Sábado, 31 de outubro de 2009 - 06h29
Uma reviravolta
A posse do senador Acir Gurgacz (PDT-RO) nesta terça-feira em Brasília marca a primeira reviravolta no cenário regional com vistas ás eleições de 2010. O pedetista rompe barreiras de isolamento impostas pelos dois grandes blocos (base governista e aliança PT-PMDB) e, com melhores cartas na manga, agora entra na peleja sucessória ao governo do estado pra valer.
Cartas na mesa
Uma coisa era Expedito Júnior ocupando a cadeira no Senado e com toda força para impor sua candidatura ao governo estadual até sem o aval do governador Ivo Cassol. Outro cenário é ele enfraquecido, desmoralizado e afastado pela cassação, obrigado a se submeter agora aos projetos do chefe. E Ivo esta deixando bem claro: quer que Júnior seja candidato ao Senado, em dobradinha. Ambos fazendo escada para João Cahulla disputar a sua sucessão.
Trio parada dura
Cassol que tinha perdido as rédeas da base governista para Expedito, volta a ter controle da situação, impondo suas cartas. Mas é um exagero ele querer impor para Rondônia dois senadores de Rolim (ele e Expedito), mais Cahulla governador (igualmente rolimorense). Esta na cara que tem um ou dois – jamais ele - vão acabar dançando no pleito do ano que vem.
Homem das façanhas
Esta certo que Cassol é autor das proezas mais importantes da política rondoniense. Cria de Bianco em 2002, engoliu com farofa o criador. Naquele segundo turno fantástico todas as forças políticas de Rondônia se uniram contra ele e acabaram derrotadas, numa peia inesquecível. Tem a reeleição (ninguém tinha conseguido a façanha), viradas do impeachment etc. Mas o que ele quer agora é demais: se eleger ao Senado e carregar na costas Junior e Cahula.
Todos ganharam
A grande verdade é que a cassação de Expedito mudou completamente o cenário regional. Vários políticos estavam desconfortáveis com o pique do tucano. Vejam quem acabou levando vantagem: 1 – Cahulla foi favorecido já que seu rival na base aliada teve as garras aparadas 3 – Cassol que tinha perdido o controle sobre Expedito, retomou 4 – E abre-se caminho também para Bianco entrar nas paradas.
Próxima reviravolta
A próxima reviravolta no cenário regional poderá ocorrer com a cassação e afastamento do governador Ivo Cassol, cujo caso entra em pauta em novembro. Neste caso assume o Palácio Presidente Vargas o presidente da Assembléia Legislativa Neodi Carlos, que com a máquina na mão garante a disputa do mandato tampão e em 2010 a candidatura a “reeleição”.
Alianças em estudos
Ao desembarcar de Brasília, onde acompanhou a votação da PEC da Transposição, o deputado federal Mauro Nazif, presidente regional do PSB-RO, afirmou que o partido já abriu entendimentos para alianças nas eleições proporcionais. Para as majoritárias (ao governo) o assunto será avaliado nos encontros regionais que o partido realiza no estado.
Camurça em alta
Os pré-candidatos a Assembléia Legislativa do PP estão dispostos a criar um grupo de apoio à candidatura do ex-prefeito de Porto Velho Carlinhos Camurça à Câmara Federal ou até mesmo indicá-lo para ser postulante a vice governador na chapa governista que terá João Cahulla (PPS) na cabeça. Querem limpar a área de concorrência forte.
Pesos pesados
O problema no PP é a presença de muitos pesos pesados na disputa das cadeiras a ALE. A nominata começa com Jaqueline Cassol (Rolim e Zona da Mata), passa pelo deputado estadual Maurão de Carvalho (região do Café), continua com Mano Textoni (Ouro Preto), Lucia Tereza (Espigão do Oeste), Milene Mota (Rolim de Moura), além do próprio Carlinhos. É muito tigre no mesmo capão.
Do Cotidiano
Demandas municipalistas
O drama da falta de recursos para os municípios tem se arrastado á décadas e se agravado nos últimos anos pelo apetite desmedido da União, centralizadora e injusta no rateio dos tributos. Com a crise global, a situação municipalista que já era ruim, piorou ainda com a brusca queda da distribuição do Fundo de Participação dos Municípios-FPM.
Não é de hoje que os Estados e a União vêm repassando demandas a mais para os municípios, que não tem como arcar com todas as responsabilidades. Saúde e segurança pública afetas aos governos estaduais e federal são alguns exemplos marcantes de uma nova realidade que sacrifica os parcos recursos municipais.
Para atender áreas congestionadas, como a de saúde, os prefeitos brasileiros são obrigados a fazer malabarismos. Tampouco conseguem melhorar o transporte coletivo, a coleta de lixo, dar infra-estrutura aos bairros mais carentes.
A realidade rondoniense não é diferente. A maioria dos municípios é dependente dos recursos dos tributos distribuídos pelo estado e pela União. Com arrecadações em queda livre em Rondônia e, também do tesouro nacional, mais o recente corte na distribuição de recursos de emendas de bancada, muitas obras projetadas nos municípios ficarão no papel.
No Estado de Rondônia toda esta situação já foi mais aflitiva em vista do desempenho do agronegócio, que agora volta a crescer. Os pedidos de importação de madeira e da carne e derivados aos poucos vão voltando. As conseqüências são as maiores possíveis, principalmente para o interior do estado, afetando terrivelmente os pequenos e médios municípios, cujos prefeitos não têm para onde correr para atender suas demandas sociais.
Para tentar reverter esta situação de penúria, com apoio das suas bancadas federais de deputados e senadores, os prefeitos brasileiros tem se reunido em Brasília, sob o comando da Confederação Nacional de Municípios. Os prefeitos querem, entre outras reivindicações, a exclusão da contrapartida das prefeituras nos convênios estabelecidos com os governos estaduais e federal e a prorrogação das medidas relativas à redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados-IPI excluindo desse benefício, a parte do tributo que é partilhada com os municípios.
Via Direta
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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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