Terça-feira, 10 de janeiro de 2017 - 22h11
FRASE DE HOJE:
"O Brasil perdeu a sensibilidade para o absurdo.” – José Padilha, cineasta.
01- Mapa da violência no Brasil I
Levantamento efetuado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada-IPEA e Fórum Brasileiro de Segurança Pública-FPSP revelou dados alarmantes sobre os homicídios no país em 2014: 59.627 mortes. Divulgado em março de 2016 o Atlas da Violência nos levou a acreditar que o governo tomaria medidas para impedir a ocorrência de fatos como o “acidente pavoroso” do Temer ou a criação e ampliação das quadrilhas e facções lutando por ampliar domínios e o tráfico de drogas. Nos presídios do Norte e Nordeste os shows macabros são vistos em tempo real pelas mídias (anti) sociais enquanto as autoridades batem cabeça, mais perdidas que barata em galinheiro.
02- Mapa da violência no Brasil II
A tragédia de Manaus que a todos impacta é negada pela violência no país no dia a dia. A conta é simples. Dividindo-se os 59.627 homicídios ocorridos em 2014 pelos 365 dias do ano, chegamos a 163 homicídios diários praticados todos os dias, por motivos os mais diversos e absurdos e tendo como vítimas jovens negros, com baixa escolaridade. E o foco é homicídio com morte instantânea no local da ocorrência sem atendimento médico cometido com o uso de armas de fogo e facas.
03- Mapa da violência no Brasil III
Volto a 2011, ano em que se fechou outro estudo sobre a violência no Brasil com foco no trânsito: 43.256 mortes sendo 11.805 de pedestres, 14.666 causadas por motos e 12.429 por automóveis. De novo a conta simples. Dividindo-se as 43.256 mortes no trânsito com óbito registrado no local ou durante o socorro inicial pelos 365 dias do ano e chegamos a inadmissíveis 118 mortes diárias no trânsito do país, número bem acima do tal “acidente pavoroso” do também pavoroso Temer.
04- Mapa da violência no Brasil IV
Aos 163 homicídios diários de 2014 somem-se 118 mortes diárias no transito em 2011 e mesmo sem a atualizar os dados que só crescem, chegamos a incríveis 281 mortes violentas diárias, num país que não está em guerra aberta contra outro país. Hora de pensar na relação que há entre um número tão alto que passa despercebido e o outro que tanto impacto provoca na mídia e pessoas. Por que nos choca tanto a matança na prisão, a queda de um pequeno avião ou helicóptero e por que nada sentimos com a tragédia nossa de cada dia? Qual o papel da imprensa nestes casos?
05- Mapa da violência no Brasil V
O calhamaço de informações de cada estudo permite análises aprofundadas e trabalhos sobre o tema, mas o jornalismo quer a manchete e o imediatismo para competir na web, mas só consegue acelerar a notícia que vende – a tragédia no presídio – com baixo custo na apuração/veiculação. Esmiuçar os estudos, propor saídas, investigar causas, apurar dados, é dispensável. O jornalismo perde em conteúdo deixando que cada recanto chore seus mortos e conte sua história e assim as tragédias diárias dos homicídios e do trânsito se pulveriza, é absorvida e nos anestesia e aliena.
06- Mapa da violência no Brasil VI
A cada nova barbárie o puxão de orelhas mundial, o planejamento mambembe de mais presídios, tornozeleiras, penas alternativas, transferência de presos, construção de agrovilas e os mutirões do Judiciário. Realizações midiáticas que ocultam o real problema, superlativo, bem maior que o sistema prisional – ponta e não origem – da violência do trânsito, tráfico de drogas, sub saúde, armas, subemprego, sub educação e omissão do subestado super corrompido em todos os níveis.
07- Mapa da violência no Brasil VII
Para quem supõe que precisamos de mais “reformas” com leis para correção de erros, aconselho consultarem os mais de 181 mil diplomas legais brasileiros. Nada. A questão não são as leis, mas a inutilidade de muitas e o descumprimento de quase todas. E para quem supõe que as que existem podem ser revistas, adaptadas, corrigidas, etc., aconselho consultarem a vida pregressa e a folha corrida dos nossos nobres parlamentares – fazedores de leis – quase todos incursos nalguma lei, inciso, parágrafo, etc., e grande parte a caminho da cadeia – vide operação Lava jato.
08-Mudanças possíveis
Achincalhados em aeroportos, restaurantes e shoppings, os parlamentares brasileiros compõem uma casta amaldiçoada. Milhões de olhos espreitam cada escorregão, deslize, falcatrua e milhões de dedos teclam nas redes sociais os detalhes das suas vidas. Um voo de helicóptero em Belo Horizonte e o enxame de “marimbondos democráticos” caem sobre o Pimentel eviscerando a sua vida. Acuados e tendo que dar respostas convincentes à sociedade irritadíssima, é possível sonhar com mudanças. A noite já não oculta as “votações mandrakes” e o “regimento interno” já não é o senhor a ser obedecido até porque o tem do senhor “Regimento Calheiros” se aproxima do fim.
09-Por aqui a luz é de Santo Antonio
Primeiros dias de nova administração municipal e já há novidades. O secretário de administração Fabrício teria se desentendido com o prefeito Hildon o que ocasionou sua saída. É do jogo, mas as jogadas ensaiadas farão falta. Agora é improvisar e tocar. Mas não tenho só notícia ruim. Fruto de planejamento impecável, a hidrelétrica de Santo Antônio recebeu autorização para operar as suas últimas seis unidades geradoras comercialmente. A Santo Antonio está Totalmente operacional com 50 turbinas e cerca de 3,5 gigawatts em capacidade instalada, quase nove anos após o início das obras, em setembro de 2008 transforma Porto Velho na capital da eletricidade brasileira.
10-Zé de Nana e o ano novo
“Um secretário em 10 dias. Dois em 20 dias. Três por mês. Vixi. Alta rotatividade é coisa brega. De motel. Na Prefeitura de Porto Velho a dança de cadeira é “turnover”. Chique... Dá licença.”
Como cortar a própria carne sem anestesia
A “tchurma do primário mal feito” disse: corte só depois da eleição. Dona Simone jurou: "Chegou a hora de levar a sério a revisão de gastos. Não é p
Deu o que o americano escolheu
Assisti parte do “esforço jornalístico na reta final” das eleições nos EUA durante a madrugada e vi duas desmobilizações que não estavam previstas.
A segurança é importante demais para ficar apenas com um ministro A ideia do SUSP não é ruim e nem nova. É de 2018- Lei 13.675 – quando o Brasil vi
Quem é com-Vicente? Será o Benjamin?
Sêo Benjamin do STJ foi à boca do palco e anunciou: “O STJ não vive uma crise exceto a de volume gigantesco de processos. O que temos são fatos isol