Quinta-feira, 19 de abril de 2012 - 06h11
Frase do Dia:
“O Peluso se acha” – Ministro Joaquim Barbosa trucando o também ministro Peluso
01-Como se não fosse nada...
Andei relendo Hermann Hesse e meus sonhos lisérgicos voltaram. Lembram os alambrados na Austrália que impediam que os coelhos invadissem as plantações? De um lado verde, do outro, coelhos mortos. Lá coelho não fala e ninguém reclama. Aqui no Brasil sem terras, quilombolas e índios estão de um lado da cerca. A dispensável cerca, invenção de Burrhus Frederic Skinner em 1948 é só para separar coelhos de não coelhos pois há verde nos dois lados.. Todo ano em abril coelhos chegam à cerca, mostram os dentes, quebram, estragam e voltam às lonas pretas atrás da cesta básica. Para o governo é ficção ou deja vu lisérgico. Para não coelhos, um pé no saco. Para o produtor, um abuso. Para o político, voto. E voto ainda que de coelho, é voto
02-É a tal dívida social
O sul da Bahia pegou fogo com a rebelião dos índios e quilombolas. Se existe lugar com índio e negro é lá. Eu sei. Nasci lá. Foi lá que descobriram o Brasil e para lá foram levados os escravos. Aliás eu nem deveria estar aqui. Tinha que estar com os meus tacando fogo e ganhando terra. Não parece mas sou negro e índio por parte de mãe. Olha só: dois nacos de terra pelo critério atual. O que trava é meu lado paterno. O pé da Itália e o outro de Portugal empacam o burrão. Louco país. O direito à propriedade da constituição virou letra morta. A moda é a dívida social com suas reservas e cotas para índios, quilombolas, sem terras ou o que mais for criado.
03-Barata gazeteira
Chamadas de parlamentos mirins, algumas câmaras de Vereadores resolvem fazer o que não é permitido nem aos vereadores mirins – coisa tosca de catar votos de pais através de crianças – e agem como se toda hora fosse recreio. Foi o que ocorreu na querida e promissora cidade de Cujubim. O vereador Gilvan Barata acalentava um sonho kafkiano: voar até a Bahia sem deixar o trabalho. No mundo real isso é crime, mas o Barata conseguiu o apoio de todos os colegas para gazetear. Munido de atestado médico falso, o saudável Barata voou. O MP pegou o inseto em pleno vôo e ele e o resto da tchurma, ficam de castigo e sem recreio. Pelo resto da vida.
04-Dedetização em Cujubim
Nada é tão ruim que não possa ser piorado e a população da vibrante Cujubim dá tratos à bola para tentar os mistérios que envolvem outro pedido do Ministério Público com a ação contra o solerte Prefeito Ernan Santana Amorim e dos não menos solertes Eneas Antonio Brito Alves Sampaio Souza, Franciane Brito Alves Sampaio Souza, Danielle Gonçalves da Silva, Roberta Eulina França Brito dos Santos, Barbara Carolina França Brito dos Santos, Glauber Amálio dos Santos além da brava empresa, G. A. dos Santos. A coisa é tão doida que vai exigir além das dedetizações e desratizações, pelo menos exame de raios X para um diagnóstico mais preciso.
05- Alvo errado
O deputado federal Mauro Nazif meteu a boca no trombone talvez para silenciar o bumbo que bate sem parar o senador Cassol. Nazif escolheu uma partitura previsível: “A transposição by Nazif”. Um tema espinhoso, mas muito caro ao deputado. No primeiro movimento a orquestra de um homem só ataca forte e alto com o trombone: “Sempre que pode ele joga água fria na transposição”. Em briga de “Brimo” com “Carcamano” o melhor que baiano faz é vazar com o berimbau. Eles que são gringos que se entendam. Só acho que mesmo que esteja coberto de razão, Nazif escolheu o alvo errado. Não há nada que pare um bumbo. Bem ou mal tocado. |
06-Pentágono
A Sesdec resolveu chutar o pau da barraca e pôs seu bloco na rua com a Operação Pentágono. Não sei o real tamanho, mas é rombo grande. Que venham mais. Drogas, armas, contrabando e descaminho são os maiores problemas de Rondônia. Interessante é que até pouco tempo se dizia que a região que PE foco da operação estava pacificada. É nada... Operações policiais que desarticulam de cima para baixo dão resultados substantivos. Chega de ladrão de galinha, pé de chinelo e vapor barato. Vamos pegar o barão do pó, o sonegador contumaz e o financiador do crime. Se apertar no ponto certo, o infeliz se lembra de coisa que nem fez. Arrocha que dá.
07-Tem coisas que a gente não diz...
Mas faz. E faz porque é preciso fazer. Segundo estudos mundiais a parte podre da sociedade, a que está no crime e na bandidagem é de 2,5%. O que é preciso fazer para ressocializar o preso está escrito nas leis, nas cartilhas, nos compêndios, etc. Para fazer isso é preciso dinheiro e não é pouco. O sistema penal é uma tremenda usina de enxugar gelo e ensacar brisa que entrega o subproduto do seu nada diário: a violência nossa de cada dia e a hipocrisia de uma condenação de 103 anos e que legalmente não pode passar de 30 anos. PE o limite do suportável. É preciso tratar de forma diferente esses 2,5% e para isso é preciso endurecer perdendo a ternura. Não se nem dizer isso. Não é politicamente correto. Desculpem-me: não sou politicamente correto.
08-Falando em politicamente correto...
O ministro Cesar Peluso esteve hoje à frente da última sessão do STF como presidente e cá pra nós, a regra de convivência e coleguismo foram para a casa do crica. Nada de manifestação ou homenagem dos colegas, como é costume. Só advogados que ocuparam a tribuna e a vice-procuradora-geral da República lembraram que a sessão marcava a despedida do presidente. Uma entrevista mal humorada à revista Conjur na qual não poupou os colegas e em especial o ministro Joaquim Barbosa e a corregedora do CNJ pode ter sido a razão do triste adeus. Bem a seu feitio Barbosa, devolveu tudo com juros e correção ao “amargurado” como o chamou.
09-As pedras da cachoeira
Que o Cachoeira tá doido pra falar todo mundo sabe. Que emagreceu 16 kg e teve as madeixas raspadas, também. Que já está em Brasília – perto de amigos e inimigos – soubemos hoje. E aí o bicho pegou geral. Cachoeira ficava trancado por 22 horas sozinho em RDD e por uma razão: não exercer controle sobre o resto da gangue. O MP quer Cachoeira do jeito que estava e lá no alto, ou talvez planalto, alguém o quer bem tratado, bem relacionado e de preferência calado. Em Brasília, Cachoeira divide uma cela de 12 m² com dois presos e terá visita íntima e TV. Sabe como são as coisas. Se não dá para secar a cachoeira, o ideal é congelar temporariamente a água. Se o cara conseguiu ter como bate pau um senador da república, é porque tem a pedra.
10-Três perguntas cretinas
Como fica a relação da Fátima com o Roberto Sobrinho na campanha: Oposição ou situação? O Coronel Carvalho do Detran se enrolou. Puzt... Até milico tá se enrolando no governo Confúcio. Será que não é hora de chamar padre, bispo, apóstolo e pai de santo pra benzer? Faltam 4 dias. O que será? |
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