Quarta-feira, 9 de março de 2011 - 21h17
Perdoe-me querido amigo por não ter falado tudo o que deveria. Não foi por desleixo ou por falta de tempo e, muito menos por não ser importante o que teria a dizer. A culpa, se existe alguma, é da minha admiração. Conversar com você era antes de tudo, parar para ouvir e beber água de fonte pura. Comecei lendo sua coluna Política em Três Tempos no Estadão e em dado momento lá estava eu fazendo meus rabiscos no Jornal Folha de Rondônia e depois no nosso site Gente de Opinião, onde encantado, seguia seus passos bem de longe tentando fazer com o maior dos meus esforços, aquilo que você fazia com um pé nas costas.
Quem nos pôs cara a cara foi uma das suas diletas pupilas, a jornalista Yale Dantas, que o reverenciava. Com o tempo percebi que a reverência não era uma coisa particular da “baixinha”. Era unanimidade entre os jornalistas novos e velhos, formados ou não, articulistas e repórteres, proprietários de jornais e o leitor. Interessei-me mais pelo seu trabalho e passei a ler a Três Tempos de maneira diferente. Uma pitada de tempero aqui, outra de pimenta ali, a frase que aparecia como se não estivesse ali e que levantava a dúvida e me obrigava a pensar sobre a informação que estava lá nas entrelinhas.
Um dia, enquanto me preparava para fazer o programa Lendas do Rock, fiquei surpreso com uma informação: o cantor e compositor americano Robert Allen Zimmerman adotou o nome Bob Dylan em homenagem a um poeta da Geração Beat chamado Dylan Thomas. Ao pesquisar sobre o assunto deparei-me com um poema que acabei associando por diversas razões a você meu caro Paulo mas, principalmente por identificá-lo nesse ofício solitário das letras.
Perdemos um mestre da palavra, que não se cansava de pesquisar e que se dedicava ao estudo da ciência política, da filosofia, que trazia a história de muitas lutas no jeito manso de falar, na solidão que se adivinhava e na paciência em ouvir. Você vai fazer uma falta danada Paulinho. O tal poema é esse aqui que publico como última homenagem a quem tanto me ensinou.
Se em meu ofício, ou arte severa,
Vou labutando, na quietude da noite,
Enquanto, à luz cantante
De encapelada lua jazem
Tantos amantes que entre os braços
As próprias dores vão estreitando —
Não é por pão, nem por ambição,
Nem para em palcos de marfim
Pavonear-me, trocando encantos,
Mas pelo simples salário pago
Pelo secreto coração deles. (DYLAN THOMAS)
Fonte: Léo Ladeia - leoladeia@hotmail.com
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