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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 31/10


Uma coluna sem papas na língua 31/10 - Gente de OpiniãoGrande desconfiança
Em virtude da adulteração do leite constatada em Minas Gerais e Rio Grande do Sul, na maioria dos estados o Ministério Público entrou em ação determinando ao Procon promover a coleta de amostras de todas as marcas para análise. Espera-se o mesmo rigor em Rondônia, já que onde se vende carne clandestina aos montes, tudo pode acontecer...

Ossadas do cemitério
Pobre não tem direito nem a permanecer com as ossadas dos parentes no cemitério de Santo Antônio? Pelo que se anuncia, aquelas famílias que não conseguiram construir túmulos para seus ente-queridos já estão ameaçadas de verem as ossadas incineradas. Já existe até um prazo para os familiares se manifestem a respeito.

Grande desgaste
Quero alertar a municipalidade para o enorme desgaste que a medida poderá causar em Porto Velho. Acho isso um absurdo e com certeza se a medida for levada a sério, a incineração vai gerar um enorme desgaste. Tenho certeza que os petistas vão reverter a decisão da administração dos cemitérios.

Muitos gravetos
Uma coluna sem papas na língua 31/10 - Gente de OpiniãoTem muita gente estimulando o sonho do governador Ivo Cassol de disputar a presidência da República. Em algumas localidades do Médio Guaporé, onde Cassol chegou a receber quase 90 por cento dos votos válidos na eleição passada, fala-se do Movimento Ivo Cassol Presidente. O mesmo ocorre na Zona da Mata. Já, na capital, predominam as piadinhas.

O municipalismo
Carente de recursos, o municipalismo brasileiro continua berrando. No Oeste do Paraná, principal pólo exportador de migrantes para Rondônia nas décadas passadas, 19 das 50 prefeituras vão trabalhar em turno único e 13 delas vão conceder férias coletivas neste final de ano. Em Rondônia o maior problema das administrações  municipais é de recursos para atender as demandas sociais, como a saúde.

Grande peleja
Com duas vagas para serem renovadas em 2010, chama atenção os primeiros lances para a disputa ao Senado. O governador Ivo Cassol já anunciou a disposição de entrar na peleja e ninguém duvida que uma vaga será dele. Para outra vaga, podem entrar no páreo: Valdir Raupp, Fátima Cleide, José Bianco ou Moreira Mendes.

Balão de ensaio
Uma coluna sem papas na língua 31/10 - Gente de OpiniãoNa verdade a profusão de candidaturas a prefeitura de Porto Velho não passa de balões de ensaio. As legendas governistas tendem a fechar com Lindomar Garçon e as da base do Palácio Tancredo Neves com o prefeito Roberto Sobrinho. Só com isso umas seis postulações vão acabar indo para o espaço.

Toma, papudos!
Os políticos mais experientes vão deixar para se lançar depois do carnaval ou até mesmo nas convenções municipais de julho. Lançamento de candidatura agora só dá prejuízo e desgaste: tem eleitores já com a lista de candidatos na mãos para pedir telhas, cestas básicas, dentaduras etc.

Cines fechando
Com os cines Veneza e Brasil fechando suas portas a partir do dia 1º de novembro,  quinta-feira, só restará aos portovelhenses como opção o Cine Rio, anexo ao shopping Rio, na avenida Carlos Gomes. Nas capitais brasileiras onde o combate a pirataria é mais rigoroso, os cines ainda resistem. Não foi o caso em Porto Velho.

Uma coluna sem papas na língua 31/10 - Gente de OpiniãoO mais feio
Coube a senadora Fátima Cleide (PT-RO), como relatora do projeto da homofobia, dançar com o mais feio do baile. Ela envida todos esforços para conciliar os interesses daqueles que lutam contra a discriminação aos homossexuais, mas ao mesmo tempo também se vê obrigada a atender os reclamos da Frente Parlamentar Evangélica que tem restrições a matéria. É uma equação de difícil solução.

Do Cotidiano
Um perigoso corredor
Por causa de um jogo de empurra-empurra entre a União, estado e municípios, a BR-364 se transformou num perigoso corredor de ambulâncias em Rondônia. Quem viaja constantemente pela rodovia JK (ex-Marechal Rondon), se depara com esse cenário provocado pela disputa travada entre o governo  e alguns prefeitos que não chegam a um entendimento. “O governo não apoia os municípios e por isso somos obrigados a enviar os pacientes à capital”, reclamam os alcaides. Os governistas devolvem: “Os prefeitos precisam fazer a sua parte”.
Na verdade, nenhum lado está mentindo sobre a pendenga, mas é preciso chegar a algum acordo, já que a população acaba sendo tratada na área de saúde como bois no pasto. Aliás, gado em Rondônia tem sido mais prioridade para a classe política, já que os seres humanos são submetidos a toda sorte de humilhações para conseguirem fichas para serem atendidos em boa parte dos municípios do estado.
Como a sobrecarga nos hospitais públicos da capital se tornou um  fardo pesado, muitas ambulâncias já estão voltando para o interior sem conseguir atendimento para os pacientes. Alguns enfermos apelam para os senadores, deputados federais e estaduais para  poderem receber atendimento.
Vamos resumir tudo: a falta de recursos para a área de saúde atinge duramente os estados e municípios. Sem caixa para atender tanta demanda, governadores e prefeitos em todo país travam disputas regionais. Sobra para a população.
Mas tem ainda, no caso rondoniense, falta de estratégia provocando  episódios desgastantes já que se aplicam verdadeiras fortunas com a saúde em Rondônia em transportes. Sabe-se de casos até  de paciente com  dedão quebrado em Pimenteiras remetido para os hospitais da capital, numa distância de quase 800 quilômetros.
Caso fosse adotada a estratégia da regionalização da saúde, com hospitais de base também em Ji-Paraná e Vilhena, a economia para os cofres públicos, só em transportes de enfermos seria de milhões de reais ao ano, possibilitando com esses recursos outros investimentos na sáude e demais demandas sociais.
Além de Porto Velho, os pólos regionais de Ji-Paraná, Ariquemes e Vilhena se vêem obrigados a atender as demandas de municípios próximos, sem a devida contrapartida das esferas estaduais e federais. A situação é mais grave na capital, mesmo sem contrapartida da União,  tanto o Hospital de Base como o Pronto-Socorro João Paulo II chegam atender doentes da Bolívia, do Sul do Amazonas, parte do Mato Grosso e do vizinho Acre.

Via Direta  
*** Em Buritis o vereador José Teixeira (PTB) exige a apuração das denuncias sobre favorecimentos na distribuição da bolsa-família *** O PT rondoniense já abriu os debates visando a renovação do Diretório Estadual em dezembro *** A Secretaria de Educação de Ji-Paraná já trabalha num calendário de eventos para os festejos do 30º  aniversário de emancipação em novembro.

Fonte: csperanca@enter-net.com.br

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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