Quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012 - 21h39
Frase do Dia:
“O MEC não tem culpa de o Brasil ser tão grande e diverso. São 140 mil salas, 400 mil pessoas fiscalizando. E tem de ter um sigilo absoluto.” – Aloísio Mercadante, economista, atual ministro da Educação e ex de Ciência e Tecnologia explicando o Enem de forma científica.
01-Padrão, piso, teto...
O Ministério da Educação divulgou o novo piso salarial nacional dos professores: R$ 1.451,00 para professores de nível médio em contratos de 40 horas. Estados e municípios são obrigados a pagar o piso nacional e até dispõem de salvaguarda: recursos federais para complementação da folha salarial. Ou seja: se não dá de uma forma, o governo dá o jeito. O curioso é que desde 2008, estados e municípios não pediram tal complemento, apesar do dinheiro estar disponível. Ora, se há recursos por que não implantar um padrão aliviando a natural pressão de sindicatos por maiores ganhos com as desgastantes greves e prejuízos para alunos, estados e municípios?
02-Poder de barganha
A educação pública como, aliás, tudo no país se dá no município, mas os recursos financeiros e as decisões técnicas e administrativas que impactam o dia a dia das escolas estão distribuídos em três níveis e isso revela as instransponíveis dificuldades para se implantar um sistema geral de educação com padrão de qualidade em todo país independente de onde as escolas estejam instaladas. Um fato relevante: um padrão salarial para trabalhadores em educação daria maior poder de barganha ao governo e segurança jurídica para todo o sistema, inclusive sindicatos.
03-Meritocracia
Sei que a palavrinha causa arrepios no servidor público e especificamente na área de educação tem o mesmo efeito que o alho, água benta e bala de prata sobre os vampiros. Acontece que o Brasil terá que enfrentar esse problema se quiser investir em educação de qualidade. O melhor professor terá que ganhar mais. A melhor escola, que consegue o melhor resultado ou aquela que cumpre metas pré-estabelecidas precisa ser premiada até para atender razões aritméticas: o primeiro vem na frente do segundo, que está na frente do terceiro e assim sucessivamente.
04-Aos mestres, com carinho
Tão importante quanto o texto do bruxo Carlos Sperança sobre a atual forma de fazer política: “Hoje quando a oposição ataca o governo Confúcio Moura o que se vê são os deputados da base governista se fazendo de mortos, como se a coisa não fosse com eles.”, é o comentário do mestre Montezuma Cruz, distante pela geografia, mas na sua inteireza cabocla vendo mais que muitos que aqui estão: “Havia sustância, conteúdo, bem-querer, dignidade. Trabalhavam. As próprias polêmicas não passavam de construção da democracia depois de tantos anos de autoritarismo. Sabiam que Rondônia vivia uma transição e procuravam se inserir na história, cada qual da melhor maneira possível, deixando para trás os dissabores e mirando o horizonte de seus filhos e netos. Hoje nos contentamos com o "por fora, bela viola, por dentro, pão bolorento." Lastimável, precisam melhorar em tudo. Não é preciso buscar a canonização, mas o mínimo de moral.” Coisas, textos e pensares de gente de opinião. Sugiro a leitura dos dois.
05-Carapuças
Fechados os 104 dias desde o terremoto da Operação Termópilas, chega a primeira notícia das ruínas morais do que um dia foi a Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia, Casa do Povo ou Poder Legislativo. Convenhamos que o orgulho que deveríamos sentir por nossa ALE não está presente agora e, também não esteve noutras legislaturas. Na verdade foram momentos e não legislaturas que nos deram motivo para senão orgulho, para a compreensão de que algo foi feito de forma correta e republicana em favor do povo. Aos bons que por ali passaram e sei, não foram tantos, peço perdão por eventual ofensa. Só distribuo carapuças como um roupeiro entrega camisas aos jogadores de um time de várzea, sem preocupar-se para quem vai usá-la.
06-A vez do baixo clero!
Colhia impressões sobre a comissão processante da ALE e o colega Jr Albuquerque saiu-se com esta: “o baixo clero foi escalado para fazer a faxina”. Tentei lembrar quem fazia parte do baixo clero e lá pelas tantas inverti a ordem e o Jr voltou à carga: “tirando Valter é tudo baixo clero”. Na veia! Triste, mas é verdade. Após 104 dias a ALE pariu a comissão processante que terá 90 dias para fazer alguma coisa e como 2012 é ano eleitoral, nada é o que parece e a corrida pelas prefeituras é só o que importa. Se a sua defesa for competente, meu informante estiver certo e Valter tiver juízo, se apresenta e só vai perder a vaga de deputado e a presidência se a justiça resolver lhe dar o nó. Esperar pelo baixo clero? Esquece! Colégio de baixo clero é Mobral!
07-Pacificado
E aí, vai encarar? Essa é a pergunta que deve pautar as conversas entre as diversas alas do PT e seus pré-candidatos. O partido vem firme para o que der e vier na intenção de manter o cetro da prefeitura de Porto Velho. Presenças confirmadas para as prévias de março: José Neumar, Fátima Cleide, Mirian Saldaña, Cláudio Carvalho e até o desconhecido Valdeir Braga. Em outros tempos, Fátima Cleide seria indicada, mas hoje com esse novo PT tão unido e tão coeso, pode dar Braga ou até o vice na chapa de outro partido. Racha? Nem pensar meu bichin. Viximaria...
08-Tinteiro cheio
O desembargador Gilberto Barbosa tascou uma canetada nos servidores da educação daquelas que há muito tempo eu não via. O governo pediu o fim da greve e multa de R$ 100 mil contra o Sintero. Dr. Barbosa caprichou na tinta: multa de R$100 mil contra o Sintero, R$2 mil para cada diretor e R$200 para cada servidor grevista. O desembargador corre o risco de, em lugar de fechar, abrir espaço para a greve. Pela Curva de Laffer o imposto alto gera sonegação. Por analogia, a impagável multa aplicada pode gerar a contumácia do ato que se pretende por fim e mais, vivendo num estado de direito as partes irão esgrimir nos tribunais usando de recursos protelatórios que só facilitam a manutenção da greve. Esse Laffer é o “cão chupando manga”.
09-“Papa-quebrados”
Que saudades do Lalau. É dele, Stanislaw Ponte Preta, esta pérola de oura brasilidade sacana: “Ou restaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos”. Ao entrevistar no Câmera 11 o atual e novíssimo secretário de saúde Gilmar Ramos fiquei impressionado com seu fervor em acabar com a precariedade dos contratos existentes na área da saúde que o obriga a reconhecer as dívidas que lhes são apresentadas sem qualquer papel. Desde esparadrapos, mertiolate, fio de sutura, agulha, remédios a limpeza, comida e oxigênio tudo é só esculhambação e o dinheiro vai pelo ralo como sangria desatada. Quer mais? Tem serviços médicos de terceiros e a máfia dos particulares atuando. Lembram-se dos papa-defuntos? Agora tem os “papa-quebrados.”
10-Três perguntas cretinas
Será que a comissão processante tem peito para encarar o corporativismo? Será que a justiça vai ficar de fora vendo a lambança que está sendo costurada dentro da ALE? Será que alguém será cassado na ALE com o voto secreto? |
Como cortar a própria carne sem anestesia
A “tchurma do primário mal feito” disse: corte só depois da eleição. Dona Simone jurou: "Chegou a hora de levar a sério a revisão de gastos. Não é p
Deu o que o americano escolheu
Assisti parte do “esforço jornalístico na reta final” das eleições nos EUA durante a madrugada e vi duas desmobilizações que não estavam previstas.
A segurança é importante demais para ficar apenas com um ministro A ideia do SUSP não é ruim e nem nova. É de 2018- Lei 13.675 – quando o Brasil vi
Quem é com-Vicente? Será o Benjamin?
Sêo Benjamin do STJ foi à boca do palco e anunciou: “O STJ não vive uma crise exceto a de volume gigantesco de processos. O que temos são fatos isol