Segunda-feira, 14 de setembro de 2020 - 09h04
Bagé, 14.09.2020
Porto Velho, RO/ Santarém, PA ‒ Parte XII
“BANDEIRA” de
Francisco de Mello Palheta – IV
Começamos a passar a 9 de julho e a 12 do
dito é que saímos dela, e logo avistamos o apartamento ([1]) do Rio
([2]) que vai
ao Sul, para onde seguíamos a nossa jornada, deixando o famoso Rio da Madeira a
Oeste, entramos pelo dito a que os espanhóis chamam Mamuré ([3]), e
neste mesmo dia passamos dele a primeira Cachoeira ([4]).
Sendo pela manhã do dia seguinte depois de
Missa partimos a passar a dita temeridade da Cachoeira, e posta a galeota do
Cabo para ser a primeira na passagem, não foi possível, porque assim que fomos
puxando por ela, para subir um degrau, que só teria seis palmos de altura, por
ser muito direita a queda que fazia a água com a velocidade que despenha ([5]) a fúria
da correnteza, logo sem mais tempo nem dar tempo se foi a pique largando toda a
pobreza que levava dentro em si, sem dar tempo a que lhe pudéssemos acudir,
porque inda que fossem as amarras do mais fino linho não poderiam ter mão a
estas grandiosas correntes.
Ficou o nosso Cabo nesta alagação
destituído de tudo, que uma viagem com dois naufrágios é grande perdição, e sem
poder neste sertão remediar-se do preciso; aqui ia morrendo um Soldado afogado
se lhe não acudissem; vendo o Principal José Aranha que a primeira se afundava
nem por isso deixou de se submeter ao perigo, e querendo passar a sua, lhe
disse o Cabo repetidas vezes: quantos hoje hão de ficar órfãos; e indo-se já
puxando por duas grossas cordas, tornou a repetir o Cabo aos índios que na
galeota iam, que tirassem as camisas para as não perderem; não tinha bem
acabado de dizer, quando logo se foi a galeota a pique arrebentando as duas
cordas, e por grande diligência do Cabo, a tiramos do fundo do Mar, que já
estava cativa das temerárias pedras e soberbas ondas que faz, levantando outra
vez ao alto a correnteza que vai de riba.
Aqui obrou Nossa Senhora do Carmo um
grande milagre, porque um índio nosso chamado Martinho, por enfermo dos olhos
estava em uma rede debaixo dos paióis da canoa e escapou sem moléstia quando a
canoa se subverteu, de sorte que o susto bastava para molestar.
Estivemos dois dias consertando as duas
galeotas e no 3º dia fomos seguindo viagem, sempre levando por proa aquela
máquina de pedras e com o trabalho de ir puxando as nossas galeotas até o Porto
do gentio chamado Cavaripuna, e como os espias deram com um caminho seguido de
gentio, mandou o Cabo uma escolta boa procurando ao Principal daquela nação, e
se recolheu a dita escolta com seis pessoas, a saber, um índio de meia idade
com dois filhos maiores, duas crianças e a índia mãe desta família.
E vindo estes tais à presença do Cabo,
lhes mandou perguntar se entre eles vinha algum Principal, ao que respondeu o
índio pai da família que não, e que temido dos brancos de cativá-los, viviam
separados, cada um por seu Norte distinguidos e de sua nação, solitário ele
vivia naquelas brenhas, mas que sabia que o Principal Capeju, que da outra
banda do Rio vivia, desejava muito de ter fala de brancos para se comerciar.
Ouvido pelo Cabo e certificado de seu
dizer, lhe perguntou que dias se gastaria a chamar o dito Principal Capeju;
disse que quatro dias e que ele mesmo o iria chamar e que esperássemos depois
de passada a última Cachoeira ([6]), e que
por firmeza de sua palavra deixaria na nossa companhia sua mulher e filhos;
despediu o Cabo ao índio [com dois índios mais nossos que lhe falavam a gíria]
com bastantes mimos, de ferramentas, facas e avelório aos 18 de julho.
Logo que amanheceu o seguinte dia, nos
fomos aposentar na espera do gentio, onde estivemos dez dias e como não vieram,
prosseguimos nossa derrota até as Bocas dos Rios de água branca e de água
preta, onde chegamos no 1° de agosto.
Este caudaloso Rio d’água preta se aparta
do Rio Branco, correndo na Boca a Sueste Quarta de Sul, a cujo Rio chamam os
espanhóis Itenis ([7]),
e o dito Rio Branco parte a Sudoeste quarta de Oeste, na entrada a que também
os espanhóis chamam Mamuré. Entre estes dois Rios nos aposentamos em uma longa
Praia de areia e daqui seguimos o Rio Branco por nos parecer mais pequeno [como
é] e este declarar sinais de habitado, porque não há estalagem de gente que
nele cursa que não tenha cruz. Doutrina seguida em aquela Povoação já seguimos
[com estes vestígios] a nossa fatal viagem com a esperança de aproveitar com
fruto tanto trabalho e perigos de vida.
E sendo a 6 de agosto, a sentinela que
fazia o quarto da lua falou a uma canoa que vinha Rio abaixo com dez índios
espanhóis, foi o Cabo em pessoa na sua galeota tomar-lhes o encontro e falar
com eles, e trazendo-os para a Praia d’onde estávamos se informou o nosso Cabo
cabalmente e tomamos um guia para nos levar seguros ao Porto da grande Povoação
de Santa Cruz de Cajuava e, no seguinte dia, por horas de vésperas, encontramos
cinco canoas que iam deste Rio Mamuré
para o de Itenis e, assim que nos avistaram, levantaram uma cruz por
bandeira e perguntando-nos se éramos cristãos, lhes respondemos que sim e
portugueses, a que, sorrindo-se e benzendo-se todos a um tempo: cristãos
portugueses? Nós o somos de S. Pedro e, falando com o Cabo, tomamos terra, onde
jantamos.
Estiveram conosco este gentio pouco mais
de uma hora, e neste limitado prazo tiveram eles e tivemos nós um grande
contentamento, de sorte que apagaram-se todos os trabalhos de antes;
despediram-se para baixo e nós prosseguimos; e já daqui se não veem matos senão
tudo campos gerais assim de uma como de outra parte do Rio e pela terra a
dentro.
Pelas 16h00, ouvimos zurros de gado vacum,
e ordenou o Cabo fosse o Sargento Damaso Botelho a dar a entrada e lhe
recomendou a força da diligência e manifestação ao Regedor ([8]).
Daqui, dizia o guia não chegaremos à
Povoação senão amanhã, e como logo ouvido isto, mandou o Cabo se marchasse toda
a noite, e se não parasse senão juntos da dita Povoação, aonde esperaria pelo
Ajudante, que enviou adiante com a embaixada de sua vinda, o qual chegado pelas
07h00, o levaram pela Povoação dentro os índios, dela com tal amor e cortesia
que fazia admirar e, chegando à Praça, falou aos Padres que estavam naquele
Colégio, os quais o receberam com repiques de sinos e grande alvoroço daquele
povo, mostrando com instrumentos de órgão, cravo e músicas e com clarins e
charamelas ([9])
o como nos festejavam alegres. A saudação que os ditos Padres fizeram ao
Ajudante foi beijando-lhe a mão com o nome da Santíssima Trindade, Padre, Filho
e Espírito Santo, e o levou para dentro donde estavam mais dois religiosos, dos
quais foi abraçado e o levaram para dentro porque se não entendiam nem se podia
ouvir a fala de uma pessoa a outra pelo grande rumor da muita gente que a
rodeava.
Chegado com os ditos Padres o Ajudante ao
sobrado, onde em uma Capelinha estava uma imagem do Senhor Crucificado em um
grave ([10]) nicho,
que de uma e outra parte tinha janelas rasgadas que caíam sobre o jardim: aqui
ajoelhou o Ajudante com uma devida reverência, dando graças a Deus de haver
chegado à terra de cristandade com tão bom sucesso depois de tantos trabalhos. Acabada
a oração, lhe ofereceram os Padres assento e, pondo-se em silêncio, interrompeu
o nosso entrevistado dizendo:
Reverendíssimos Padres, nós somos vassalos
do Senhor Rei Dom João V de Portugal que Deus o guarde e por notícias e sinais
que se viu neste Rio de muitas cruzes se resolveu o Senhor João de Maia da
Gama, nosso Excelentíssimo Governador e Capitão General, a mandar dez galeotas
armadas em guerra com infantaria e carabineiros a fazer descobrimento, e
trazemos um Sargento-mor por Cabo da tropa, o qual me envia a dizer a Vossas
Reverendíssimas que se não alterem, nem a gente deste povo, pois que vem com
todo o sossego, paz e quietação até chegar aqui, e por razão de Estado me
enviou a dar parte a Vossas Reverendíssimas e ao Regedor deste povo, para que
assim se não assustem com a sua entrada.
Respondeu o Padre Miguel Sanches de Aquino
que já havia muitos anos esperavam a vinda dos senhores portugueses a aquelas
índias, e perguntando que gente trazíamos, lhe deu por conta o nosso Ajudante
que 118 pessoas; perguntou se era o Cabo Cavaleiro e lhe foi respondido com a
verdade de que era dos Principais da terra na Capitania do Pará.
Perguntou mais se trazíamos Missionário e
de que religião, foi-lhe dito que só um clérigo levávamos por Capelão;
perguntou mais pelos nomes, o que tudo se lhe disse, principalmente do Cabo,
Capitão, Capelão e Ajudante.
Então disse o Padre Miguel Sanches de
Aquino que mandava ao Padre Irmão Oliberlo Nogua com Sua Mercê a receber o
Cabo, e que estimava muito a sua boa vinda a aquela Povoação e que não só lhe
mandava beijar os pés, mas oferecer-se para lhe obedecer em tudo, e que
entrassem na hora de Deus, que tudo estava sossegado e nem a cortesia dos honrados
e valorosos portugueses podia em nada alterar os corações e que o seu estava
aberto para nele e nos braços o receber com grande gosto; que só tinha o pesar
de ser esta vinda em ano tão estéril pela inundação do passado; tornaram a
abraçar todos ao nosso Ajudante com demonstrações de muito contentamento e
debaixo de um chapéu de Sol a uso da terra, o qual é feito de penas de
avestruz, acompanhado do Padre Irmão, se foram buscando o Porto do
desembarque, em busca do Cabo, que o estava esperando da outra parte do Rio.
Embarcou-se o Ajudante e juntamente o Padre Irmão e
Capitães e Alcaides e, se a galera pudera com mais gente, muitos mais iriam
nela a receber o Cabo porém, nas que se achavam no Porto, também se embarcaram
para acompanhar ao Ajudante e, dando este a senha com um tiro, respondeu a
tropa junta com uma descarga ao recebimento do Padre Irmão e, ao salvarem-se
com o Cabo, outra; e ultimamente, a 3 vivas dos Reis, 3 cargas, abalando-se as
galeotas da tropa com o mesmo concerto e desfilada ([11]), os
mais fomos aportar à Povoação, e já no Porto estariam 2.000 pessoas à nossa
espera, para nos cortejarem e, assim com este acompanhamento, entramos pela
Povoação, e chegando o nosso Cabo àquela grande Praça do Colégio, vieram os
mais Padres a recebê-lo; estavam as 3 portas da Igreja todas abertas e os
sinos se desfaziam com repiques, charamelas, clarins, órgãos e todos os mais
instrumentos e música, que fazia uma grande entoação.
O Altar-mor da Igreja estava ornado e com seis velas
de libra acesas, e fazendo oração o nosso Cabo e os mais da sua guarda em ação
de graças, entoamos a salva de Nossa Senhora com a sua ladainha e tivemos Missa
logo, donde ao levantar a Deus entoamos o “Tantum
Ergo” ([12])
e no fim dela o “Bendito”.
O
que tudo acabado, vieram os Padres e levaram ao nosso Cabo em braços para uma
grande casa, que parece é quarto feito naquele Colégio para hospedar pessoas
grandes, onde estava ornado um grande e famoso bufete ([13]) cheio
de flores e outras delícias daquelas índias, e a um e outro lado da grande casa
tamboretes, catre e rede, à usança da terra, armário com o necessário, e se
puseram os Padres a praticar com o nosso Cabo no que a cada um tocava e, sendo
horas de jantar, se pôs à mesa onde jantou o nosso Cabo e o Padre Capelão, e os
guisados que lhe puseram passaram de trinta iguarias e não vinha vianda alguma
que não viesse coberta de flores, e, assim que o nosso Cabo se pôs à mesa,
começaram dois índios a tocar harpa e rabeca que certamente enlevavam; os
índios é que serviram a mesa sem haver descuido algum nem falta do necessário e
com boa compostura e limpeza.
Acabado o Cabo de jantar, se jantou na própria mesa
que, acabado de comer a infantaria, vieram os Padres pedir mil perdões ao nosso
Cabo do pouco com que se achavam para receber a sua pessoa e tiveram meia hora
de conversa os Padres com o nosso Cabo, e se foram recolher até que às 2 horas
que tornaram a vir.
A cortesia e o modo e afagos que nos fizeram foi mais
de muito e naquelas mesmas horas que nós chegamos se avisaram todas aquelas
povoações por terra a cavalo e assim.
Logo
a outro dia, pelas 9 horas, chegou o Padre João Baptista de Bosson, sobrinho do
Duque de Banhos, o qual é Missionário da Povoação de Santa Ana, veio a cavalo e
o acompanhavam seis cavaleiros índios; o modo e o carinho desta grande pessoa
foi a maior coisa que vi; logo no outro dia, chegou mais o Padre Gaspar dos
Prados; este Padre veio em canoa, da Missão de São Miguel de Moxoquinos; neste
mesmo dia, chegou mais o Padre Nicolau de Vargas, da Povoação de São Pedro dos
Moxos, e se mais dias estivéramos mais Padres creio chegariam, que a todos os
grandes desejos de ver portugueses os fazia vir tão prontos e prestes, e
finalmente disse o Padre Nicolau de Vargas que, se nos não topasse ali, havia
ir Rio abaixo só para nos ver e falar; mas este o que devia ao sangue português
é que o fazia ter este grande desejo.
No
dia de São Lourenço, 10 de agosto, rezou o nosso Capelão a Missa da terça neste
Santo Colégio de Santa Cruz de Cajuvava, cuja Povoação está situada em 14°30’
ao Sul e a Cidade de Santa Cruz de La Sierra em 17°.
O
Governador desta grande Cidade se chama Dom Luiz Alvares Gatto, e o Bispo se
chama Dom Leonardo de Valdima Arcaya; este Bispo de três em três anos visita
todos os povos que estão situados nos Rios que declara o Mapa incluso deste seu
bispado.
Da
Cidade de Santa Cruz de La Sierra se seguem estradas ao Reino do Peru, Porto de
Mar, cuja Cidade tem Vice-Rei, a quem chamam Dom Thomaz de Espego, tem
Arcebispo e Bispo; está logo a grande Cidade de Lima e a Cidade Joam, Cavélica
Episcopal, esta outra Cidade chamada Guamanga; também Episcopal, e outra que
lhe chamam Cuzco, Corte antiga das Índias, mais a Cidade de La Paz, Episcopal;
cuja verdadeira notícia nos deu o Padre Mestre João Baptista de Bosson.
E
além do que tenho escrito, me deu a saber o Rio Sará, que fica Leste-Oeste com
a Cidade de Lima, e que a água daquele Rio é tão grossa que coalha e faz formar
tijolos e que em formas as deixam congelar da sorte que querem, e que tomava a
cor parda, muito forte para limpar ferro e muito leve no peso. (Continua...)
Bibliografia
ABREU,
J. Capistrano. Caminhos Antigos e Povoamento do Brasil – Brasil – São
Paulo, SP –Ed. Itatiaia – Edusp, 1989.
Solicito Publicação
(*)
Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas,
Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
· Campeão do II
Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
· Ex-Professor
do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
· Ex-Pesquisador
do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
· Ex-Presidente
do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
· Ex-Membro do
4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
· Presidente da
Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
· Membro da
Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
· Membro do Instituto
de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
· Membro da
Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
· Membro da
Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
· Comendador da
Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
· Colaborador
Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
· Colaborador
Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
· E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
[1] Apartamento:
desvio.
[2] Rio: Beni.
[3] Mamuré: Mamoré.
[4] Primeira
Cachoeira: Lajes.
[5] Despenha:
precipita-se.
[6] Última
Cachoeira: Guajará-mirim.
[7] Itenis:
Guaporé.
[8] Regedor: antiga
autoridade administrativa de uma freguesia.
[9] Charamelas:
instrumento musical de sopro, feito de madeira, com palheta dupla ou simples.
[10] Grave: digno.
[11] Desfilada:
seguindo ao nosso Cabo.
[12] Tantum Ergo:
palavras iniciais dos dois últimos versos do “Pange Língua”, um Hino Latino Medieval escrito por São Tomás de
Aquino.
[13] Bufete: buffet,
bufê.
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – XXVIII
Bagé, 29.01.2025 Continuando engarupado na memória: Tribuna da Imprensa n° 4.281, Rio, RJQuinta-feira, 21.02.1964 Em Primeira Mão(Hélio Fernande
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Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – XXVI
Bagé, 24.01.2025 Continuando engarupado na memória: Tribuna da Imprensa n° 4.272, Rio, RJ Sábado e Domingo, 08 e 09.02.1964 Jango Atinge sua Maior M
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – XXV
Bagé, 22.01.2025 Continuando engarupado na memória: Tribuna da Imprensa n° 4.268, Rio, RJ Terça-feira, 04.02.1964 Em Primeira Mão(Hélio Fernandes)