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Carlos Sperança

Vai chegando ao fim da era dos grandes caciques políticos rondonienses - Por Carlos Sperança


O campo de sonhos

Ainda sem muito sentido, porque a campanha eleitoral é um campo de sonhos e o governo é a realidade das leis locais e convenções internacionais, a Amazônia volta a concentrar as atenções do mundo com a dúvida sobre se o Brasil vai respeitar o Acordo de Paris ou se alinhar ao desacordo do presidente estadunidense Donald Trump.

Blefar pode ser uma decisão boa num jogo recreativo de cartas, não quando se trata do destino de uma nação e da humanidade. Com isso, os ambientalistas pressionam, apostando que o Brasil terá muito a perder copiando Trump sem ter o poder de barganha de que os EUA dispõem em quedas de braço como as do clima e da guerra comercial.

A globalização ainda é uma realidade e o nacionalismo beneficia mais as nações autossuficientes e internamente unidas, condições das quais o Brasil ainda está distante.

O debate sobre o clima tende a se intensificar quando as claques de torcidas eleitorais silenciarem diante do fato de que as bravatas da campanha terão dificuldades para se efetivar.

Valerá a pena comprar briga com mais de 150 países por causa do clima, a retaliação dos países árabes no caso de mudar a embaixada brasileira para Jerusalém ou hostilizar a China?




Falam as urnas
Num cenário de fake news, de jogadas rasteiras do candidato em desvantagem, os rondonienses vão às urnas neste domingo. São quase 1,2 milhão de eleitores e o candidato liberal Marcos Rocha levando grande vantagem nos principais colégios eleitorais. Expedito, que começou a jornada na frente, reserva suas esperanças nos pequenos e médios municípios.


As articulações
Nos bastidores, os francos favoritos para a eleição de hoje, conforme as pesquisas vigentes, o presidenciável Jair Bolsonaro e o governadoravel Marcos Rocha já começam as primeiras sondagens para seus futuros governos. Na esfera federal a bancada do PSL, com as fusões e incorporações de siglas deve atingir a casa dos 70 deputados federais. A maior do Congresso.


Tem revanche!
Alguns dias depois da sua grande vitória, o deputado estadual Leo Moraes (Podemos- Porto Velho), o mais votado a Câmara dos Deputados, voltou às ruas de megafone, para agradecer o eleitorado. Não significa só gratidão, não. Já é um forte indicio que vai disputar o Paço Tancredo Neves em 2020, numa grande revanche com o tucano Hildon Chaves. Vai ser sensacional!


Batendo recorde
Com Jair Bolsonaro atingindo 78 por cento de intenções de votos em Rondônia e Marcos Rocha quase os 70 por cento, teremos dois grandes recordes de votos à presidência e ao governo do estado nesta eleição de domingo. Já se pode prever uma diferença estratosférica pró Rocha neste embate, algo jamais visto em todos os tempos em Rondônia.


Caindo fora
É sempre assim nas eleições em Rondônia. Quando se vê o candidato ao governo caindo pelas tabelas, como é o caso do tucano e cavalo paraguaio Expedito, a debandada aumenta, muitos se fazem de mortos para a campanha, outros trocam de lado, tantos renegam o candidato antes que o galo cante, os adesivos de carros somem. Conclamo aos tucanos cabisbaixos que se animem, fiquem firmes, para que a diferença não atinja quase 200 mil votos!




Via Direta

*** Vai chegando ao fim da era dos grandes caciques políticos rondonienses, com as lideranças mais jovens tomando conta do pedaço *** A tendência já vem desde as eleições municipais, com nomes emergentes como Japonês da Granja (Vilhena), HIldon Chaves (Porto Velho), Thiago Flores (Ariquemes) entre outros *** Em toda a eleição para a Assembleia Legislativa os militares de Rondônia trocam seu deputado estadual *** Em 2018 a vitima foi Jesoíno Borabaid mesmo com ações intensas em favor da categoria.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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