Terça-feira, 12 de abril de 2016 - 17h16
FRASE DE HOJE:
“O que você precisa para ficar com a gente?” – Lula no quarto 4050 do Hotel Tulip em Brasília, abrindo rodadas de negociações políticas meio assim, tipo, como dizer... sim: republicanas.
01-Escárnio
A fogueira está acesa fervendo a massa azeda, podre, homogênea e fétida, impossível de ser separada apenas com a algaravia dos 513 deputados e 81 senadores, quase todos envolvidos na própria lama de onde tentam escapar. Impeachment ou engodo? Gritando, enlameados, ricos e bem vestidos nem notam a lama que aumenta na troca de acusações. Sujos, boçais, impunes e infelizmente vivos. Pena. Não há solução cristã ou legal para por fim ao escárnio.
02-Fim do primeiro tempo
Depois de uma perda de tempo enorme, de muita baboseira, muito teatro, bate-boca e tudo o que é preciso para “consolidar a democracia e respeitar o estado democrático de direito” seja lá o que os bobalhões de sempre queiram dizer com isso, chegamos ao resultado da votação de admissibilidade. 38 a 27 e com isso teremos mais compras de votos de parte a parte. Sim senhores, não é só o governo que compra. É lá e cá. Por ora a “tchurma pro impeachment”, ganhou o jogo que vai continuar e mais chata de assistir que partida de truco entre bebuns.
03-Temer e o autogrampo
Primeiro foi a carta inexplicável, cheia de queixas e amuos saída de um destemperado vice-presidente para sua presidente. Vá lá, até um homem com a formação intelectual de Temer comete pecadilhos literários ou uma burrice pública para ficar “ad eternum” e mais três dias no baú. A carta andava esquecida, mas ”cochilou o cachimbo cai” disse Zé de Nana e Temer cochilou. Num discurso de 15 minutos, deu-se lhe uma rasteira que só encontra similar à época em que FHC perdeu a eleição para prefeito de São Paulo e sentou-se na cadeira que viria a ser de Jânio. O irascível não perdoou: passou desinfetante na cadeira e FHC dançou.
04- Temer e a casca de banana
A parabólica derrubou Ricúpero, o caseiro derrubou Paloci, o motorista derrubou Collor, as fitas do Cassol arrasaram a ALE, o pixuleco derrubou Vacari, uma bravata derrubou Lula e paro, pois a grampolândia não para. Aqui surge o inovador Temer. Depois de ter feito papel de bobo com a “carta” da Dilma e como ainda não havia sido grampeado gravou uma mensagem pre-presidencial que vazou. “Desmantelo e bunda tem que ser é grande!”, aplaudiu o Zé de Nana. Mas o cuidadoso Temer escorregaria numa casca de banana que ele mesmo jogou? Será?
05-Temer e a estratégia
Dizem que Temer pensa muito até para falar consigo mesmo e até por isso vale a reflexão que nos leva ao período que antecedeu a primeira eleição de Lula. Para acalmar o mercado e a classe média, Lula lançou uma carta em que sinalizava o seu respeito às regras estabelecidas no país. De igual forma a gravação feita por Temer pode ter buscado por vias transversas – um vazamento seletivo ou se preferem, o sem querer querendo – levar ao mercado, ao judiciário, ao eleitor e ao empresariado um recado para reduzir a pressão nesse conturbado período de pré votação do impeachment da Dilma. Estratégia bem bolada ou um tiro no pé?
06-Temer, o magoado
“Sei que a senhora não tem confiança em mim e no PMDB, hoje, e não terá amanhã” revelava Temer na carta de triste memória. “O fundamental agora é o diálogo, em segundo lugar a compreensão, e em terceiro lugar, para não enganar ninguém, ideia de que vamos ter muitos sacrifícios pela frente”. A fala nada tem de improviso. Concisa, estruturada, não derrapa, não agride, não ataca e passa ao largo de controvérsias. Estratégia ou tentativa de concertação?
07- Temer, o pacificador
Para não dizer que não falei das pedras, imaginem a pedreira que o vice-presidente Michel Temer terá pela frente caso consiga seu intento de governar o país. Um congresso belicoso e fisiológico, um PT com a marca da oposição ferrenha, uma economia em frangalhos, uma brutal queda de arrecadação, uma demanda desconhecida nas diversas aéreas e urgência para juntar os cacos do país. Junte-se a isso suas mazelas pessoais – seu nome está na caderneta do Moro – e o racha do seu partido. Se é difícil pacificar sua casa, o PMDB, como será o resto?
08-Rescaldo
Ainda que o fogo não tenha sido extinto e que qualquer uma mudança, inclusive renúncia dos mandatários de plantão, não aponte para correção de rumos, temos pequenas compensações. Ouvindo a baboseira que chamam de discurso, percebo que os capachos estão esquecendo o pernóstico “presidenta”, bem como o endeusamento bolivariano, seja lá o que isso seja, venha a ser ou tenha sido. Mas será difícil esquecerem a partitura para bumbo entoada com cruel maestria pela “ala ex-tudantiu” formada por Gleisi, Vanessa, Feghali, Fontana, Lindbergh, etc.
09-Moro na área
O Juiz Sérgio Moro não dorme de touca. Estava nos EUA, mas chegou com ganas de trabalhar e nem precisou esperar mais uma sexta feira para distribuir algemas em figuras impolutas e de caráter sem jaça. O ex-senador Gim Argelo que tem muito a falar de peripécias e escaramuças para livrar a cara de figurões e empresas na CPI das empreiteiras a preço módico, vai ter uma conversa de pé de orelha com o presidente da República de Curitiba. O juiz Moro está na cola.
10-Zé de Nana e “o placar”.
Após a vitória da oposição sobre o governo, Jacques Wagner - ministro ou chefe de gabinete? - minimizava a derrota discorrendo de maneira desapaixonada sobre qualidade e a quantidade dos votos obtidos quando o sempre politicamente incorreto Zé de Nana cortou o barato: “Isso é igual casar com mulher feia. Ou separa ou esconde, mas se ficar não pode abrir a boca”.
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