Segunda-feira, 17 de outubro de 2011 - 05h21
Frase do Dia:
“Liga não sô... riba a cabeça uai...siguinfrenti.” – Recadin dum secretarin de educação de um lugarzin de Rondônia aos professores, justo no Dia do Professor. Dueu purdimais da conta sô!
01-Pipocando
Greve, denúncia, bate-boca, estripulia, negaceio, como diriam os capiaus paulistas lá do fundo do rincão, um “forfait do tremunhão”. Greve em que todos podem contar perdas relevantes e a maior delas é a credibilidade. Agora é aguardar que os organismos federais possam dizer algo depois de investigações na UNIR e no seu braço operativo, a Fundação Riomar. Que seja porém, investigação. Auditoria é mais complicada. Melhor não. Certa vez aí no Brasil, surgiu a notícia de que uma Universidade iria passar por uma auditoria. Foi um pipoco. Até computador foi tirar férias em casa de pró reitor. Pró reitor é assim: a favor mesmo. Ao final os auditores foram obrigados a relatar que a instituição carecia até de computadores para funcionários.
02-Bola de comuna
O ministro disse que não, o PC do B idem, todo mundo ibidem, mas a Veja publicou o que disse o PM João Dias Ferreira sobre o Ministro Orlando Silva Júnior: está no esquema de corrupção e recebeu propina dentro do ministério. Ocorre que Ferreira é acusado de envolvimento no desvio de dinheiro do programa Segundo Tempo do governo federal para incentivar crianças carentes na prática esportiva. Com o desvio R$ 40 milhões podem ter caído dentro do cofrinho do PC do B, numa socialização de araque. Eu sabia que já não se faziam mais comunistas como antigamente, mas daí a roubar? Os de Rondônia pelo menos se roubam é pouquinho. Aliás, pelo que sei comunista gosta mesmo é de comer criancinha. Será que também rouba? E pelo que soube a Presidente Dilma pôs o facão sobre a mesa e pediu ao ministro que se explique.
03-Preto veio ecológico
Li o que o governador Confúcio Moura escreveu sobre a secretária de Meio Ambiente Nanci e me condoí. Não posso negar um pedido desses e vindo ainda mais de quem. Assim, como bom baiano, chegado no sincretismo religioso, já preparei um banho de cheiro, rezei e comunguei, acendi velas, queimei incenso de arruda, guiné e comigo ninguém pode. Na missa da primeira sexta feira vou levar pó de abre caminho, distribuir e pipoca cantar para Krishna. É de tudo um pouco. E como é para a dona Nanci da Mata, vou calcular a emissão de carbono, fazer o plano sustentável de neutralização e plantar árvores. “Silviço diresponsa. Assuntou mizifi? Coisa de Preto veio ecológico mizifi. Hummm... Três vez sarve o Surtão das Mata! Hêhêhê... Hummm...”
04-Estilos diferentes, comportamentos iguais
No governo Cassol era um berro e a correria. Alguma coisa iria sair com o berro. Se seria certo ou errado não vem ao caso. E como era na base do berro, ninguém sabia ao certo o que havia sido feito, o que Cassol queria fazer enfim, era do jeito dele. Troca governador chega Confúcio e troca o berro pelo blog. Blog é diferente de berro. O berro a gente escuta. Já a blogada... pra ver é preciso acessar o computador. Como ninguém é obrigado pode ler ou não ler. Resultado: nada. Como é tudo pelo blog, ninguém fica sabendo do que foi feito ou não, mas sabe o que pensa o Confúcio. Se bem que isso pouco importa pois, entre pensar e fazer há um abismo.
05-Tudo de novo
Na divisão do bolo, ou melhor: antes mesmo, na formação da receita o bicho pegou. Com toda dinheirama que vem da arrecadação estadual e dos investimentos de empresas como as duas usinas, os mandatários das novas capitanias hereditárias do Brasil, se exacerbam e esturram, para utilizar uma figura do bruxo Sperança, “como onças marcando território”. Como é praxe a roupa será lavada, mas só veremos o caldo sujo. De rasgões só saberemos o que cada lado divulgar como demonstração de força ao inimigo e claro, sem provas. A safadeza se repete e a impunidade garante e estimula a nova tentativa. Ninguém devolve o que rouba, se vai preso é por pouco tempo e depois se acertam, dividem obras e facilitam mutuamente suas empresas em licitações. Enquanto houver a necessidade de prestar serviço ao estado, haverá sempre um marmitex a ser dividido. Só não podem sentar juntos ou dividir a kentinha. Aí é dar bandeira.
06-Imprensando a imprensa
Sabe o Franklin Martins, aquele que tinha uma sinecura na era Luzinácio e que é jornalista mas gosta de censura? Pois tá de volta ainda que de portas transversas. É que a presidente Dilma resolveu mexer no comando da TV mais assistida do Brasil, a tal TV Brasil, criada pela dupla Mar&Inácio. Sai Tereza Cruvinel e entra Nelson Breve, atual superintendente de comunicação multimídia da EBC, que conta com a simpatia do ex-ministro Franklin Martins. Como se pode ver, nem Luzinácio desencarna, nem a tropa de xibungos, cambonos, encostos, almas penadas que o rodeiam. “Um gambá cheira o outro”, me lembra o Zé de Nana. Deve ser isso mesmo.
07-Ou mata de vergonha ou vicia o cidadão
Lendo a matéria d’O Globo do Demétrio Weber, “Mais ajuda social que investimento” lembrei-me de alguns programas de cunho social do passado e a comparação é imediata. O Piaui por exemplo tinha as melhores estradas do Brasil em razão de um programa do velho DNOCS que pagava um determinado valor para os atingidos pela seca e que em troca do valor prestavam serviços executando pequenos reparos, melhorias e até recapeamento asfáltico nas estradas. Ainda assim, o programa era criticado pelo caráter de assistencialismo e pela falta de critérios para recrutar o sertanejo. O Brasil é o mesmo mas, o clientelismo ganhou força e tecnologia com as “bolsas qualquer coisa”. E até o coronel foi substituído pelo cartão. Tudo pelo voto!
08-Marolinha
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve estar fazendo mais contas do que eu suponho pois, sem citar o Brasil, falou da redução do crescimento nos últimos dados dos BRIC’s e disse que a estagnação do comércio internacional que começa a afetar "ligeiramente" a China, pode acabar chegando ao Brasil, ainda que o país dependa menos do comércio externo do que a economia chinesa. “São sinais importantes de que há uma deterioração do cenário. Os países emergentes, que até então estavam preservados, começaram a ser afetados por essa crise. Isso é sério porque daí a crise entra em um outro patamar.” Para o FMI, mais perdido que cego em tiroteio, a degradação toca nos emergentes e o cenário fica mais sombrio. Que marolinha!
09-Ao médico com carinho
No dia do médico e com pouco para comemorar, a classe médica de Rondônia fala por diversas bocas em diversos fóruns e representando um segmento da população que normalmente é invisível ao gestor público de saúde. Quem vê a fila e a falta de atendimento é o igual e não o que fica na sala refrigerada, ganhando bem e, ainda assim, e não raro, desviando os recursos da saúde que deveria ir para os invisíveis. Separei algumas frases colhidas do vídeo-desabafo do médico Viriato Moura, nome que honra sua classe. “Futricas inaceitáveis de poder... sabe disso... quer resolver, mas sozinho... emaranhado de coisas desencontradas nesse sistema empolado que não sabe sequer dar critério de prioridade ...não pode continuar”. Veja tudo(AQUI).
10-Três perguntas cretinas
Quando e quanto irá custar ao governo de Rondônia fazer um base de apoio que permita por para andar os seus projetos na Assembléia? Analisando os resultados pífios de secretarias de governo que não deslancham nem com reza braba dá para imaginar que o governador já tenha em mente alguns nomes para uma reforma de governo ou vamos ter que agüentar o tranco com a “tchurma do come e dorme”? O coordenador Gebrin da CGAA fez bonito e montou um sistema para controlar combustível, telefone, energia em tempo recorde com poucos recursos de pessoal e baixo investimento financeiro. Ora, se o cabôco é bom e se o governo anda tão pobre de gente competente, não seria o caso de promovê-lo a secretário de planejamento por exemplo, ou dar-lhe mais tarefas? Não precisa responder nada.