Domingo, 17 de novembro de 2013 - 16h19
Frase do dia:
“Em um País que tarda e falha em honrar a balança e os olhos vendados da deusa Têmis, a prisão dos mensaleiros é colírio.” – Jornalista Mary Zaida
1-Dirceu&súcia enfim presos
Considerando que o STF, nossa mais alta corte de justiça, considerou inicialmente que o ex-todo poderoso ex-ministro José Dirceu de Oliveira e Silva era o chefe da quadrilha e que após processo regular ele e os partícipes do bando foram julgados, com direito amplíssimo de defesa, não há razão para espanto. Quase todo bando, quadrilha, súcia, malta ou qualquer nome que se dê ao consórcio está na cadeia como se esperava.
2-O choro é livre
Não sou filiado a partidos ou simpatizante de algum e muito menos ao PT, razão pela qual sinto-me à vontade para excluí-lo do julgamento da súcia, ainda que seu dirigente e alguns militantes optem, pela manobra arriscada de carpir a súcia, associando-a ao partido, para caracterizar todo processo como perseguição política ao grupo que de início se afirmou como oposto da controversa ideia de uma histórica e dominante elite.
3-O riso nem tanto
“O que dá pra rir dá pra chorar.” Associei o verso a frase da relevante figura do “nosso Delúbio”, quando lá no início, em 2005, desdenhou do que poderia vir a ocorrer com o ibróglio do mensalão: “No futuro, o mensalão vai virar piada de salão”, teria dito, pela certeza da impunidade que paira nos círculos de poder da política nacional. O riso, o deboche e a impunidade aceitos nos salões que ele frequentava vão sumir no xilindró.
4-O ranger de dentes é obrigatório
“É na cadeia que filho chora e mãe não vê”, diz Zé de Nana. Abstendo-nos dos risos e choros que dependem do cinismo e desfaçatez de cada um, cadeia é exceção e é uma experiência traumática e quase nada reeducativa. Para a súcia que vive no bem bom, mandando e desmandando cadeia é pena pesada. Como pode um cidadão como um dos Zés, com bala na agulha e gosto refinado passar sem um Richebourg ou em certas ocasiões um Romanée-Conti? Tendo tanto e usando tão pouco, vai é ranger os dentes.
5-Preso político
Por conceito, preso político é um ativista, na maioria das vezes encarcerado e sem ter tido julgamento regular com amplo direito de defesa, cumprindo a sentença proferida pelas forças contra as quais se insurgiu – ditador ou regime político - por palavras ou atos. Trocando em moedinhas: nenhum mensaleiro preso tangencia sequer o conceito. Cheguei a ouvir do ministro Barroso do STF: “Lamento condenar um homem que (...) jamais lucrou financeiramente com a politica", como se julgasse história e não crime, mas nem mesmo a fala do Dr Barroso transforma qualquer um Zé num preso político.
6-Político preso
Ninguém faz prova contra si ou chora antes da sentença. Quem está preso sabe o que fez, onde errou para deixar o rabo à vista e jamais vai dizer que o juiz acertou na pena. Pelo contrário. Vai tentar acumular pontos para diminuição gradual da pena, o que não impede que apoie ou até incentive manifestações a seu favor. A interessante quadra traz algo novo: o político preso. E do jeito que a política está se a moda pega... Éraste!
7-Câmara de Porto Velho: uma história escabrosa
Convenhamos: é preciso ser muito crédulo para aceitar que o resultado da votação da Câmara de Vereadores – sempre por um mísero e solitário voto – não tenha sido fruto de baita acordo. Para variar, não é fácil provar, o que me leva a duvidar, até por dever de ofício de todos. O que houve sabem os vereadores ou a maioria. E haja estômago e coragem para escrever a própria história com o suicídio coletivo da atual legislatura.
8-O escândalo da semana
O nome é Anne Paiva, a história envolve uma assessoria de imprensa, está na Época e o nome do chefe não poderia ser mais apropriado: Vivaldo. Ganhando R$1.300,00 por mês Anne, passou a sacar de sua conta engordada com “suprimentos para despesas” dinheiro vivo e entregar a assessores d e Guido Mantega, numa sala contígua à sua, no prédio do Ministério da Fazenda. Morta de medo do Vivaldo, do imposto, do volume dos saques e da frequência das operações Anne abriu o bico e (leia)... Danou-se!
9-O escândalo do mês
Quando se achava que na Prefeitura de São Paulo não poderia pintar nada pior do que os malfeitos de Maluf e Pita, pintou o Kassab et caterva. De início a indignação e todos os desmentidos. Aos poucos porém sob o tapete estavam além do lixo as ratazanas e um esquema de corrupção antigo. E vem muito mais por aí. E se resolverem investigar outras prefeituras vão descobrir mais do mesmo. É só querer e... Danou-se de novo!
10-Pois é...
Ver um mensaleiro no xilindró não tem preço. O resto só com Visanet.
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