Domingo, 5 de junho de 2011 - 12h04
Frase do Dia:
"Se há alguma explicação, o ministro não quis ou não pode dar. Isso só reforça a suspeita de que cometeu tráfico de influência. O melhor para o país é o seu afastamento"– Deputado Duarte Nogueira, líder do PSDB na Câmara dos Deputados, sobre a entrevista do Palocci.
01-Entrevista bikini
Palocci, o multiplicador, falou. E falou muito para os padrões da Globo. 50 minutos. Palocci se apresentou mais sério que bode em canoa, não refugou, mas tremeu e se atrapalhou apesar de nenhuma pergunta ficar sem resposta, ainda que todas as suas respostas tenham deixado muitas perguntas no ar. Um comentarista da Rádio Jovem Pan explicou que numa coletiva todo mundo pergunta o que quer e o entrevistado responde o que pode. Na entrevista com o Palocci, o repórter perguntou o que podia e Palocci respondeu o que quis. Foi uma entrevista bikini: mostrou quase tudo, menos o essencial. Mas como ensinava o mestre Armando Nogueira, entrevista não é sessão de tortura. O poder de discernimento do público vale muito.
03-Quando o silêncio não é ouro
Apesar das explicações na entrevista, uma avaliação consensual é que Palocci perdeu tempo e com isso agravou ainda mais a crise, o que acabou por contaminar todo o governo. Sem o jogo de cintura que sobrava no seu antecessor, Luzinácio, Dilma deixou que seu auxiliar descascasse o pepino que era somente dele. Silenciosamente erraram os dois. Caberia a Dilma ter exigido do Palocci esclarecimentos tão logo saiu a reportagem da Folha e tomado a atitude firme de falar à nação, sinalizando as providências que iria adotar. Calar foi pior para ambos e para o país. Palocci, o “bode de bicheira”, subiu no telhado e Dilma ganhou um adjetivo: pusilânime.
03-Fogo dos bombeiros
O movimento de paralisação de bombeiros do Rio de Janeiro com a conseqüente prisão de 439 dos seus integrantes, traz de volta aquela velha discussão sobre a militarização da atividade e a proibição de greve de militares, aí incluídos os policiais, bombeiros, e que pode ser estendida aos controladores de vôos, hoje uma classe híbrida. Ora, a polícia fardada, ostensiva, precisa mesmo ser militarizada? Difícil decidir, vez que um dos pilares da profissão – a hierarquia – deveria ser revista e adaptada. Mas enquanto nada se muda, vale lembrar que um padre não pode se queixar do celibato. Ao escolher o sacerdócio ele terá de conviver com tal exigência.
04-Taí... gostei!
De vez em sempre dou uma espiadela no blog do Confúcio e na maioria das vezes saio de lá com um comentário, uma crítica, um azedume ou com um “tai... gostei!” E gostei da forma como ele atacou a questão da criação da Universidade Estadual de Rondônia. Cheio de dúvidas e de esperança, cheio de vontade de conversar e descobrir o modelo ideal e que sairá da soma das diversas cabeças. Apesar de não morrer de amores pelos resultados ou pela condução do seu governo, não tenho saudades do anterior. Confesso porém que seu estilo mais aberto me agrada e, gostando ou não, mesmo com um pé atrás, – deve ser cacoete da profissão – torço para que ele realize boa parte daquilo que prometeu e com que sonha. Taí, gostei divera...
05-O imexível faiô dinovo
Dá-lhe Haddad! Essa criatura via acabar virando tese de doutorado em educação brasileira. E não é que o homem arrumou pra cabeça novamente? É uma verdadeira usina de deseducar. Esqueçam o ENEM, o livro do MEC que ensina “os menino a pegar os peixe” e até o esfuziante kit anti-homofobia. A novidade inventada pelo ministro Fernando Haddad do MEC está no campo das ciências exatas. As continhas 10-7=4 e 16-8= 6 estão nos livros distribuídos a mais de 39 mil classes da zona rural pelo programa Escola Ativa. Mas é importante saber que o erro existe apenas no livro. O pagamento com o valor certo já foi efetuado: R$ 13,6 milhões, pagos pelo burro de carga. E esse tal de Haddad continua firme no governo. Nem balança e nem cai.
06-Palocci é a solução
Considerando que a presidente Dilma se enroscou toda com o ministro Antonio Palocci, com o presidente do PT, com Lula, com o PMDB, com a base aliada, com o Senado, com o Garotinho além de alguns outros entraves; considerando que até o lançamento do programa que seria a sua menina dos olhos – o Brasil sem Miséria – não recebeu da grande mídia o tratamento que a presidenta desejava; considerando que a “oposição raivosa” sempre está buscando fustigá-la, não seria o caso da presidente defenestrar o Palocci ministro e contratar o Palocci consultor e sua Projeto para sumir com esses pepinos? O custo é baixo. Um contratinho amarradinho numa clausulazinha de confidencialidade e que resulte num apezinho de luxo. Tudo em casa...
07-Ligações perigosas
“Palocci foi quem fez chegar a nós, na redação da Época, informações que supostamente desqualificariam um caseiro de Brasília que dissera que ele frequentava uma mansão pouco recomendável quando ele era ministro da Fazenda. Na época, eu era diretor editorial da revistas da Globo, a principal das quais era e é a Época. Foi um dos episódios mais desagradáveis de minha carreira.” O texto é de Paulo Nogueira e foi publicado no seu blog no dia 17 de maio passado. Razões para que ele revele o episódio depois de tanto tempo só ele sabe. Já as razões do Palocci para falar com a Globo se depreendem. A história é cíclica.
08-Acendendo a vela
Em 17 capitais brasileiras ambientalistas desligaram as luzes e por alguns instantes viveram à luz de vela. Foi a forma encontrada para anunciar que no domingo se comemora o dia do Meio Ambiente. A ONU escolheu o tema Florestas como o símbolo de 2011 e nós fizemos a nossa parte descendo o sarrafo na mata. Tem gente que gosta do termo supressão vegetal em lugar de desmatamento e nós vamos nessa. Além da supressão vegetal fizemos também a supressão humana dos que defendem a floresta e reverberando a máxima: “madeireiro não é bandido”. Porto Velho não aderiu à campanha para desligar a luz. A Ceron já faz isso normalmente.
09-Por falar nisso...
Nem FHC conseguiu tantos apagões durante a sua era e os dados são originários do próprio governo. Entre 2009 e 2010 o número de horas sem energia elétrica foi o maior da década. Só para iluminar as idéias da “tchurma” que vibra ao repetir Lula com o “nunca antes nesse país”, o período de racionamento conhecido como “apagão do FHC” se deu em 2000 e 2001. Pois é, em termos de apagão, Lula pôs FHC no chinelo. Mas o apagão traz outras causas que não só a treva. As trevas estão rondando nossa indústria nacional e os “chinas” estão de olhos abertos.
10-O melhor do mau humor
E a cidade se vestiu com o estilo country para a Expovel e assim ficará por nove dias. E haja de um lado a folia e do outro a rabugice. A cavalgada que se esperava com cavalos, deixou de existir. No seu lugar, uma espécie de carnaval, micareta ou desfile caipira com muita gente, cerveja, música, trânsito embolado e como seria de se esperar, o pior do mau humor de quem não participa. Eventos do tipo transformam a rotina da cidade, salvo a cavalgada com impacto localizado e por apenas um dia. O resto é festa fechada para quem gosta. O que me irrita é o de sempre: calçadas descuidadas, esgoto a céu aberto, terrenos baldios e sem muros, águas servidas correndo nas ruas, sarjetas, buracos, falta de educação no trânsito e serviços públicos de qualidade ruim. Tudo isso ocorre com e sem Expovel, carnaval ou Cavalgada Fumacinha...
Fonte: Léo Ladeia - leoladeia@hotmail.com
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