluna sem papas na língua 30/11 - Gente de OpiniãoPara que o prefeito de Ji-Paraná José Bianco (DEM) decida logo o seu vice, Ivo Cassol lançou a pré-candidatura de Joarez Jardim (PSDC) em Ji-Paraná. Caso Bianco não aceite Jardim na sua chapa como vice, Ivo vai a capital da BR apoiar seu ungido e ameaçar a empada bianquista no Palácio Urupá.

Espada na garganta II
Uma coluna sem papas na língua 30/11 - Gente de OpiniãoJá, em Porto Velho, Valdir Raupp, ao atrair para sua legenda os ex-prefeitos Carlinhos Camurça e Odacir Soares (sim, Odacir foi prefeito e dos bons...) e criar alternativas para sua legenda lançar candidaturas próprias, também botou espada na garganta do prefeito Roberto Sobrinho. Raupp quer indicar o vice do petista.

Grande entusiasmo
Uma coluna sem papas na língua 30/11 - Gente de OpiniãoPor outro lado, vejo enorme entusiasmo dos candidatos a prefeito da base aliada, pelo apoio do governador Ivo Cassol na jornada 2008. Não quero “voduzar” ninguém, mas nas eleições municipais de 2004, os nomes com a bandeira governista só levaram na cabeça. De Everton Leoni em Porto Velho, aos candidatos da Bacia Leiteira – e até em Rolim -, todos só levaram pau.

Índices elevados
Cassol  ainda mantém índices elevados de popularidade no estado, de Porto Chuelo à Riachuelo, no entanto, não tem transferido votos nem para seus parentes. O pai Reditário e o irmão César já tiveram que pendurar as chuteiras por falta de votos.

Em cima do muro
Uma coluna sem papas na língua 30/11 - Gente de OpiniãoDizem que os moradores do edifício Marquezim, onde se abrigam no mesmo teto disputando a prefeitura de Ji-Paraná – José Bianco e Joarez Jardim – estão em cima do muro. No final de semana um morador  do arranha-céu disse que se o pleito fosse hoje haveria empate no edifício . “Tem muita gente em cima do muro e não quer desagradar ninguém”.

Sede de justiça?
Geralmente a gente está acostumado com o povo clamar por sede de justiça, né? Em Rondônia, é a justiça que tem sede! Todo mundo quer a pele do deputado estadual Miguel Sena (PV-Guajará Mirim) para fazer tamborim por causa do seu projeto  que corta vantagens aos juizes, conselheiros, desembargadores etc.

Novas lideranças
Sondagens de um instituto de Minas Gerais para aferir o nascimento de novas lideranças políticas no estado, apontaram dois nomes muito fortes no interior. Em Cacoal, o padre Franco, em Ji-Paraná, o empresário Mirandex. O interessante é que nenhum quer disputar eleições e ambos mantém uma certa distância da política.

Grande sonho
O grande sonho do governador Ivo Cassol é a construção do Centro Administrativo de Rondônia. Todo dia ele tira a maquete do cofre, onde está escondido a sete chaves, para ficar ninando o projeto. As obras já estão no orçamento para 2008 e a renegociação das dívidas com o Beron, que podem redundar numa economia de R$ 10 milhões, poderão apressar o seu sonho.

Do Cotidiano
Um mundo sem empregos?
A pensadora Hannah Arendt (1906–1975) se assustava com a idéia de que o desenvolvimento tecnológico iria determinar crescentemente a extinção de inumeráveis postos de trabalho. “Aquilo com que nos defrontamos”, dizia ela, “é a perspectiva de uma sociedade de trabalhadores sem trabalho, quer dizer, sem a única atividade que lhes cabe. É certo que nada poderia ser pior do que isso”. Os temores da filósofa alemã estão se confirmando, como comprovou mais recentemente outro pensador, o americano Jeremy Rifkin. Em seu livro atemorizante intitulado O Fim do Emprego, ele sentencia:
– Hoje, um terço da força de trabalho mundial – algo em torno de um bilhão de pessoas – está sem emprego, mas não vive em “cabanas eletrônicas”, não está no “setor de serviços” nem se dedica, aparentemente, ao ócio criativo. Pelo contrário, o que as estatísticas mostram é que esses milhares de desempregados seguem ligados ao mesmo “paradigma do trabalho”, só que agora como trabalhadores terceirizados ou subcontratados, com direitos cada vez mais limitados.
Rifkin argumenta que a máquina está cada vez mais barata. Utilizam-se duas de cada vez: quando uma sofre avaria, outra, que não gera nenhum encargo adicional, a substitui. Quando não há mais conserto, troca-se. Tudo isso sem ações trabalhistas ou dores na consciência. E enquanto a máquina se torna barata e prática, o homem está cada vez mais caro: o custo de vida e as necessidades urbanas o levam a reivindicar reajustes de salários e os compromissos de quem contrata representam encargos perante o Estado. Máquinas não fazem passeata nem greve.
O Banco do Brasil, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e o Sebrae, com o apoio de diversas entidades empresariais, promoveram nas principais cidades do País o Mutirão da Cidadania Empresarial, com a finalidade de convencer os empresários hoje na informalidade a formalizar sua situação. Mas o que se viu foi uma adesão ainda restrita e relutante, até porque há muitas empresas no limite da marginalidade e outras completamente ilegais, como as voltadas aos “negócios” do tráfico de drogas, do contrabando, da rapinagem florestal.       
A “carteira assinada” vai rareando, pois os novos empregos, quando surgem, já nascem na informalidade. Com isto, mais da metade dos trabalhadores brasileiros estão à margem dos direitos trabalhistas e por mais que os mutirões da cidadania empresarial se multipliquem, as condições gerais da atual etapa de desenvolvimento do capitalismo no mundo ditam regras completamente opostas.
Falta a emergência no planeta de um novo humanismo, que se preocupe não apenas em reciclar plástico, papelão e vidro, mas também reciclar homens, esses materiais cada vez mais inservíveis.

Uma coluna sem papas na língua 30/11 - Gente de OpiniãoVia Direta
*** A senadora Fátima Cleide (PT-RO) é autora de emenda de bancada para a construção de viadutos e pavimentação das vias marginais da BR-364 em Porto Velho *** Começou a encalhar a venda de apartamentos e salas comerciais em Porto Velho *** Houve exagero na oferta e agora já tem empresário do ramo chorando as mágoas

Fonte: csperanca@enter-net.com.br

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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