Quarta-feira, 14 de dezembro de 2011 - 05h01
Mais que por qualquer uma outra razão, porque o ano se finda e o natal vem chegando e em menos de 15 dias vamos trocar presentes e viver a mágica de todos os anos. Apesar de tudo que passamos em 2011, temos sim o que comemorar. Vamos festejar nossas conquistas sejam pequenas ou grandes, pessoais ou coletivas. E, mais que isso, queremos uma agenda positiva sob pena de iniciarmos 2012 sob o clima de carências ou expectativas não ou mal resolvidas.
Não vou fazer um balanço das realizações do governo – que existem – até por ser da competência do setor de comunicação, mas poderia fazer uma retrospectiva e voltar ao inicio da era Confúcio Moura desfiando o rosário de penas na área da saúde, falar da paralisia do governo, por exemplo, na área do meio ambiente ou das trapalhadas na articulação política ou ainda enveredar pelo caminhos espinhosos das licitações, mas prefiro falar de planejamento, por entender que é única via para uma agenda positiva.
Trazemos a marca da ausência do planejamento no DNA, como o pecado original e o interessante é que por duas vezes tivemos a chance de remissão. A primeira quando nos anos 70 a União resolveu assentar levas de brasileiros, um embrião do que somos hoje. A segunda quando tivemos os recursos do Polonoroeste para correção de rumos de origem. Falhamos de forma memorável nas duas oportunidades, mas ficou algo de positivo.
A falta de planejamento nos faz dar voltas em círculos, como um cão querendo morder o próprio rabo. Vejam por exemplo que acabamos de ultrapassar momentos difíceis mas não há indicativos seguros de que tais momento não voltarão mais a ocorrer, na medida em que as pautas do governo se originam da premente solução de suas crises em lugar da previsível obrigação de resolver nossos muitos gargalos e em várias áreas, com ferramentas de gestão moderna, científica e planejada. São essas ferramentas de planejamento que reduzem as crises, esbarrões, improvisações, insegurança e nivelam o piso para construirmos o futuro.
Creio que o governador e alguns dos seus secretários sabem do caminho e conhecem das dificuldades para implantar uma gestão ousada de estado. Sabem que para mudar, o primeiro e mais dolorido passo é mudar conceitos além de parte da equipe. Sabemos disso nós, o governador, os seus aliados, opositores, familiares e, ainda que não com a profundidade que seria a ideal, os servidores públicos e a sociedade em geral. Sabem disso os seus auxiliares descartáveis que deveriam renunciar se possuíssem autocrítica e/ou espírito publico.
Rondônia não pode mais viver de sonhos. Planejar o estado é obrigação dos poderes constituídos. Esse é um merecido presente de natal. Chega de insegurança, injustiça e corrupção. Lembrai-vos das operações Dominó e Termópilas ainda estão em curso.