Sábado, 5 de março de 2011 - 09h30
Frase do dia
“Tem muita gente animada no Governo, por incrível que pareça, mas tem.” – Confúcio Moura, governador de Rondônia
01-A cara
Pronto: o exame da OAB é legal segundo decisão do SenadoFederal. Não sou advogado e nem teria porque me manifestar, porém como cidadão que pode vir a precisar dos serviços de um advogado, meto sim o bedelho. Sou favorável ao exame e por uma razão simples: a educação formal do Brasil – pública ou não – é uma lástima e por aqui a reprovação é desestimulada em qualquer dos níveis da escola. A barafunda começa no ensino fundamental e atinge até os cursos de extensão. Monografia, TCC, proficiência, etc., é exercício de CtrlC+CtrlV mas....
02-A coroa
É certo resolver a questão pelo resultado desprezando-se a análise das causas? Não, mas é cômodo. O cartório da OAB permanece íntegro e não se fala mais sobre o assunto vez que decisão proferida, é para ser cumprida e não discutida. Como não sou jurista vou no popular: Peraí doutor, não discuto a aplicação da exame, mas discordo do julgamento por dever de ofício. O que está em jogo não só a existência do exame da OAB, mas a qualidade da educação do país e isso importa mais que qualquer outro ponto, por ser causa e também conseqüência.
03-O pagamento
O exame é uma das fontes de receita da OAB, mas não quero entrar por essa via. A taxa é mínima em relação aos custos que envolvem a formação do futuro advogado. O exame não qualifica, mas é impeditivo. Sem carteira, sem trabalho e o novo bacharel depois de passar anos alisando bancos da faculdade terá que se virar sozinho para tentar outro exame quando a OAB decidir. Nessa situação é possível que o “bacharel de nada” sinta que pagou pelo que não obteve e ai...
04-O troco
Entendo e aceito as manifestações contrárias mas, insisto: exames devem existir não só para advogados, mas para qualquer outro profissional após a graduação, desde que haja envolvimento do MEC, faculdades, conselhos de classe e, claro, da sociedade que será usuária final dos serviços de tais profissionais. Os alunos de medicina fazem a residência médica entretanto enfermeiros, odontólogos, e outros profissionais da área não. Engenheiros, contadores, professores e um sem número de profissionais não são avaliados. Por que então só advogados?
05-Por falar nisso...
Uma casta de profissionais regiamente pagos sequer precisa de instrução formal para serem coroados. Basta conseguir ler um pequeno texto e assinar o nome para exercer a rentável profissão de parlamentar, de quem nada se exige e a quem tudo é dado. Qual a diferença entre o empresário, o palhaço, o mensaleiro ou o médico? Nenhuma. São parlamentares, representantes do povo e portanto, o retrato sem retoques da sociedade. Mas afinal, que sociedade é esta que tem na Comissão de Educação, um semi-analfabeto ou presidindo a Comissão de Constituição e Justiça, alguém responde a processo no STF? Coisas do Brasil...
06-Carnaval e turismo
Para qem tem o turismo organizado, alguns dias para faturar um extra com a festa para quem gosta de festa e turismo de ordem geral para quem não gosta de “cair na marva”. Em Rondônia com seu turismo ainda incipiente, o negócio é sair num bloco, tomar umas e assistir pela televisão os desfiles e chupar o dedo. E a culpa não é só de governo ou só de empresários. Para montar uma indústria com chaminé é mais fácil. A indústria do turismo envolve a construção de política pública e atração de investidores. O resto nós temos nós temos de sobra. Pena.
07-Toma lá dá cá
Dizendo-se constrangido com o fato, mas abrindo o jogo o governador Confúcio Moura se reuniu com fornecedores do estado para propor um plano para liquidar os débitos do governo anterior. A reunião ocorreu no Ministério Público e pelo que vi, o bate-boca que se ensaiava, foi sepultado no berço. Confúcio abriu as contas reafirmando as informações que já havia passado ao público e mostrando o buraco. Mas quem pensa que isso acabou, aguarde os novos lances. Se o rombo é grande, o buraco é bem mais embaixo. Isso vai dar um rolo de fumo...
08-Barraco no banco
Paciência tem limite e tempo para atendimento em agência bancária também. Quando o limite excede a paciência acaba, o “barraco desaba” e só a PM para dar conta do recado. Claro que a lei existe, é para ser cumprida mas o que pode a lei contra um portentoso banco que só pensa em lucros e deixa o povão irado? Nada. O caso ocorreu hoje no Bradesco do Centro. O banco receberá a multa, os advogados irão recorrer, o caso vai parar na justiça e o banco divulgará seu balanço mostrando que mais uma vez lucrou como nunca antes nesse pais.
Você pode até duvida, mas juro que é verdade. Lembra-se daquela tal Operação Satiagraha? Pois... Tem tudo para dar em nada. O relator do processo disse que não se trata da impunidade de mais um caso rumoroso. As suspeitas de desvio de dinheiro público, corrupção e lavagem de dinheiro apuradas devem ser investigadas e os responsáveis julgados, se for o caso. Mas é preciso observar os métodos legais de apuração e respeitar os princípios da impessoalidade, legalidade e devido processo legal. Por ora só o delegado Protógenes dançou nessa história. É por essas e outras iguais que sempre me assalta certa dúvida: às vezes acho que não sei não e depois tenho a certeza que sei lá. E vice versa.
10-Tava sentindo falta...
É incrível a capacidade que tem o homem de adaptação a condições adversas. Depois de vários dias com energia tocada a full, juro que estava sentindo falta do “breu cerônico”. Sexta feira sem chuva, sem ventania, sem cachorro fazendo xixi nos poste e...Surpresa!!! O “breu cerônico” pintou na área. Isso é que chamo de parceria público privada. Eu na maior (*)erda, sem assunto para fechar a coluna e minha madrinha de todas as horas, a velha Ceron aponta na avenida com o samba enredo “Fiat-Lux – uma lenda rondoniense que desafia o tempo”. Gelei. Era tudo o que eu queria. Agora é esperar pelo apagão de domingo. Sem falta!
Fonte: Léo Ladeia - leoladeia@hotmail.com
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