O recordista
A tendência de reeleição dos prefeitos ocorre em boa parte das capitais brasileiras revelando verdadeiros campeões, como Cícero de Almeida, de Maceió, beirando os 80 por cento de intenções de votos nas pesquisas. Confirmando-se as sondagens deverá ser o grande recordista da temporada.
Turno único
Estima-se que pelo menos 10 prefeitos das 26 capitais brasileiras deverão se eleger em primeiro turno, entre eles o portovelhense Roberto Sobrinho que, conforme sondagens recentes já teria ultrapassado os 60 por cento de intenções de votos. Confirmando-se isso nas urnas, será um dos mais votados das capitais, galgando projeção nacional.
Na ponteira
Os prefeitos Beto Richa (PSDB-Curitiba) e Íris Rezende (PMDB-Goiânia) beiram os 70 por cento de intenções de votos e se encaminham para uma reeleição tranqüila como também Nelsinho Tradd (PMDB), em Campo Grande. Já, em Porto Alegre, José Fogaça (PMDB) embora liderando as paradas deverá enfrentar um perigoso segundo turno.
Nos dois maiores colégios eleitorais do país, São Paulo e Rio de Janeiro, a tendência é de eleição em dois turnos com pelejas acirradas. Em São Paulo a petista Marta Suplicy ponteia a jornada, mas terá que enfrentar o tucano Geraldo Alckmin num segundo turno. Já, no Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB) e o bispo Marcelo Crivella se encaminham para o próximo turno.
Em Rondônia
Em Rondônia existe uma clara inclinação de reeleição de prefeitos em alguns municípios, como Ji-Paraná e Ariquemes. Mas a mesma projeção não ocorre em Pimenta Bueno, Rolim de Moura, Guajará Mirim e Colorado do Oeste, onde os opositores se mostram melhor vitaminados, com paradas mais equilibradas.
Voto a voto
Também se constatam os casos de municípios onde a briga será palmo a palmo, com tendência de acirramento nos últimos dias, em vista do equilíbrio de forças. São os casos dos confrontos entre Melki Donadon x Zé Rover em Vilhena, de Gilson Borges x Lurdinha do PT em Presidente Médici e, de Chico Pernambuco x Dinho Souza em Candeias do Jamari
A paternidade
A paternidade da construção da Maternidade Municipal em Porto Velho acabou na justiça. O projeto começou na gestão Chiquilito Erse e o prédio foi construído durante a administração do prefeito Carlinhos Camurça. Com recursos municipais, estaduais e federais, o atual prefeito Roberto Sobrinho equipou e botou o hospital para funcionar. São três pais.
Camurça incomodado
O ex-prefeito Carlinhos Camurça chegou a barrar na justiça a propaganda eleitoral do atual prefeito no tocante a maternidade. Camurça está incomodado porque o prefeito petista tem mostrado na TV como recebeu da administração anterior a área de saúde. E em obras? Não tinha uma enxada para capinar o pátio daquela secretaria...
Coisa de louco!
Verificando a performance dos candidatos a prefeito da base aliada do governador
Ivo Cassol Rondônia afora constata-se que o mandarim não está conseguindo passar votos para os aliados. A mesma coisa ocorreu no pleito passado. Portanto, não se pode atribuir vitórias, tampouco derrotas nas contas do governador.
Um dos maiores índices de popularidade de Cassol no estado ocorre em Ariquemes. Lá, seu candidato Lourival Amorim deve sair das urnas com uma das maiores derrotas no estado, infligida pelo atual prefeito Confúcio Moura. O que dizer de Porto Velho? Ivo fez aqui mais votos que toda a oposição em 2006 e o desempenho de Garçon é aquele que todos estão vendo.
A realidade amazônica
Eles chegam, aplicam suas teorias ao que vêem ou ouvem falar e se vão, a escrever livros e fazer palestras pelo mundo afora. Alguns são mais honestos, outros menos. Mas, honestos ou não, são as impressões que eles vão transmitir ao Primeiro Mundo os motores responsáveis pela geração da imagem do País no exterior.
Um dos mais respeitados depoentes sobre a realidade amazônica, sem dúvida, é o professor francês Alain Ruellan, que leciona Ciência do Solo. Uma palestra dele na sessão sobre a Amazônia brasileira, realizada pelo Tribunal Permanente dos Povos, em outubro de 1990, em Paris, ainda hoje baliza a opinião estrangeira sobre a Amazônia e o Brasil.
Para Ruellan, a Amazônia é, antes de tudo, os povos; também, as imensas riquezas naturais; finalmente, é um fator de equilíbrio a níveis local, regional e mundial. Quanto aos povos, que estavam aqui antes da chegada dos portugueses e dos espanhóis, hoje, mesmo lutando por sua autonomia e identidade, "não são mais do que algumas dezenas de milhares cuja existência e os direitos continuam a ser ridicularizados", no conceito do professor francês.
Mais recentemente, a propósito do encontro entre o presidente Lula e seu colega francês, Sarkozy, ele dirigiu um apelo ao povo brasileiro, que igualmente repercutiu pelo planeta afora:
– Temos que agir rapidamente, muito rapidamente. Trata-se de uma corrida, uma corrida para ocupar a floresta e viver da floresta antes que ela seja sucateada e desapareça. Agir rapidamente, e agir no plano federal, em caráter de urgência, fazer a escolha política clara do desenvolvimento sustentável. (...) multiplicar os locais de pesquisa e de ações, dando prioridade àqueles que fizeram à escolha política e socioeconômica do desenvolvimento sustentável. Não é um único instituto da biodiversidade amazônica que devemos criar, mas uma rede de pequenos institutos, apoiando-se no que já existe. A imensa Amazônia é diversa: diversidade biológica, ecológica, humana; diversidade de experiências adquiridas. São essas diversidades que temos que descobrir e valorizar. Então vamos evitar mais um grande projeto que será mais uma vez arquivado.
Goste-se ou não dessas "palpitações" do professor francês sobre a realidade amazônica, a verdade é que nem todos os estrangeiros acham que a capital do Brasil é Buenos Aires. O grande conhecimento de Ruellan sobre solos o habilita a pelo menos saber o que anda acontecendo com eles, ao pisar no chão amazônida
Via Direta
*** É o fim da picada: tem político botando outro político para vigiar se sua teúda e manteúda lhe é fiel *** Tudo por causa do veterano Boto, que não se reelege há década, mas chifra até os amigos *** Aumentam os acidentes nas cidades cortadas pela BR-364 em Rondônia *** É o caso de se instalar passarelas elevadas nos pontos críticos.
Fonte: Carlos Sperança/Gentedeopinião