Sábado, 31 de dezembro de 2016 - 20h21
FRASE DE HOJE:
"Igual, impossível: será melhor com certeza.
Que Deus nos abençoe neste 2017.” – Yo mismo.
01-2017 ou muito mais do mesmo
Vem aí o primeiro dia de um novo ano que já nasce velho. Possivelmente amanhã continuaremos em 2016 apesar da teimosia do calendário indicar que estamos vivendo dias de 2017. É mentira. A verdade é que as delações da Lava Jato revelarão que as raízes da corrupção que ora se investiga antecedem o fatídico, inusitado e sobrenatural 2016 e que a colheita macabra encherá Curitiba de mais frutos e sementes. Preveem-se operações em 10 estados. Quem sobreviver a Moro verá.
02-Temer ou muito mais do mesmo
Era mesmo necessária a saída de Dilma? Sim. Ruim sem ela, pior com ela. Mas via impeachment? Sim. Era o que havia para o momento. Olhando pelo retrovisor o que se sabe hoje é que a eleição da madame foi algo situado entre a tragédia e a fraude para sermos econômicos. Mas e se não fosse ela eleita estaríamos na “lesma lerda”? Sim. O nome não importa. Quem quer que vencesse a eleição – Aécio, Lula, etc – já estavam na teia. Até o Temer? Sim. Temer é só mais do mesmo.
03-Corrupção ou mais do mesmo
A Lava Jato vai nos deixar como legado algo como um Himalaia contra a corrupção ou apenas uma barragem como a da Samarco? É certo que a corrupção financeira em menor ritmo continuará e sem possibilidade de ser erradicada. Mas o que preocupa hoje é a tentativa dos alvos para barrar a operação Lava Jato e reduzir a pó as biografias de seus operadores como Moro, PF, Ministério da Justiça, STF, PGR e procuradores do MPF. É esta a maior desgraça gerada pelos corruptos.
04-Economia ou mais do mesmo
Teremos sim algum refresco, mas nada substancial visto que o estrago é grande. 12 milhões de indivíduos acordam todos os dias procurando emprego, ocupação ou um bico para sobreviver. A maioria tem dependentes, expectativas, poucas ofertas e qualificação deficiente ou inexistente. Como fazer girar a roda da economia se as nossas empresas precisam de recursos financeiros e tecnológicos para investir na produção e de mercado consumidor aquecido para escoar produtos. E se o nó estiver na falta de credibilidade do governo motivada pela falta de segurança jurídica.
05-Esperança ou muito mais da mesma
Não é de bom tom falar de catástrofes na passagem do ano salvo aquele vidente que a cada ano prevê furacões nas Filipinas, terremotos no Japão e a morte sem citar nome e data de alguma pessoa famosa no Brasil. Prefiro falar de esperança. Já passamos por crises tão ou maiores que a atual. A sociedade tem mecanismos de correção e se falham a própria natureza atua para voltar o trem aos trilhos, ainda que de forma drástica, já que não sabe dialogar. A esperança não a última que morre. A esperança nunca morre. É ela e o medo que nos mantém vivos e alertas. E vamos.
06-Mudanças inadiáveis
A criação do teto de gastos para o serviço público, que é absolutamente inadiável viverá sob o bombardeio da mesma “izquierda” estúpida que foi contra a implantação do Plano Real ou a LRF, mas não há mais volta. O problema é que a simples existência de um teto para gastos não resolve a questão maior que é a peça de ficção do orçamento geral ou a falta de pulso do executivo que vive às voltas com outra ficção, a governabilidade via parlamento – e a velha reforma eleitoral? – que chantageia a nação via emendas parlamentares, indicação de cargos, etc. e que dá no que dá.
07-Mudanças necessárias
Listinha para a área econômica: reforma da previdência, revisão de cargos salários e a indecência de supersalários, reforma tributária e fiscal, revisão do custo/benefício dos programas sociais. Listinha para a administração pública: licitação de obras gerais com implantação de seguro, planejamento de obras por órgãos mistos que observem a premência, função e exequibilidade, monitoramento da máquina pelo sistema de freios e contrapesos extinguindo os TCs, AGs, etc., superpostos, reorganização do sistema de planejamento, controle e execução. Haja fôlego...
08-Mudanças possíveis
Os maiores entraves são os feudos sindicais, as estruturas pseudo-empresariais, o ativismo social e a natural resistência a qualquer ideia que inclua o termo mudança. É cultural. Creio em possíveis mudanças no sistema eleitoral que pode ser bem abrangente, na regulação previdenciária com a isonomia de tratamento publico/privado e na gestão do orçamento com o desengessamento de verbas marcadas como por exemplo para a educação, saúde, etc. Se possível, o tempo dirá.
09-E por aqui?
O novo prefeito Hildon cumpre o que prometeu. Dos secretários até agora conhecidos, gente nova, sem vida político-partidária, mas – e aqui reside o perigo – sem experiência e conhecimento da máquina pública que como disse-me um dia o ex-secretário de Fazenda Genaro, foi feita para não funcionar. Se vontade não falta à nova equipe para mexer o bolo, à máquina pública sobra apetite para comer o bolo e os boleiros. Quem pode mais chora menos. É torcer pra dar certo.
10-Zé de Nana e o ano novo
“Vivendo de bico e sem leitura mas eu se viro: falar com quem sabe e beber com quem paga”.
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