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Gente de Opinião

Jéssica Frocel

A ética e influência intergeracional.


Jéssica Maria Frocel Holanda Sales  - Gente de Opinião
Jéssica Maria Frocel Holanda Sales

A ética, como uma orientação moral teve papel importante em todas as grandes mudanças percebidas ao longo da história, tendo sido responsável pelas melhorias, em especial no que diz respeito a humanização das relações sociais e políticas, afinal, esta, de um ponto de vista global parece ser a medida de não se violar aquilo que é de direito comum e, a humanidade viveu diversos eventos de desrespeito desta natureza, as quais foram catalisadores de modificações significativas.

Sobre isso, esclarece Kuiava (2006) que, para H. Jonas e E. Levinas, considerados os filósofos da responsabilidade do século XX, o dever com o futuro é centro da ética, diferente dos antigos como Platão, os quais se preocupavam com a eternidade, ademais, estes autores entendem que a responsabilidade não representa a liberdade por si mesma (filosofia clássica), mas uma obrigação nascida de uma vocação que se eleva além do ser individual e, neste contexto, representa uma ação, de modo que ao praticar atos em liberdade, torna-se a pessoa ou o grupo, responsável pelas consequências vindouras.

Deste ponto, necessário transcender a um pensamento voltado para a sociedade global, a medida em que ocorre a natural integração entre os indivíduos e a manutenção da vida parece cada vez mais ameaçada pelo que anteriormente era considerado tão somente política de consumo e mercado, questões territoriais ou religiosas. Ora, parece que a ética coletiva conseguiria elevar o comportamento humano, para um rumo mais igualitário e pautado no respeito à vida como todo.

Ademais, toda mudança, por certo é gradual, de modo que, o panorama futuro depende essencialmente das ações passadas, de modo que, por certo, é da geração anterior a responsabilidade pelo que será vivido no futuro, tanto quanto a realidade atual é consequências das ações da antecessora.

REFERÊNCIA

KUIAVA, E. A. (2006). A responsabilidade como princípio ético em H. Jonas e E. Levinas: uma aproximação. Veritas (Porto Alegre), 51(2). https://doi.org/10.15448/1984-6746.2006.2.1844 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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