Terça-feira, 31 de março de 2009 - 06h02
Repaginação
Não foi apenas a ministra Dilma Rousself, presidenciável do PT, que deu uma repaginada tendo em vista as eleições de 2010. A senadora Fátima Cleide (PT-RO), que voltou a crescer politicamente nos últimos meses, provocando uma verdadeira reviravolta no cenário regional - caprichou no visual, e já esta em plena forma para a campanha que se avizinha.
Demarcando território
Ontem, ao participar de audiência sobre a violência contra a mulher, na Assembléia Legislativa, a senadora Fátima foi paparicada e saudada por devotos, como futura governadora. Conversei com a senadora sobre uma possível ascensão ao Palácio Presidente Vargas, por conta da cassação do governador Cassol e, ela foi muito clara em afirmar que seu projeto é 2010.
Queda brutal
Levantamento da Confederação Nacional dos Municípios –CNM demonstra uma queda brutal nas receitas do governo federal, de março de 2008 a março de 2009, o que trouxe impacto negativo sobre os repasses da União para os municípios. A maioria dos estados da Amazônia foi seriamente afetada, como Tocantins, (- 20,6) Amazonas (-20,5) e Amapá (-17,5).
Menor queda
Mesmo já sentindo os reflexos da crise, o estado de Rondônia foi o que teve a menor queda real em todo Brasil, no rateio do Fundo de Participação dos municípios-FPM, o que mostra o vigor da economia rondoniense. Estabelecida as comparações entre 2008 e 2009, a CNM constatou que a diminuição foi apenas de 10,7 por cento em nosso estado.
Deu á louca....
Pelo que tem ocorrido em Rondônia e no país afora, se pode concluir que deu a louca na justiça brasileira. As sentenças acabam sendo ridicularizadas com o tempo, como foi o caso da condenação da empresária Eliana Reanchesi, dona da rede de lojas Daslu, condenada a 94 anos de prisão por crimes fiscais. Não chegou a ficar uma semana na cadeia, solta por força de hábeas corpus.
...Na justiça
Em Rondônia, as cassações dos mandatos de Expedito Júnior e Ivo Cassol se banalizaram, sem resultados. Pior mesmo foi o TRE que marcou até a realização de novas eleições ao governo do estado em Rondônia, no ano passado, que acabaram não acontecendo. Pior: ninguém acreditava que aconteceriam. Não apareceu um único candidato para disputar aquela eleição.
As definições
Catimbeiro do jeito que é, o ex-governador José Bianco sempre posterga as decisões. Aliados bianquistas já discutem com entusiasmo, se deve disputar uma vaga ao Senado (ele foi o mais votado em 94), ou ao governo do estado. Seja qual a definição do atual inquilino do Palácio Urupá, ela não deve pintar antes de 2010. Quinta feira ele vai ao programa do Mauricio Calixto, na Rádio Rondônia FM, em rede estadual. É hora de apertar o bicho!
A resistência
Em menos de dois anos, o grupo político ligado ao governador Ivo Cassol tentou tomar o PSDB de Rondônia goela baixa pelo menos em meia dúzia de oportunidades. Em todas – e olhem que havia as ofertas eram tentadoras - Ivo e cia perderam a parada para o atual dirigente, o ex-deputado federal Hamilton Casara.
Fortalecido
Raramente algum político consegue derrotar Cassol em duelos como este. Casara – ninguém imaginava que conseguiria suportar todo esse tempo ao poderio palaciano – resistiu à estratégia de ocupação tucana e ainda saiu fortalecido, já que o Diretório Nacional lhe delegou poderes para entabular os entendimentos para as alianças regionais para 2010. Desta vez o czar da Zona da Mata se deu mal.
Do Cotidiano
A crise municipalista
O drama da falta de recursos para os municípios tem se arrastado á décadas e se agravado nos últimos anos pelo apetite desmedido da União, centralizadora e injusta no rateio dos tributos. Com a crise global, a situação municipalista que já era ruim, piorou ainda com a brusca queda da distribuição do Fundo de Participação dos Municípios-FPM.
Não é de hoje que os Estados e a União vêm repassando demandas a mais para os municípios, que não tem como arcar com todas as responsabilidades. Saúde e segurança pública afetas aos governos estaduais e federal são alguns exemplos marcantes de uma nova realidade que sacrifica os parcos recursos municipais.
Para atender áreas congestionadas, como a de saúde, os prefeitos brasileiros são obrigados a fazer malabarismos. Tampouco conseguem melhorar o transporte coletivo, a coleta de lixo, dar infra-estrutura aos bairros mais carentes.
A realidade rondoniense não é diferente. A maioria dos municípios é dependente dos recursos dos tributos distribuídos pelo estado e pela União. Com arrecadações em queda livre em Rondônia e, também do tesouro nacional, mais o recente corte na distribuição de recursos de emendas de bancada, muitas obras projetadas nos municípios ficarão no papel.
No Estado de Rondônia toda esta situação é mais aflitiva em vista do desempenho do agronegócio, caindo em queda livre. Os pedidos de importação de madeira e da carne e derivados despencaram e com isso, temos madeireiras e frigoríficos fechando causando desemprego e também influindo decisivamente na redução da coleta de impostos. As conseqüências são as maiores possíveis, principalmente para o interior do estado, afetando terrivelmente os pequenos e médios municípios, cujos prefeitos não têm para onde correr para atender suas demandas sociais.
Para tentar reverter esta situação de penúria, com apoio das suas bancadas federais de deputados e senadores, os prefeitos brasileiros se reúnem dia 7 de abril em Brasília, sob o comando da Confederação Nacional de Municípios. Os prefeitos querem, entre outras reivindicações, a exclusão da contrapartida das prefeituras nos convênios estabelecidos com os governos estaduais e federal e a prorrogação das medidas relativas à redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados-IPI excluindo desse benefício, a parte do tributo que é partilhada com os municípios.
Via Direta
*** A Eucatur festeja hoje em todas as suas filiais – atinge quase todo o país – mais um aniversário *** A empresa é a mãe da holding, que hoje atua desde o mercado agropecuário até ao ramo de comunicações *** Siglas barriga de aluguel, como o PHS já se movimentam em torno das eleições de 2010, buscando composições vantajosas *** Enquanto a reforma política partidária não sai, as coisas na política não vão mudar mesmo.
Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com.br
csperanca@enter-net.com.br
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